gla1ve explica o que deu errado na experiência de line-up estendida vivenciada pela Astralis

Capitão da equipe dinamarquesa refletiu acerca da falha tentativa de integrar Bubzkji ao elenco

por / 25 de fev de 2022 - 20:00 / Capa: Divulgação/Astralis

Outrora dona de uma dinastia nunca antes vista na história do Counter-Strike - e quiçá dos esports - a Astralis teve de aprender a conviver com uma realidade bem mais complicada durante a tortuosa e monótona era online.

Com os grandes campeonatos presenciais tornando-se apenas uma longínqua lembrança na mente daqueles que um dia conquistaram-nos de ponta a ponta, não demorou para que o esgotamento recaísse sobre alguns dos mais vitoriosos atletas da modalidade.

Já em maio de 2020, o capitão Lukas "gla1ve" Rossander foi o primeiro a entrar em recesso médico. Menos de dez dias depois, Andreas "Xyp9x" Højsleth foi outro a pedir canja em meio àqueles tempos pandêmicos.

A solução para a Astralis, então, foi buscar reforços no mercado, apostando inicialmente em nomes não tão badalados como Marco "Snappi" Pfeiffer e Jakob "JUGi" Hansen. Todavia, dois negócios vantajosos apareceram posteriormente.

Com Patrick "es3tag" Hansen livre no mercado e Lucas "Bubzkji" Andersen querendo deixar a MAD Lions, a Astralis não titubeou e aproveitou tais chances, expandindo seu elenco, que chegou a contar com sete jogadores em determinado momento.

A experiência com uma escalação estendida era ousada: "Uma montagem que totalizasse dez jogadores, com direito a uma formação de base, como nas equipes profissionais de League of Legends", conforme contou Kasper Hvidt, diretor do gigante clube dinamarquês e ex-jogador de handebol.

Astralis chegou a contar com sete nomes em seu elenco | Foto: Divulgação/Astralis

Embora es3tag e Bubzkji tenham sido aproveitados em um primeiro momento, com es3tag sendo um dos principais destaques na campanha que rendeu à Astralis o título da divisão europeia de ESL Pro League S12, Bubzkji caiu no ostracismo.

Enquanto a Vitality com Nabil "Nivera" Benrlitom e a Natus Vincere com Valerii "b1t" Vakhovskyi iam apresentando melhora com o uso de um sexto elemento, a Astralis não conseguia repetir tal proeza. Em recente entrevista ao Dexerto.com, gla1ve explicou o que deu errado nesse processo:

"Creio que isso prejudica a preparação. Não acredito que elencos com seis jogadores sejam os melhores, ao menos não da forma que trabalhamos com isso, com um jogador sendo 100% reserva", disse em referência ao que foi experimentado com Bubzkji.

"É preciso ter alguém que não queira jogar tanto, talvez um jogador que gosta de sentar, assistir e que possa trazer coisas novas ao time. Creio que o futuro da Astralis é uma escalação com cinco jogadores", ponderou.

Bubzkji, aliás, acabou sendo liberado pelo clube dinamarquês no fim de janeiro, após cerca de 18 meses sob o banner da Astralis, período no qual jogou míseros 86 mapas e sequer passou perto de mostrar o potencial dos tempos de MAD Lions.

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