Os detalhes da caminhada da FURIA até o título da FISSURE Playground #2

Veja todos os passos dados pela equipe até o primeiro grande título da organização

por / 22 de set de 2025 - 21:00 / Capa: Viola Schuldner/ESL

A FURIA pôs fim a uma longa busca por um grande título na tarde do último domingo (21), quando bateu a The MongolZ para erguer a taça da FISSURE Playground #2.

A partir de agora, a DRAFT5 conta, em detalhes, cada passo da caminhada furiosa rumo ao primeiro grande troféu da história do clube brasileiro.

O ROTEIRO

A caminhada rumo ao lugar mais alto do pódio começou com a quebra de uma verdadeira sina: depois de sete derrotas consecutivas, os furiosos conseguiram espantar o fantasma da Team Liquid graças à grande atuação de Kaike "KSCERATO" Cerato.

Na sequência, um prato que se come frio: vingança contra a G2 em jogo pegado, onde KSCERATO mais uma vez fez toda a diferença. Na primeira chance de avançar às quartas, contudo, Gabriel "FalleN" Toledo e companhia esbarraram na Aurora.

O que para muitos seria uma maldição, para a FURIA foi uma bênção: na adversidade da derrota, o time brasileiro arrumou a casa para a sequência no campeonato, onde superou seus compatriotas da paiN para marchar rumo à Belgrade Arena.

Por lá, um jogo truncado contra a Astralis - onde mais uma vez brilhou a estrela de KSCERATO - alçou os furiosos às semifinais, onde um enorme desafio os aguardava na forma da multimilionária e estrelada Falcons.

Foi a vez de Yuri "yuurih" Santos e Danil "molodoy" Golubenko chamarem a responsabilidade, com a dupla carregando a FURIA rumo a um sofrido triunfo em dois mapas sobre a constelação - que se viu em dia bastante apagado - da Falcons.

Apenas a The MongolZ - outrora um verdadeiro assombro para a FURIA - restava entre as tropas de FalleN e o troféu. A promessa de um jogo bastante pegado, como não poderia ser diferente, não demorou a se concretizar.

Depois de sair perdendo por 7-2 na Mirage, a FURIA se reabilitou com um sólido lado ofensivo, arrastando o mapa inaugural da série à prorrogação e por lá levando a melhor graças aos incansáveis esforços de molodoy: 16-13.

Já na Inferno, os brasileiros carimbaram um bom 8-4 de TR, mas provaram do próprio veneno ao verem a The MongolZ buscando o resultado ainda no tempo regulamentar: apesar dos rounds pegados, 13-11 para os asiáticos.

Na Nuke, um verdadeiro passeio ia se consumando à medida em que a FURIA transformou um elástico 9-3 de CT em nove map points, todos negados pelo lado mongol, que foi buscar o tempo extra. Foi só em prol do entretenimento. Apesar dos pesares, 16-12 para o Brasil.

A vitória bem que poderia ter vindo na Overpass, mas uma inspirada exibição de Ayush "mzinho' Batbold foi tudo que a The MongolZ precisou para conseguir decretar a necessidade do quinto mapa com o 13-9 no placar.

Tudo se resumiu à Dust2 e por lá, a verdade seja dita, não houve discussão: um show do outrora renegado Mareks "YEKINDAR" Gaļinskis impulsionou a FURIA rumo ao 13-5 no marcador, bem como ao lugar mais alto do pódio em Belgrado.


NÚMEROS E PAPEIS

Se os números não mentem, molodoy é a verdade: o cazaque foi a grande estrela na caminhada furiosa até o título, somando 1.19 de rating, +2.70 de Round Swing e 21.3% de rounds com multi-kill ao longo de 18 mapas jogados em Belgrado, conforme dados da HLTV.org.

Mas a verdade também é que tudo fica mais fácil quando KSCERATO é tão impactante quanto foi na Sérvia, mudando os rumos de alguns dos jogos mais emblemáticos da campanha furiosa rumo ao primeiro grande troféu do clube.

YEKINDAR também merece seus louros, visto que fez o que sabe de melhor: deixou os oponentes desconfortáveis com agressões frequentes e infiltrações cirúrgicas.

KSCERATO e molodoy foram a força bruta da FURIA em Belgrado | Foto: Sophie Skittle/BLAST Premier

Já yuurih foi magistral do lado terrorista, fazendo bem a função de costinha e sobrevivendo às provações que um âncora encara do lado CT. Por fim, FalleN e Sid "sidde" Macedo foram as grandes mentes táticas por trás do triunfo.

O Professor ainda soube crescer de produção nos momentos decisivos, em especial na prorrogação que definiu o terceiro mapa contra a The MongolZ, fazendo por merecer seu primeiro grande título desde a ESL Pro League S6 Finals em 2017.

Já quanto aos mapas, somente a Ancient ficou de fora do repertório furioso em Belgrado. O mapa, por sinal, já vem sendo preterido pela FURIA há bastante tempo e, a regular pelas últimas exibições, que continue assim.

No mais, destaque para o aproveitamento impecável em três mapas: Dust2 (4), Nuke (3) e Train (3). Nos demais, alguns ajustes pontuais devem arrumar a casa suficientemente para que a FURIA possa sonhar cada vez mais com glórias ainda maiores.

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