Tratado como um torneio sem tanto prestígio entre os maiores do mundo, a
DreamHack Open Anaheim terá um valor considerável para os brasileiros fãs de CS:GO. Com datas muito próximas ao conceituado
IEM Katowice, restou aos times que não conseguissem vaga no torneio polonês a participação neste. Este foi o caso de
MIBR e
FURIA, já que as duas equipes acabaram eliminadas do classificatório norte americano do IEM Katowice e irão jogar em Anaheim nesta sexta (21).
O campeonato contará com oito equipes divididas em dois grupos de quatro. O formato é dupla eliminação, ou seja, os times podem perder uma partida e mesmo assim garantir vaga na fase de
playoffs. As partidas de abertura e dos vencedores são disputados em MD1, enquanto todo o restante do campeonato será jogado em MD3. O torneio distribuirá $100 mil em premiação, com o vencedor levando $50 mil, além de uma vaga para a
DreamHack Masters Jönköping, competição que ocorrerá em junho.
GRUPO A FURIA North forZe Endpoint
FURIA está sem jogar desde o início de janeiro | Foto: Carlton Beener/ESL
A brasileira FURIA terá adversários que já surpreenderam grandes equipes do mundo, mas seguem em uma gangorra de desempenho. Esta pode ser inclusive a mesma dinâmica aplicada à equipe brasileira, que já chegou a ser top 5 mundial, mas que desde o
Arctic Invitational 2019, torneio em que foi campeã, não conseguiu mais encontrar grandes resultados. A FURIA segue sendo uma equipe perigosa, com gigantesco potencial, mas diante de adversários como
North, forZe e
Endpoint, não entra no grupo como favorita absoluta para a classificação aos
playoffs.
O primeiro desafio do time brasileiro no ano foi o classificatório fechado do IEM Katowice, competição que acabou sendo uma grande decepção. A equipe foi convidada para a fase fechada, mas perdeu os dois jogos disputados e acabou eliminada já na primeira parte do classificatório. Essas foram as únicas duas partidas disputadas pela FURIA em 2020, logo não há certeza sobre o time que irá entrar no servidor nos Estados Unidos.
Os principais adversários da FURIA pela vaga direta são a North e forZe. Os dinamarqueses são sempre uma incógnita, fazendo campeonatos de altíssimo nível, mas também tendo participações pífias. O último campeonato disputado por eles terminou com o time eliminado na fase de grupos do
DreamHack Open Leipzig após derrotas para
MAD Lions e
Heroic. O time, entretanto, é um grande campeão de DreamHack Opens, já tendo levantado canecos das edições Sevilla, Valencia e Tours.
North é nome forte em DreamHack Opens / Foto: Divulgação/DreamHack
A equipe dinamarquesa terá como primeiro oponente a russa forZe. O time russo apresentou incrível crescimento no ano de 2019, quando, após conquistar diversos torneios de menor expressão e um vice na
BLAST Pro Series: Moscow 2019, foi convidada ao
DreamHack Open Winter, sagrando-se campeã do torneio.
Fecha o grupo a equipe considerada mais fraca do torneio, a Endpoint. O time é o que restou da antiga
Epsilon Esports, juntando jogadores de países de menor expressão no CS internacional. A equipe enfrentará a FURIA em sua primeira partida, e embora a falta de resultados dê confiança, é preciso ficar de olho em Joey
"CRUC1AL" Steusel e Thomas "
Thomas" Utting.
GRUPO B MIBR ENCE Gen.G compLexity
MIBR ainda não encontrou seu jogo no ano / Foto: HLTV
No grupo B a
MIBR se junta a grandes nomes como
ENCE,
Gen.G e
compLexity para a disputa de duas vagas no mata-mata da competição. Os brasileiros vivem um período de adaptação desde que adicionaram o jovem Ignacio
"meyern" Meyer ao time. A equipe encontrou dificuldades na classificatória para a IEM Katowice, quando perdeu para a
INTZ, e acabou perdendo a vaga no jogo contra a
Cloud9. A parte positiva é que Gabriel "
FalleN" Toledo e seus comandados derrotaram a compLexity nesse caminho.
Diferente dos conterrâneos brasileiros, a MIBR já disputou um campeonato em lan nessa temporada, embora o resultado não tenha sido dos melhores. Após derrotas para
Team Liquid e
Ninjas in Pyjamas equipe terminou em último em seu grupo da
Blast Premier: Spring , sendo enviada para um "
torneio de repescagem", a
Blast Premier: Spring Showdown. O time até fez bons mapas contra os adversários, mas os velhos erros, principalmente do lado TR, acabaram pesando na eliminação.
A MIBR enfrenta na primeira partida do grupo a compLexity, equipe em franco crescimento, que teve como maior resultado as vitórias por 2 a 0 sobre
Astralis e
Vitality no grupo B da Blast Premier: Spring. O "
juggernaut" mostrou toda sua força com jovens como Valentin
"poizon" Vasilev e
Owen "oBo" Schlatter, garantindo vaga no
Blast Premier: Spring Finals. O time, entretanto, acabou eliminado das seletivas abertas para o Minor, grande golpe na confiança da equipe.
Bntet é a grande estrela da Gen.G / Foto: Igor Bezborodov/StarLadder
A partida entre Gen.G e ENCE fecha o grupo B. Desde a saída de Aleksi "
Aleksib" Virolainen para a entrada Miikka
"suNny" Kemppi a ENCE não consegue encaixar o seu jogo. O time está longe de ser a equipe que chegou até uma final de Major, tendo sido eliminado este ano do
ICE Challenge ainda na fase de grupos. A equipe finlandesa não pode ser descartada como adversário tier 1, mas a confiança do time não é das mais altas, o colocando em uma posição de zebra na competição.
Seus adversários na primeira rodada serão os ainda pouco conhecidos da Gen.G. A equipe norte americana reuniu alguns dos grandes nomes que estavam no mercado, tais quais o renomado rifler Timothy
"autimatic" Ta, o experiente
igl Damian "
daps" Steele, e o jovem Sam
"s0m" Oh. A equipe apostou ainda na contratação da estrela indonésia, Hansel
"BnTeT" Ferdinand, reafirmando o caráter globalizado do CS:GO atualmente. Este será o primeiro teste em lan da equipe, o que deixa no ar duvidas sobre o desempenho que podemos esperar.
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