A
Luminosity Gaming ainda sentia o peso do troféu da
MLG Major Championship Columbus 2016 quando se viu frente a frente com uma equipe brasileira em uma competição. A grande final contra a
Tempo Storm na
DreamHack Open Austin 2016 foi uma raras oportunidades em que o servidor reuniu dez brasileiros em busca de um título internacional.
Na disputa, jogadores que conquistaram o seu espaço no cenário competitivo e que são, até hoje, uma das principais referências para os aspirantes à profissionais do jogo de FPS mais popular do mundo. Naquela época, era o duelo entre a 2ª contra a 10ª melhor equipe do mundo (muito se engana que a TS caiu de paraquedas na grande final).
Jogadores que cruzaram o oceano em busca do Velho Continente, outros que seguem no berço do Counter-Strike da América do Norte e, por fim, àqueles que optaram por fazer valer a velha máxima "o bom filho a casa torna". Ainda assim, nenhum que não seja querido e exaltado pela torcida.
Cumprimento após o jogo reuniu dez brasileiros em um torneio internacional | Foto: Alex Maxwell/DreamHack
Apesar daquela competição reunir times menos badalados, Luminosity e Tempo Storm passaram por rivais como
Team Liquid e
Cloud9 nos playoffs, que serviu para aumentar ainda mais o prestígio daquela competição. Por fim, apesar do clima festivo e amistoso visto pelos nicks dos players (onde cada um homenageava um adversário com um coração), o embate iria, de fato, começar.
Esse que vos escreve, no entanto, ressalta que foi um jogo de enlouquecer. Na narração, Bernardo "
BiDa" Moura foi testemunha e prova do conflito que os corações e homenagens dos jogadores causaram para identificar cada player do servidor, mas, ainda assim, exaltava na voz a alegria em dizer o nome de dez jogadores brasileiros em uma decisão DreamHack.
De fato, narrar os acontecimentos daquela partida é um sentimento nostálgico e uma viagem de volta para o passado. Um time recém campeão de Major, em uma final contra outro brasileiro, a melhor Mirage do mundo e, por fim, a saudosa e velha Cobblestone fazendo parte da série.
Com bem dito anteriormente, a Luminosity Gaming tinha, de fato, a melhor Mirage do mundo. Não houve tentativa da Tempo Storm que fosse boa o suficiente para impedir o poderia ofensivo e a qualidade da LG em defender um bombsite.
E foi neste mapa em que a Luminosity mostrou o porquê de carregar o título de uma das melhores equipes do mundo. A equipe capitaneada por Gabriel "
FalleN" Toledo não ficou atrás do placar uma vez sequer, mostrando um domínio total e absoluto de toda e qualquer ação que fosse tentada pelo oponente.
Apesar da luta e dos esforços da Tempo Storm, a primeira metade terminou o mais equilibrada possível, com uma vitória de 9 a 6 para a LG. No entanto, jogando como Contra-Terrorista, os campeões do mundo cederam apenas três pontos e iniciaram o clássico com o pé direito.
Luminosity Gaming ganharia o mundo mais uma vez nos próximos meses | Foto: Alex Maxwell/DreamHack
Com 1 a 0 no placar na série MD3, a Luminosity Gaming tinha na Cobblestone, escolha de mapa dos adversários, a chace de fechar a partida e levantar o título mais brasileiro da história do Counter-Strike. Não seria eufemismo dizer que foi uma partida fácil para a LG. Apesar da TS ficar à frente pela primeira vez na série, não seria o suficiente
Isso porque era uma clara questão de tempo para a Luminosity reverter a boa vantagem de 5 a 0 aplicada pela Tempo Storm no início da partida. Depois, foram seis em sequência para os campeões do mundo, que conseguiram fechar a primeira metade em mais um 9 a 6. Como se pudesse ter sido diferente de tudo aquilo que foi visto nesta grande decisão, o duelo de jogadores brasileiros que batalharam de igual para igual para deixar o Brasil no topo terminou, mais uma vez, com um 16 a 9.
Apesar de poético demais, a decisão da DreamHack Open Austin 2016 teve apenas um vencedor: o Brasil. Naquela época, times brasileiros se enfrentavam em decisão, lutavam por um título e a única reação possível da torcida seria torcer para que qualquer um levantasse o troféu. Pode parecer impressão, mas a sensação é que a torcida se comporta um pouco diferente nos dias atuais.
Gabriel "
FalleN" Toledo, Marcelo "
coldzera" David, "Fernando "
fer" Alvarenga, Epitácio "
TACO" de Melo, Lincoln "
fnx" Lau, Henrique "
HEN1" Teles, Lucas "
LUCAS1" Teles, Ricardo "
boltz" Prass, Gustavo "
SHOOWTiME" Gonçalves e João "
felps" Vasconcellos. Esses são os nomes que não ficarão marcados apenas em uma final histórica entre brasileiros, mas para toda a história do Global Offensive.