jnt credita Gamers Club pela evolução do cenário brasileiro: "Sem ela não teríamos uma mina para buscar tesouros"

A sexta edição de Gamers Club Masters foi certamente recheada de surpresas. Uma destes imprevisíveis acontecimentos foi possivelmente a queda precoce de uma das favoritas ao título da competição do Major brasileiro: a Sharks.

Reformulada e recheada de estrelas em sua escalação, a organização portuguesa ficou pelas semifinais após cair perante a ascendente 9z do experiente Bruno "bit" Lima e do prodígio Santino "try" Rigal. Após o inesperado baque, o capitão Jhonatan "jnt" Silva falou acerca dos fatores que levaram à eliminação.

"Acredito que não fizemos anti-tático. Falamos que iríamos jogar nosso jogo. O principal fator aqui foi que eles já estavam jogando bastante campeonatos com essa line. Creio que eles estavam com o jogo mais redondo. É difícil para nós deixar o jogo redondo sendo que estamos apenas treinando", explicou jnt.



"Você identifica muito mais os erros quando você faz em campeonato. Infelizmente tivemos que descobrir os nossos durante este primeiro torneio do time. Eles já vieram de alguns campeonatos jogados com esse elenco. Creio que esse tenha sido o principal fator desta derrota", ponderou o capitão.

"Tivemos pouco tempo de treino. Temos que jogar muitos campeonatos. Como eu falei, você só identifica erros jogando torneios. É impossível você identificar erros treinando no Brasil. Nossa line-up é muito promissora, tivemos contratações absurdas", relembrou. "Espero uma Sharks forte para 2021", assinalou.

Uma equipe habituada a triunfos e a longos períodos no exterior. Desde sua formação, a Sharks realizou diversos bootcamps em solo europeu, além de ter se firmado na América do Norte no segundo semestre de 2019 para a disputa de campeonatos. No entanto, o ano pandêmico forçou os tubarões a permanecerem em solo brasileiro.



Por aqui, foi difícil fazer frente à hegemônica BOOM. Quando João "felps" Vasconcellos e seus companheiros não estavam pelo caminho, outras equipes, tais como a paiN e a RED Canids, foram responsáveis por colocarem a Sharks na segunda colocação. Apesar disso, jnt garante não estar decepcionado.

"Creio que tivemos um começo de ano um pouco conturbando. Tivemos mudanças de line. No final do ano passado, quando começamos a deslanchar na América do Norte, tivemos uma mudança no elenco. Creio que alguns jogadores sentiram isso", analisou. "Levando em consideração o ano, evoluímos bastante. Chegar onde chegamos, com as trocas, para mim, foi satisfatório", assegurou.

O capitão dos tubarões também esclareceu as expectativas futuras acerca da equipe, que após grandes contratações, visa idas ao exterior para promover uma evolução mais rápida e orgânica de seu quinteto.

"Não sabemos como vai estar o mundo no ano que vem. Não sabemos datas em que vamos para fora. Vamos para fora, mas não sabemos quando, para onde, nem como. A médio prazo, podem esperar uma Sharks bem competitiva e com muita vontade de ganhar", declarou o líder da equipe.



Finalizando, jnt ainda elogiou o trabalho feito pela Gamers Club em relação a competição, ressaltando a importância de iniciativas como esta: "Sou muito fã do que a GC faz pelo cenário brasileiro. Sem ela, nem teríamos cenário brasileiro. Não teríamos uma mina para buscar tesouros. A GC fomenta muito o cenário", pontuou. O jogador não é o primeiro a analisar o trabalho feito pela empresa no Brasil, o treinador brasileiro da Triumph, Marcos "tacitus" Castilho, também rasgou elogios, afirmando que o "cenário está anos-luz à frente do norte-americano" no tocante a revelar talentos, creditando a líder pelo sucesso.