WOOD7 lamenta queda precoce da ODDIK em Curitiba: "Não fizemos por merecer"

Em entrevista concedida à DRAFT5 na tarde deste sábado (4), logo após a derrota diante do MIBR que tirou a ODDIK da Circuit X Curitiba, Adriano "WOOD7" Cerato falou sobre o fato da equipe não depender mais das próprias pernas para ir ao Major de Budapeste, o planejamento do semestre e o formato atual de classificação aos principais campeonatos da modalidade.

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Confira abaixo a íntegra da entrevista:

Para o capitão do esquadrão brasileiro, a derrota para a Vivo Keyd ainda na fase de grupos, onde a ODDIK chegou a ter seis matchpoints, mas não conseguiu convertê-los, foi determinante para a queda precoce em Curitiba:

"O jogo de ontem (vs. Vivo Keyd) foi muito impactante porque ali a gente conseguiria passar em primeiro lugar e teríamos um oponente um pouco mais fraco, essa é a verdade, nas quartas de final. Perdemos um jogo que estava ganho", lamentou.

"Hoje, contra o MIBR, chegamos com a mentalidade de vencer, mas faltou, não só hoje, durante toda nossa campanha, ganhar um jogo desse nível, contra um MIBR, uma Imperial, um jogo importante para termos a nossa vaga. Em termos de resultado, nos confrontos diretos, não fizemos por merecer", reconheceu.

Com a queda nas quartas de final em Curitiba, resta à ODDIK secar suas principais concorrentes na corrida pela vaga no Major de Budapeste. Apesar disso, WOOD7 garante que não há arrependimentos quanto ao planejamento do semestre:

"Acredito que nosso planejamento, em questão de campeonatos que jogamos, foi perfeito. Estamos muito bem ranqueados por causa disso. Jogamos uma Fragadelphia, jogamos as duas FERJEE, conseguimos fazer os 10 jogos em LAN que eram necessários. Nesse sentido, não tenho nenhum arrependimento", garantiu.

"Tenho arrependimento de não termos vencido um jogo contra essas equipes grandes. Perdemos duas vezes na Thunderpick, pra 9z e pra Imperial, perdemos pra Imperial outro campeonato. Lá na Fragadelphia pra NRG e pra Wildcard. São jogos muito importantes que temos que ganhar. Aqui no Brasil foram duas vezes pro MIBR, uma semana passada e outra agora. Não digo arrependimento, mas ter mandado melhor em algum desses jogos, aí não estaríamos dependendo de resultados dos oponentes."

"Individualmente, nosso time é muito forte. Taticamente também somos muito bons, trabalhamos muito, corrigimos erros, nos reinventamos. Acho que estamos pegando esses jogos difíceis, importantes, e falhando na hora H. Talvez nervosismo. Talvez ganhar o primeiro, que daí a confiança muda. É mais questão de confiança nessa hora. Tá faltando", admitiu.

Quando questionado acerca do atual formato de classificação via Valve Regional Standings (VRS), o capitão da ODDIK apontou o que considera que precisa ser ajustado para a próxima temporada:

"Eu acho que esse sistema (ranking da Valve) tem peculiaridades. Não posso falar que tem pros e contras. (…) Os RMRs eram mais emocionantes, a atmosfera, a preparação dos times durante quatro meses pra chegar da melhor forma no RMR é muito legal. Agora nós temos esses vários campeonatos em um circuito longo. Eu acho que tem que ter mudanças no sistema do ranking, mas não acho que seja ruim", disse.

"Tivemos vários campeonatos em LAN recentemente por causa desse sistema. Acho que os times também levaram mais a sério nesse semestre por não poderem perder partidas online. É só questão de ajustar os pontos, o peso em cada circunstância. Eu acho que algo relevante que você falou é que antes tínhamos vários classificatórios com vaga. Hoje temos uma vaga pra ser disputada por 10 times de bom calibre porque 20 são convidados, 24 são convidados. Isso acho que é um grande problema. Acho que metade dos times nos grandes eventos deveria ser convidada e a outra metade deveria ser para classificatórios abertos", avaliou.

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