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device apoia decisão de es3tag: "Qualquer um teria aceitado a proposta que a Cloud9 ofereceu"

AWPer da Astralis falou sobre liderança, a ideia de um sexto jogador, a saída de ⁠es3tag⁠, o retorno de Xyp9x e mais

por / 13 de nov de 2020 - 12:00 / Capa: Adela Sznajder/DreamHack
Em longa entrevista conduzida pelo site especializado HLTV.org, o AWPer da gigante Astralis Nicolai "⁠device⁠" Reedtz comentou acerca da questão de liderança dentro da equipe dinamarquesa, a  rotação de um sexto jogador, a saída de Patrick "⁠es3tag⁠" Hansen, o retorno de Andreas "⁠Xyp9x⁠" Højsleth e mais.


Separamos os melhores trechos, os quais você, é claro, confere abaixo.

NOVA BAIXA, VELHO REFORÇO


Na maior negociação com valor revelado da história do Counter-Strike, es3tag deixou a Astralis, organização à qual se juntou sem custos, para rumar à Cloud9, por quem foi adquirido por cerca de meio milhão de dólares. device, por sinal, acredita que foi "a melhor mudança da carreira" de seu ex-companheiro.

Foto: Divulgação/Astralis Bom negócio: es3tag chegou de graça e saiu da Astralis por $500 mil | Foto: Divulgação/Astralis


A baixa, no entanto, não provocou nenhuma espécie de terra arrasada pelo lado dinamarquês. Pelo contrário. Para suprir a lacuna deixada pelo atleta de 24 anos, o Clutch Minister Xyp9x retornou às atividades, após recesso médico de aproximadamente cinco meses.

"O Xyp9x tem participado dos treinos conosco há um bom tempo. Ele não estava treinando de início, apenas observando, vendo as estratégias e descobrindo o que deveria fazer em sua função. Quando vencemos a ESL Pro League S12, onde jogamos com es3tag, que também é um jogador excepcional, não estávamos treinando com o Xyp9x", revela.

"Estávamos focados na DreamHack porque significava muito para nós ter a chance de vencer o último torneio com o Patrick (es3tag). Ele foi parte crucial de nosso sucesso na Pro League. Creio que todos devemos algo a ele", reconheceu.

Foto: Jennika Ojala/DreamHack device não guarda ressentimentos pela súbita saída de es3tag | Foto: Jennika Ojala/DreamHack


"Ele até me pediu, em particular, o que eu pensava da situação, e eu, para ser sincero, falei que era o melhor para a carreira dele nesta altura, mesmo amando jogar com ele", admite. "Creio que qualquer um teria aceitado a proposta que a Cloud9 ofereceu", garante.

"Eu diria que todos no time o compreenderam e não o afastaram por causa disso. Deixamos ele tomar sua própria decisão e garantimos que ele soubesse que ninguém ficaria desapontado caso ele escolhesse se juntar à Cloud9", assegura o lendário AWPer.

O retorno de Xyp9x, apesar de não ter sido tão bem planejado, foi de saldo positivo para o lado dinamarquês, que conseguiu assegurar vaga nas finais da BLAST graças à boa performance no Grupo C da BLAST Premier: Fall Series 2020.

Foto: Adela Sznajder/DreamHack Transferência de es3tag abriu espaço para o retorno do Clutch Minister | Foto: Adela Sznajder/DreamHack


"Eu diria que minhas expectativas não mudaram muito, creio que ainda temos o que é necessário para vencermos. Talvez existam algumas situações onde precisaremos de tempo com o Xyp9x, o que pode ser duro. Agora, também estamos enfrentando equipes norte-americanas, coisa que não fazemos há um bom tempo", relembra.

"Queremos terminar o ano em grande estilo, como fizemos nos últimos anos. (...) Ser reconhecido como o melhor time do mundo é algo que constantemente buscamos. Este ano tem sido mais difícil que os outros, então temos que dar tudo de nós para alcançarmos isso", assinala.

LIDERANÇA


Sem Lukas "gla1ve" Rossander, a Astralis teve que aprender a se virar com o que tinha em mãos. Assim, Emil "Magisk" Reif assumiu o peso da função de In-Game Leader, fato que perdura até os dias de hoje, mesmo com o retorno do antigo capitão dos robôs.

"O Magisk é o capitão. Ainda assim, eles tentam constantemente melhorar um ao outro, acertar as calls. No final, o Magisk tem a última palavra. Se estamos em dúvidas ou em situações estressantes, Magisk tem o poder de decisão. Tem funcionado bem para nós", acredita.

Foto: FACEIT/ECS Magisk tem sido a principal voz dentro da Astralis | Foto: FACEIT/ECS


Quando lembrado sobre outros times que tentaram a divisão da liderança entre dois atletas, como foi o caso da Vitality do britânico Alex "ALEX" McMeekin e do francês Nathan "NBK-" Schmitt no último ano, device ressalta: "Não há dois In-Game Leaders".

"Magisk é o capitão e o gla1ve apenas o complementa e dá ajudas no meio dos rounds. No final, creio que 75 a 80% do tempo o Magisk é quem dá as calls. Creio que isso é importante. Você não pode dividir isso em mapas ou coisa do tipo", diz o AWPer.

"Claro, os jogadores têm algumas funções que facilitam dar as calls em alguns mapas, mas eu ainda consideraria que o Magisk tem sido o único a dar as calls. Ele tem sorte de ter uma ajuda experiente em suas mãos. É isso que buscamos", conta.

Foto: Jennika Ojala/DreamHack device não crê que dois In-Game Leaders no mesmo time funcionem bem | Foto: Jennika Ojala/DreamHack


O atleta de 25 anos também comentou acerca da line-up estendida da Astralis, que conta com seis jogadores no presente momento, mas que já chegou a ter oito. Usando a Vitality de Nabil "Nivera" Benrlitom como exemplo, device analisou:

"Eu creio que a rotação entre mapas é o jeito mais fácil de pôr isso em prática. Se você olhar para os treinos, você sabe que toda vez que a Vitality jogar Dust2, eles terão treinado com o Nivera, certo?", ponderou. "É um jeito realmente inteligente de lidar com isso."

"É algo que definitivamente comentamos acerca. Há quase um ano viemos testando diversas coisas e que outros times tem tentado seguir a mesma linha, ou tomar suas interpretações de como aquilo deve ser feito", afirmou.

device acredita que trocar jogadores entre mapas é a melhor forma de usar uma line-up estendida | Foto: Adela Sznajder/ESL


"Como jogador, estou realmente empolgado para ver como isso se desenrolará. Creio que será melhor para os atletas no fim das contas. Não há como negar que os jogadores tem que lidar com muito estresse e é por isso que vemos muitos profissionais em maus lençóis", disse device.

"Neste ano, mais do que em qualquer outro, as organizações ousaram desafiar um pouco mais. 2020 não será lembrado como um dos anos mais competitivos do Counter-Strike. Testar novas coisas em torneios é algo legal para todos os envolvidos", acredita.

Foto: Igor Bezborodov/StarLadder 2020 não foi um dos melhores anos no quesito competitividade para o CS:GO, afirma device | Foto: Igor Bezborodov/StarLadder


"Eu espero que tenhamos as mesmas oportunidades para mapas, visto que existem diversas oportunidades de serem acrescentados novos mapas ao CS, mas não tivemos essa sorte ainda. Este teria sido um excelente ano para testarmos novas coisas", aponta.

"Apesar disso, temos testado novas coisas dentro do time e isso é bom. Você tem que ver isso como algo realmente bom para os jogadores", finaliza o lendário dinamarquês tetracampeão de Major.
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