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Os melhores no Brasil em 2020: (19) – Destiny

Melhor atuando no Brasil em 2018, Destiny ocupou a 19º colocação em 2020 com 25.8 D5 Points

por Redação  / 08 de Jan de 2021 - 20:53 / Capa: Arte/DRAFT5
Tentando repetir o feito de 2018 quando retornou ao Brasil e foi eleito o melhor do ano no país, Lucas "Destiny" Bullo foi mais uma vez destaque. É bem verdade que o ano mágico com a Wild de 2018 passou longe, mas tanto coletivamente quanto individualmente o jogador provou porque é tido como um dos melhores brasileiros em atuação.

INÍCIO PROMISSOR

Nascido em Santos, o jovem de 23 anos teve seu primeiro contato com o Counter-Strike aos 15, pela influência de amigos. A brincadeira cresceu extremamente rápido, tão rápido que Lucas abriu mão da faculdade de Direito para seguir seu sonho.

A carreira competitiva, entretanto, começaria bem antes disso. Já em 2013 o jovem Destiny disputava pequenos campeonatos, despontando no ano de 2014 ao lado de João "felps" Vasconcellos e Alexandre "xand" Zizi na Seven Wars e-Sports.

Foto: Arquivo Pessoal


Com apenas 17 anos Destiny jogaria com nomes consagrados até hoje no cenário, como Denner "KHTEX" Barchfield, Gabriel "NEKIZ" Schenato, Vinícios "PKL" Coelho, Jean "mch" Michel D'Oliveira, Thiago "tifa" França, entre outros: "2015 Foi meu primeiro ano como profissional, joguei ao lado de felps, khtex, lula e mch na Daidai".

A chance de ouro viria logo. Com a Games Academy - Golden Chance o garoto poderia viver definitivamente do jogo, embarcando para os Estados Unidos para viver como profissional.

Não atoa este é o jogo em que Destiny diz ter sentido a maior adrenalina em sua vida, já que "quem vencesse moraria nos EUA, e o jogo foi face a face, a emoção e adrenalina que senti naquela partida que valia tanto foi a melhor".

O ano marcou também a conquista do inesquecível prêmio revelação do ano, título este recebido novamente em 2016, o que gera até hoje brincadeiras e piadas das quais Lucas sempre abre um sorriso ao ouvir.

ASCENSÃO INTERNACIONAL

Luminosity | Foto: Divulgação/Twitter


De revelação em revelação, Destiny ocupava lugar cativo entre os melhores times do Brasil, e foi assim que chegou, ainda em 2016, à equipe da Luminosity Gaming. Ao lado de nomes consagrados como Bruno "bit" Lima e Renato "nak" Nakano o desempenho não foi o mesmo de sempre, com o jogador perdendo seus números individuais sempre tão acima da média.

Por conta dos resultados abaixo do esperado, a equipe da Luminosity passou por diversas mudanças até a saída definitiva de Destiny em meados de 2017, após quase um ano de equipe. O destino o colocaria na Tempo Storm junto de Alef "tatazin" Pereira e Paulo "land1n" Felipe que estariam ao lado do jogador no ano mais vitorioso de sua carreira, 2018.

Antes, ainda em 2017, o jogador teria meses de contrato na Tempo Storm infrutíferos, e acabaria na line da então vice campeã de Major Immortals. Após as saídas repentinas de Lucas "LUCAS1" Teles, Henrique "HEN1" Teles, e Vito "kNgV-" Giuseppe, o time iniciou uma profundas reformulação. A estratégia, entretanto, foi para o buraco quando Ricardo "boltz" Prass rumou para a SK e Lucas "steel" Lopes para a Team Liquid.

Sem conseguir seu visto de trabalho para atuar nos Estados Unidos, Destiny viu o final de 2017 se transformar em pesadelo. O jogador não havia vencido nenhum torneio no ano, e, ao final dele, descobriu que a Immortals iria finalizar as operações no CS:GO, deixando o santista sem casa para atuar.

RECOMEÇO E CONSAGRAÇÃO

Wild conquista GC Masters e salta na ponta | Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5


"Quando voltei dos Estados Unidos e soube que iria ficar jogando no Brasil, eu quis fazer o ano mais próximo do perfeito, ou seja, ganhar tudo."

Não há como representar o ano de 2018 de Destiny melhor do que isso. O jogador retornou ao Brasil e fez um primeiro semestre promissor ao lado da Virtue Gaming. Com classificações importantes e desempenho excepcional, o time conseguiu vencer títulos que despertaram a atenção da organização Team Wild.

Foi assim que ao lado do antigo companheiro KHTEX, além de PKL, tatazin e land1n, Destiny e a Team Wild conquistaram o Brasil. Os títulos se empilharam, nove no total, matando a vontade de vencer que o jogador havia passado por todo 2017.

As vitórias levaram Destiny à primeira colocação incontestável do Top 10 melhores no Brasil em 2018, na ocasião com 5 MVPs e 7 EVPs entre os torneios disputados. Incontestável no Brasil, seria o momento de Lucas alçar, novamente, voos internacionais.

SABOR AGRIDOCE

 

Foto: Igor Bezborodov/StarLadder Foto: Igor Bezborodov/StarLadder


Ao final da brilhante temporada, Destiny seguiu para o novo desafio internacional, a INTZ de kng e cia. O retorno ao exterior teria gosto especial para o jogador, já que sua primeira competição seria o Americas Minor Championship - Katowice 2019. Destiny tinha o sonho de jogar um Major, mas o objetivo foi abreviado após a INTZ terminar em quarto.

O time não conseguia encaixar atuações regulares, e o desempenho de Destiny também variava de torneio para torneio. A presença no DreamHack Open Rio de Janeiro 2019 acendeu a chama da equipe para conquistar seu primeiro título do ano. Mas a esperança transformou-se em frustração após a equipe dar adeus em um melancólico atropelo da FURIA ainda na fase de grupos.

A temporada seguiu e a equipe não passava dos classificatórios online, esbarrando sempre no nervosismo, ou simplesmente não conseguindo vencer equipes consideradas inferiores. A grande chance viria na segunda tentativa de chegar a um Major, que na época era o grande sonho de Destiny.

A INTZ conquistaria a classificação pela segunda posição no Americas Minor Championship - Berlin 2019. Lá, a equipe fez campanha incrível na fase de grupos, derrotando as favoritas FURIA Luminosity, inclusive eliminando a última.

A equipe ainda teve tempo de despachar YNG Sharks antes de tropeçar contra a NRG e cair no reencontro contra a FURIA. Terceiro lugar para o time, e mais uma vez o sonho de Destiny parecia escorrer por entre os dedos. Uma mudança no regulamento daquele Major, entretanto, mudaria tudo e daria uma segunda chance ao time.

Ao alcançar o StarLadder Berlin Major 2019: Minors' 3rd Place Play-In, Destiny concretizou seu maior sonho até então, jogar um Major. A campanha da equipe na competição não foi das melhores, caindo por 0-3 na primeira fase, sem dar trabalho aos adversários.

O ano continuaria e Destiny começaria a sentir que seu desempenho não estava sendo satisfatório. As vitórias não vinham, e o time parecia travado em uma zona média, sem nunca ir adiante. Nesse momento problemas de visto unidos ao desempenho individual fizeram o jogador se afastar, dando lugar a Ricardo "boltz" Prass.

A segunda passagem internacional terminou sem títulos, mas Destiny havia alcançado um de seus objetivos, e já preparava sua mente para o futuro, mirando um 2020 novo, quem sabe tão bom quanto 2018.

NEM TANTOS ALTOS NO RETORNO 

Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


O retorno ao Brasil em 2020 viria sob as cores da "matilha" da RED Kalunga. Jogando novamente ao lado de nak, e de jovens promissores como Bruno "latto" Rebelatto e Gabriel "nython" Lino, a equipe da RED era tida como uma das melhores do Brasil.

A qualidade do time o levou para o topo em sua primeira competição, a seletiva da WESG 2019. O time alcançou a grande final, iria para o evento presencial na Cidade das Artes no Rio de Janeiro. O presságio de uma grande crise foi o cancelamento deste evento, ainda em janeiro, por conta do Covid-19.

O jogador também teria bom início no CLUTCH Season 2 quando afirmou que buscava recuperar seu desempenho individual após não ter conseguido encaixar e desempenhar seu melhor jogo com a INTZ.

O time cresceria ainda mais com o primeiro lugar nas classificatórias para o Minor do Rio de Janeiro, evento em que Destiny chegou a 1.42 de rating, tendo destaque. A sequência contou com vice no CLUTCH Season 2, e EVP para o jogador.

O ano havia iniciado da melhor forma possível para Destiny, que parecia estar no caminho de volta para se tornar um dos melhores do Brasil. A sequência, entretanto, deixou a desejar para o jogador que impressionou e foi inquestionavelmente o melhor em 2018.

Divulgação / BBL


"Acho que foi o meu auge, ali em fevereiro, perto do Closed do Minor. Depois muitas coisas aconteceram internamente e acabaram prejudicando não só o meu como desempenho de toda a equipe".

Entretanto, as mudanças pelas quais a equipe passaria no meio da temporada seriam decisivas para que o desempenho como um todo variasse demais, impactando o próprio Destiny. As saídas de Lincoln "fnx" Lau e Renato "nak" Nakano tornaram o time muito irregular, sendo uma incógnita em toda competição que entrava.

"Com certeza toda mudança é feita visando melhorar a equipe no futuro, mas como mudamos muito e em pouco tempo foi prejudicial. Por eu ser praticamente segundo IGL isso afetou o meu desempenho individual, já que sempre quem foca no time tem menos chance de concentrar no próprio jogo, e precisa falar muito para encaixar os que estão chegando".

Foi assim nas fracas campanhas da RED durante o Redragon Challenge 2020Gamers Club Masters V. Em todas rating entre 1 e 1.14, mas não o suficiente para levar a equipe para as fases finais das competições.

Seria injusto dizer que Destiny não desempenhou de maneira ótima em praticamente todos os torneios que disputou no ano, mas parece que faltava o jogador que efetivamente "carregava" o time para vitórias. Embora suas estatísticas fossem boas, a ausência de EVPs, destaques individuais em eventos, prejudicaram o jogador na lista dos melhores.

O desempenho não seria bom na Tribo to Major, com o jogador tendo seu segundo pior rating do ano com 0,94, além de apenas quarto lugar para a RED na competição. A temporada terminou de maneira mais positiva graças ao título conquistado no CLUTCH Season 3.

Após dois vices a RED Kalunga finalmente sairia da fila, e Destiny foi parte importante da conquista, mas viu nython ser mais decisivo no evento. O time ainda disputaria a Gamers Club Masters VI chegando com pompa de campeão, mas acabaria caindo na fase de grupos após derrotas para 9z Team e Havan Liberty.

"Acho que não fizemos a preparação adequada para a GC Masters do fim do ano, faltou dedicação da gente".

O balanço final do ano foi de boas colocações em algumas competições, mas apenas um título e vagas para eventos importantes no início do ano que em seguida foram cancelados.

"No geral acho que o ano do time não foi bom, mesmo com todas as mudanças acho que poderíamos ter feito um pouco mais. Agora e focar em 2021, receber nosso novo IGL, mudar a forma de treinar e tentar vencer todos os campeonatos".

O 19º MELHOR EM 2020


Arte/DRAFT5


O rifler da RED Kalunga obteve destaque da classificatória para o Minor do Rio de Janeiro com 1.42 de rating 2.0, além de incríveis 0.92 abates por rodada, e 69% de taxa de sucesso em primeiros combates (estatística normalmente dominada por awpers).

O jogador alcançou ainda 2 EVPs, o primeiro na WESG Brasil com 1.09 de rating 2.0 e 38 abates de abertura, o maior número do evento. O segundo EVP veio no CLUTCH Season 2, tendo feito 73 abates de abertura, além de ter alcançado 1.19 de rating.

No total Destiny teve doze disputas no ano, sendo destaque em três delas. Porém, não apareceu na listagem de nenhuma das duas GC Masters, além de ter ficado fora dos EVPs mesmo com seu time sendo campeão da terceira temporada do CLUTCH. Seu desempenho individual rendeu 25.8 D5 Points. Com números gerais no ano de 1.10 de rating 2.0, o décimo maior dano médio por rodada com 79.5, e impacto total de 1.20, o sétimo maior de nossa lista.

Arte/DRAFT5


"Eu sinto que precisava de um pouco mais de dedicação minha e do time como um todo. Não foram números ruins, mas não fico tão feliz com eles".

Com o sentimento de que pode ainda mais em 2021, Destiny se prepara junto da RED Kalunga com o objetivo de dominar o país e reviver seu melhor jogo.
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