Atual líder do ranking sul-americano para o ESL One Rio Major 2020, a
BOOM não está nada feliz com a possibilidade da região ter apenas mais um torneio valendo pontos classificatórios para o Major. Se isso acontecer, na opinião de João "
felps" Vasconcellos, será "
totalmente prejudicial" para a equipe. "
O primeiro campeonato que a gente ganhou não vai fazer muita diferença porque o próximo será o último e a quantidade de pontos que serão dados será maior. Tínhamos conquistado uma das duas vagas para o Minor e deram uma nova chance para todo mundo por conta de tudo o que aconteceu. Ganhamos agora (o RtR) e deram outra chance? Duvido que, se a gente não ficar na frente no outro campeonato, vamos ter outra chance. Era mais fácil ter feito um campeonato só", desabafa.
A Valve precisou "zerar" a classificação para o Major do Rio de Janeiro após transferir o campeonato de maio para novembro deste ano por conta do coronavírus. Se na época da mudança o Brasil ainda contava com poucos casos da doença, atualmente o país conta com quase 300 mil infectados e 18.859 mortos pelo vírus de acordo com o Ministério da Saúde. Situação esta que piora dia após dia e vem ligando o sinal de alerta de muitos, que passam a acreditar menos quanto a realização do torneio na Cidade Maravilhosa. Felps revela que tem medo do Major não acontecer no Brasil, mas que"
a gente não pode trabalhar com esse medo. Temos que garantir a nossa vaga e, independente se vai ter ou não (o torneio). Temos que ter a vaga garantida porque vai ser uma preocupação a menos".
CBCS Mas felps e BOOM não estão no Brasil somente por conta dos torneios válidos pelo novo sistema de classificação para o Major. A equipe também é uma das participantes do
CBCS, campeonato no qual conseguiu se classificar diretamente para as semifinais após terminar a Fase de Grupos liderando o Grupo A com quatro vitórias e uma derrota. Sobre a campanha na fase inicial do torneio, felps aponta que a BOOM começou "
desligada" em todas as partidas, o que fez com que o time tomasse "
muitos rounds de vantagem". De acordo com o jogador, o time conseguia reverter o placar desfavorável mas quase sempre "
no sufoco". "
Não foi diferente contra a Sharks. Entramos desligados no mapa que eles são bons. Foi o time mais díficil e não deu para dar o comeback porque o nível deles é maior do que o do restante dos participantes. Estamos bem no campeonato e quando tivermos a chance de pegarmos, novamente, Sharks ou qualquer outro time, não vamos mais entrar desligados", afirma A única equipe capaz de vencer a BOOM na Fase de Grupos é a apontada por felps como a principal adversária dele e dos companheiros na briga pelo título do CBCS: "
A derrota para Sharks foi algo normal. Eles são nosso principal adversário no torneio. Se quisermos ganhar o CBCS, precisamos ganhar deles". Felps mostra que está gostando do que vem vivenciando no CBCS, dizendo que o nível do torneio está bom. "
As equipes estão em um nível muito alto de competitividade, principalmente quando nos enfrentam. É bom para o Brasil, bom para o cenário e também é bom para nós porque isso mostra que não podemos entrar desligados", avalia.
NÃO É UM RECOMEÇO Na BOOM felps reencontra o Counter-Strike que o colocou como um dos melhores jogadores do Brasil. E isso acontece poucos meses após o jogador viver um momento turbulento,
com o fim da Luminosity Gaming e a
rápida pasagem pela Team oNe acontecendo em sequência. Categórico, felps diz que não classifica o bom momento junto à BOOM como "
um recomeçou ou qualquer coisa do tipo". "
Estou tentando jogar CS, mostrar novamente meu potencial e a BOOM está me ajudando muito com isso. Não importa se era na LG, na T1 ou agora na BOOM, tudo o que estou fazendo e sempre o que eu vou fazer vai ser para minha vó". Sobre o quase um mês que foi um Golden Boy, felps revela que saiu "
porque eu não estava satisfeito coma algumas coisas" na organização e também porque "
eu já estava conversando com o Apoka sobre a BOOM", na época que a equipe ainda estava atuando pela INTZ. "
Não tenho nada contra o clube ou contra o Kakavel, que é um ótimo cara. Mas eu não estava muito satisfeito. Então, a BOOM foi uma oportunidade que preferi agarrar", finaliza.