Diante da realidade vivenciada pelos atletas profissionais de Counter-Strike, além de uma organização responsável pelos seus cuidados e suporte, nota-se a existência de instituições para garantir os direitos de um jogador. Pensando nisso, cabe ressaltar a importância da Counter-Strike Professional Players' Association (CSPPA), rememorando sua história, estrutura, finalidade e sob quais circunstância ela detém certo nível de poder.
Tal importância é realçada e justificada pela credibilidade que a CSPPA possui, algo que antecede sua própria formação, haja vista que cerca de noventa atletas profissionais concordaram em se associar ao grupo antes mesmo de sua oficialização.
Fundada em junho de 2018, a Counter-Strike Professional Players' Association é uma associação internacional de jogadores profissionais de CS:GO, sendo formada "por jogadores, para jogadores". É composta por atletas que se encontram sob contrato com clubes ou que estejam na busca por um, e é representada por uma mesa de sete membros, sendo estes eleitos durante Assembleia Geral da associação para cumprirem mandato de dois anos.
É mister pontuar o inciso 3º do artigo 2º dos Artigos de Associação da CSPPA, o qual pondera seus propósitos de atuação, afirmando que a instituição é democrática e independente, e que equidade e solidariedade são seus lemas fundamentais.
Ademais, a reunião de profissionais objetiva salvaguardar, proteger e promover os interesses dos jogadores durante e depois de suas carreiras ativas. Nesse sentido, a CSPPA possui a função de arquitetar circunstâncias para garantir as melhores condições de trabalho no meio do esporte eletrônico, tendo em conta sua natureza.
Reiterando sua origem, foi idealizada por Scott "SirScoots" Smith, defensor há longa data dos direitos dos jogadores, o conselheiro legal Michael Døi e um grupo de jogadores liderados por Andreas "Xyp9x" Højsleth. Além disso, destaca-se o nome de Mads Øland, chefe executivo da Danish Elite Athletes Association, associação responsável por dar o suporte necessário para a oficialização da CSPPA no ambiente profissional.
A Danish Elite Athletes Association, aliás, possui vasta experiência na criação e gestão de associações de jogadores internacionais, fazendo parte da FIFPro, uma instituição voltada ao futebol, e da World Players Association, organização voltada para o conglomerado de reunião de jogadores. Seu CEO, inclusive, possui grande renome no ramo, visto que ele (Mads Øland), juntamente a Michael Døi, fazem parte da Spillerforeningen, "sindical" de futebolistas dinamarqueses que conciliou atritos relacionados a contratos e acordos de jogadores.
Logo em seu surgimento, houve a oficialização dos membros que comporiam uma mesa oficial para representar todos os demais atletas. Ao lado de Xyp9x, também fizeram parte:
Andreas "Xyp9x" Højsleth (Chairman)
Epitácio "TACO" de Melo
Tarik "tarik" Celik
Jonathan "EliGE" Jablonowski (Vice-Chairman)
Jordan "n0thing" Gilbert
Chris "chrisJ" de Jong
Nathan "NBK-" Schmitt
Mads Øland (CEO)
Michael Døi (COO)
Scott "SirScoots" Smith (Conselheiro)
Algumas mudanças foram realizadas em tal composição, como por exemplo a contratação de Sean "seang@res" Gares em 2019 como Player Advisor - algo permitido pelo Estatuto da associação -, a contratação de Louise Kwang como Assistente Executivo no ano seguinte, a saída de Mads Øland de seu posto de CEO e ida para a posição de Advisor em abril de 2021 e a saída de SirScoots de seu cargo em meados de 2022.
Michael Døi (COO)
Mads Øland (Conselheiro)
Sean "seang@res" Gares (Player Advisor)
Louise Kwang (Assistente Executivo)
É interessante notar ainda que em janeiro de 2020, Xyp9x e Jonathan "EliGE" Jablonowski foram anunciados como Chairman e Vice-Chairman, respectivamente, do quadro de representantes em questão. Entretanto, em abril de 2021, alguns deles decidiram deixar seus cargos com a justificativa de que "era necessário dar a oportunidade a outros atletas de ocuparem tais postos". Aliado a isso, houve o anúncio dos novos membros da mesa de atletas profissionais, que seguem com seus cargos durante a escrita de tal texto.
Portanto, os novos membros que substituíram as lacunas deixadas em brancos eram:
Chris "chrisJ" de Jong
Nathan "NBK-" Schmitt
Johnny "JT" Theodosiou
Maikil "Golden" Selim
Dan "apEX" Madesclaire
Max "MiGHTYMAX" Heath
Martin "STYKO" Styk
Todavia, com a transição de NBK- para o competitivo de VALORANT meses após a mudança, a mesa passou a compor apenas seis jogadores e, até o presente momento, mantém-se dessa forma, sendo que nenhum possui o cargo de Chairman. Aliás, consoante dito anteriormente, a reunião de atletas possuía, de início, aproximadamente noventa envolvidos; porém, agora, não há mais informações sobre quantos são os associados.
Fundado em agosto de 2020, o ranking mundial chancelado pela CSPPA foi inaugurado com o propósito de reestruturar o cenário mundial na perspectiva dos próprios atletas. Para tanto, abrangeu 40 times e diversos tópicos jamais vistos em outras classificações no cenário profissional de Counter-Strike: Global Offensive.
Pauta-se, por exemplo, a aceitação de elencos com até seis jogadores presentes, algo muito popular no período em que fora inaugurado. Além disso, informará com mais transparência a contagem de pontos de seu tabelamento, contabilizando apenas torneios em um período de nove meses antes do ranking ser lançado e excluindo os campeonatos que possuem datas conflituosas com as "férias dos jogadores". Por fim, e não menos importante, não penaliza os atletas que estão afastados por problemas envolvendo saúde mental, doenças e lesões.
A iniciativa, aliás, foi mais a fundo ao criar, em novembro de 2020, um comitê de jogadores para auxiliar no ranking e sua estruturação. De início, e até o momento em que a notícia é escrita, a mesa foi composta da seguinte forma:
Chris "chrisJ" de Jong
Christopher "dexter" Nong
Lucas "steel" Lopes
Asger "AcilioN" Larsen
Andrey "Jerry" Mekhryakov
Em fevereiro de 2021, a CSPPA estabeleceu laços com a GRID, empresa que promove serviços para mais de 70% da área de esporte eletrônico, para facilitar a alocação de conteúdo e proporção de elementos. Contudo, não há mais informações sobre a continuidade da parceria nos tempos hodiernos.
Com o objetivo de fortalecer o tabelamento levantado pela instituição, um livro de regras foi promulgado no dia 7 de abril de 2021, abordando informações como: definição de termos usuais no cenário do esporte eletrônico, contabilidade de pontos na tabela global, diferença de contagem em torneios presenciais ou online, mudanças nos elencos, entre outros.
É interessante notar que tal termo foi assinado e aprovado por vinte e nove atletas profissionais, dos quais destacam-se os brasileiros Leonardo "leo_drk" Oliveira, então pertencente a O PLANO, Andrei "arT" Piovezan, da FURIA, Epitácio "TACO" de Melo, representante da GODSENT, e o próprio Lucas "steel" Lopes, membro do comitê oficial do ranking Mundial e, àquela altura, atuante sob o banner da Movistar Riders.
Entretanto, a última atualização deste ranking foi realizada no dia 2 de agosto de 2021, não havendo mais notícias e informações sobre sua continuidade.
Desde quando fora idealizada, a Counter-Strike Professional Players' Association sempre demonstrou se preocupar com a saúde mental dos atletas de esporte eletrônico. Assim, foi-se criado uma grande variedade de projetos e programas para que tal problema não obstruísse as carreiras dos jogadores e não gerasse efeitos catastróficos.
Em agosto de 2020, a primeira iniciativa foi tomada: uma parceria com duas universidades britânicas para realizar a primeira pesquisa sobre como a saúde mental afetava o esporte eletrônico, especialmente o CS:GO. O projeto era, sem sombra de dúvidas, inovador, visto que nada de tamanho calibre havia sido realizado anteriormente.
Juntamente a Phil Birch, Ben Sharpe - ambos da Universidade de Chichester - e Matt Smith - conectado à Universidade de Winchester -, a CSPPA iniciou o estudo para compreender mais sobre as consequências dos problemas psicológicos e seus laços com os jogos virtuais. Com isso, a associação seria capaz de fornecer um melhor suporte aos atletas e auxilia-los da melhor forma possível.
Também é citado que, durante um estudo publicado pelos médicos Smith e Birch, foi possível coletar informações de que os atletas de Counter-Strike atuantes no Tier 1 do cenário profissional enfrentam um constante e significativo estresse em suas vidas competitivas. Esse dado foi, e continua sendo, o mais importante da iniciativa até então.
Não somente, conforme realça a nota publicada, "os resultados desse projeto podem ajudar outros esportes eletrônicos a terem um melhor entendimento sobre a saúde mental de seus jogadores e destacar a importância dela para o ecossistema mais amplo do 'esport'".
Ainda no mesmo mês, outro programa foi lançado, porém agora, em união com a organização North. De início, o projeto seria fornecido somente aos atletas do clube dinamarquês, sendo oferecido a todos os demais times e jogadores de CS:GO em um "futuro próximo", consoante diz a seguinte nota:
Com a justificativa de existir "uma série de casos de estresse e Burnout relatados", a parceria firmada seria testada durante dois meses e, após esse período, expandida para o cenário de CS de todos os mais variados níveis, ou seja, tanto para as maiores equipes do mundo, quanto para as que atuam em âmbito regional.
Christopher Håkonsson, CEO da North
- "Estamos estabelecendo esse programa com a CSPPA porque é melhor se prevenir do que tratar transtornos mentais."A medida foi realizada com o auxílio da empresa We.Care, também localizada na Dinamarca e especializada em cuidados e tratamentos online de saúde mental na atmosfera esportiva. Sua função, basicamente, seria de proporcionar um serviço com psicólogos através de videochamadas ou mensagens para que os jogadores do clube dinamarquês possam conversar quando precisarem.
O primeiro atleta a fazer uso de tal veículo foi Mathias "MSL" Lauridsen, que confirmou enxergar uma importância na realização das prevenções. "Eu não quero que isso aconteça comigo ou com nenhum jogador, então eu acho que o projeto pode auxiliar em como nos preparamos e lidamos com tudo no ambiente profissional e particular", disse o rifler.
Já tendo se passado o período de testes, a North, no ano seguinte, acabou decidindo encerrar suas atividades; entretanto, suas colaborações com a iniciativa fizeram com que a experiência fornecida fosse um sucesso, e a parceria entre CSPPA e We.Care se entendesse. Assim, em maio de 2021, a associação divulgou, por meio de seu Twitter, a nota de continuidade e ampliação do programa.
Juntamente a isso, houve, no mesmo dia, a publicação de um vídeo de alguns membros do comitê representativo da associação sobre a necessidade premente da retomada do projeto.
No fim de agosto de 2021, a Counter-Strike Professional Players' Association compartilhou em seu Twitter dois compilados de slides com recomendações aos jogadores sobre como lidar em situações de assinaturas de contratos e acordos de representação com seus agentes. A CSPPA, além disso, afirma logo no início que, apesar de divulgar suas sugestões, incentiva fortemente os atletas a buscarem ajuda profissional nessas ocasiões.
Os slides referentes aos contratos de atletas de CS:GO são divididos em 21 tópicos, sendo eles:
1. O contrato de agência. Recentemente, viu-se muitos contratos de jogadores sendo definidos como "contratos de agência". Esta modalidade de contrato aparenta ser projetada para retirar a maior quantidade de direitos dos atletas possível. Assim, é fundamental que se saiba como isso pode afetar as carreiras dos profissional. Os modelos ideais de contrato para serem assinados, a depender da ocasião, são: contratos de trabalho ou contratos de contratante independente.
2. Remuneração. A remuneração de um atleta é a soma de seu salário, premiação de torneios e bônus, receita de criação de conteúdo, pagamentos de patrocínios individuais, entre outros. Muitos atletas, ao assinarem um contrato, pensam incialmente apenas nesse fator. Nesse sentido, caso ela não seja alta o suficiente, todos os outros tópicos se tornam irrelevantes. Então, certifique-se de todas as informações sobre a remuneração estarem no contrato, incluindo o dia do pagamento.
3. Prazo. Contrato com prazo fixo, sem direito a renegociação, é o padrão utilizado normalmente no cenário de CS:GO. Portanto, quando se diz sobre um atleta jovem, promissor, ou com uma esperada elevação de custo no mercado, é de extrema importância saber se esse prazo não é tão longo.
4. Rescisão sem causa. Alguns contratos no mundo profissional de Counter-Strike incluem direitos unilaterais de rescisão de contrato por parte do time. Nesses casos, há apenas um período curto de aviso prévio, podendo ser de só um dia, ou de um a três meses. Apesar disso, não existe esse direito parar o atleta. Encoraja-se, assim, uma maior atenção em tal tópico, para que os almejos dos jogadores não sejam afetados. Muitos jogadores, inclusive, clamam pela remoção de tais direitos, a fim de que ambas as partes respeitem os prazos estabelecidos, como visto na maioria dos esportes tradicionais.
5. Rescisão por justa causa. Um contrato deve possuir detalhadamente quando e como um jogador pode rescindi-lo por justa causa. Especificamente, um profissional deveria ser capaz de rescindir seu contrato imediatamente (ou após um curto período de aviso prévio) em caso de não pagamento de salário. Logo, olhe atentamente para este ponto e, caso necessário, entre em contato com a CSPPA.
6. Cláusula de troca. Em alguns momentos, foi possível observar transferências de jogadores unilateralmente por parte da organização, sem que houvesse consentimento do atleta. Muito possivelmente, essas cláusulas se originaram de contratos de liga de franquia, porém são extremamente prejudiciais para os envolvidos, sendo considerada ilegal em muitos países. Para tanto, é cabal buscar negociar para que esses tópicos sejam removidos.
7. Direito de preferência. Direitos de primeira opção e primeira recusa são comuns nos contratos. Tais cláusulas podem incluir a obrigatoriedade para os jogadores de compartilharem suas ofertas de novas equipes com a atual (mesmo após o término do prazo do contrato) e um direito ao time de impedir a saída do jogador. De acordo com a CSPPA, estas cláusulas são extremamente prejudiciais para as carreiras dos atletas, sendo muitas vezes ilegais. Muitos membros da associação de jogadores já conseguiram removê-las, e é incentivado que os demais busquem também retirá-las.
8. Cláusulas de buy-out. Muitos conflitos surgiram no cenário atual referentes a transferências e buy-outs de jogadores. Aconselha-se que os atletas insiram um buy-out justo em seus contratos, de forma proporcional a seu salário e remuneração. Se não houver cláusula de rescisão no contrato, o time pode bloquear qualquer transferência, independente do valor. Portanto, esteja ciente de que uma cláusula de buy-out muito alta pode afastar os interessados na aquisição do atleta, mesmo que o clube queira vendê-lo.
9. Multas. Multas, remunerações negativas ou "bônus por bom comportamento" (frequentemente utilizado como multa disfarçada de bônus) muitas vezes levaram times e jogadores a conflitos. Foi-se possível ver muitas equipes cortando partes do salário de atletas caso certas metas não fossem atingidas. Ademais, multas foram impostas por ações conhecidas pela estafe há tempos atrás. Os jogadores devem estar cientes de tais regras. Não apenas, deve estar especificado no contrato que novas regras não podem ser impostas unilateralmente pelo clube sem que haja uma nova negociação.
10. Ida ao banco. Quase todos os jogadores profissionais já experienciaram serem colocados nos bancos de alguma equipe. Já viu-se, também, atletas "presos" a seus contratos durante sua estadia no banco, possuindo, inclusive, um salário baixo, ou até mesmo nenhum. Nestes casos, é essencial que o jogador tenha condições de arcar com seus custos de vida mesmo sem estar atuando. Além disso, é interessante que peçam um tempo máximo definido para passar no banco e, após concluído, rescindir o contrato. Deixar de contabilizar as reduções salariais pode levar a problemas financeiros, ou até mesmo pode permitir que uma equipe tenha grande influência sobre o jogador.
11. Horas de trabalho/Lugar. Para muitos jogadores, seus setups, tanto em casa quanto no escritório do clube, bem como suas agendas e rotinas, são fundamentais. Apesar disso poder ser reavaliado durante a vigência do contrato, é importante que nele haja sua configuração definida.
12. Lesões e doenças. Muitos contratos incluem cláusulas que permitem com que a organização rescinda um contrato em um curto período de aviso prévio caso o atleta esteja doente, sofra com problemas de saúde mental, ou esteja lesionado - mesmo que tais circunstâncias sejam resultado de algo requerido pelo próprio clube. Recomenda-se, portanto, que o jogador busque retirar tais cláusulas, a fim de se sentir mais seguro ao realizar seu serviço.
13. Direito de IP. Muitas vezes este tópico é esquecido pelos atletas, o que pode gerar problemas. É importante certificar-se de que a licença concedida para a equipe seja apenas para promover a própria equipe e seus patrocinadores. Além disso, é essencial notar o prazo de duração da licença, garantindo que ela expire juntamente ao contrato, que deve possuir as regras detalhadas para o fim da venda de mercadorias e outras iniciativas que usufruam desses direitos após seu encerramento.
14. Streaming e patrocínios. Muitos jogadores acreditam que a excessiva demanda de um time para a realização de criação de conteúdos e streams afeta negativamente em suas performances nos torneio. Embora seja necessário reconhecer que tais medidas são parte do negócio firmado, é recomendável que se estabeleça um limite para tal serviço, para que haja a mesma expectativa de ambas as partes para o esforço e o tempo reservado para estas práticas.
15. Patrocínios individuais. Isso é algo que acontece cada vez mais no cenário de CS:GO. Os patrocínios individuais são boas maneiras de expandir a marca do profissional e obter fundos adicionais. Assim, é interessante para o jogador, caso ele não possua um salário tão elevado, recorrer a patrocínios individuais, de uma maneira que estes não conflitem com os patrocínios da organização e, assim, estabeleçam um acordo acerca da remuneração.
16. Agenda. Muitos contratos possuem cláusulas sobre como os jogadores e o time podem determinar quais torneios participar e o cronograma da equipe. Caso seja de interesse do profissional possuir direito a palavra ou opinião, certifique-se de incluir tal ponto no contrato, desde que de maneira justa e equilibrada.
17. Matchfixing e doping. Os contratos devem possuir referências às regras e regulamentos relevantes, além de detalhar soluções claras para conflitos entre o jogador e o time em caso de manipulação de resultados e doping. Deve incluir, também, o que acontece durante as investigações e a garantia de que medidas serão tomadas apenas depois de existir um veredito final.
18. Deixar o CS:GO. Atualmente, muitos times optam por deixar o cenário de CS:GO. Nessas situações, há uma cláusula que permite que, quando tal medida for tomada, os contratos sejam rescindidos automaticamente. No entanto, certifique-se de que, caso tal cláusula seja aplicada, a organização não seja capaz de ingressar imediatamente após o encerramento do contrato com uma nova line-up.
19. Disputa de resolução. Infelizmente, não existe resolução de disputa barata e rápida no mundo do Counter-Strike hoje em dia. O sistema judicial pode ser muito caro e demorado em muitas das situações. Assim, a depender do país em que o conflito aconteça, é recomendado que existam cláusulas para o processo de arbitragem. Não somente, é interessante que os termos no contrato sejam claros e fáceis de entender para que não haja falta de entendimento ou dupla interpretação.
20. Recusa de conselheiros. Jogadores devem sempre ter o direito de escolher seus próprios conselheiros. Se atenta caso exista qualquer tipo de linguagem que o impeça de escolher seus advogados, agências ou associações, porque pode significar "bandeira vermelha".
21. Peça ajuda! Como jogador profissional de CS:GO, o sujeito é expert no que faz. No entanto, muitas vezes não existe o conhecimento, as habilidades e a experiência necessária para lidar com todas as etapas da negociação com um time. Então, é de suma importância a busca por um advogado, ou uma agência, ou contato com a CSPPA. Certifique-se de ter todo o apoio necessário para assinar o contrato com uma organização, um gigante passo na carreira de um atleta.
Para mais detalhes referentes ao compilado fornecido pela associação sobre contratos, clique aqui (Arquivo em inglês).
Ademais, as informações espalhadas sobre os acordos de representação com agências são enumeradas em 15 lacunas.
1. O que você precisa? Neste ponto, fala-se muito sobre quais são os focos do atleta ao requerer um assessor, especificando as qualidades a serem pesquisadas: agentes com maior rede de contatos, maior capacidade para negociar contratos, expansão da marca individual e busca por patrocínios, busca por apartamentos, auxílio no controle de impostos, ou todas as necessidades supracitadas. A CSPPA realça a importância da pesquisa sobre as vontades dos jogadores.
2. Busca pelo agente. Infelizmente, no cenário atual, há muitos agentes que realizam um trabalho pífio, ou que deixa a desejar. Muitos apenas olham para a remuneração dos atletas, sem estudar outros importantes tópicos nos contratos a serem assinados. Para isso, é necessário estudar o currículo e o passado das agências, conhecendo seus serviços anteriores e os jogadores com quem já compartilhou experiências.
3. Remuneração. A remuneração de um atleta é a soma de seu salário, premiação de torneios e bônus, receita de criação de conteúdo, pagamentos de patrocínios individuais, entre outros. A maioria das agências recebe em torno de 5% e 10% do salário mensal de um jogador, enquanto os patrocínios, entre 10% e 20%. Cita-se, ainda, que muitos acordos envolvem pagamentos até mesmo depois da expiração do contrato. Portanto, é fundamental ter certeza de que todos detalhes envolvendo pagamentos estejam expressos no acordo de representação.
4. Prazo. Neste tópico, cita-se apenas que existem contratos firmados com prazos determinados, ou com a presença de cláusulas com um pré-aviso de rescisão para ambas as partes, ponderando a avaliação desse tópico com cautela, a depender da apreciação da agência por parte do profissional.
5. Responsabilidades dos agentes. As razões que levam os atletas a assinarem acordos com agências são várias e, com isso, as expectativas pelos resultados são diversas. É de extrema importância que os contratos assinados especifiquem os desejos e interesses do jogador com a parceria e, caso as coisas não andem conforme o esperado, haja uma maneira de rescindir o contrato por inadimplemento.
6. Auxílio jurídico. Na maioria das vezes, o agente ou os membros da agência não são advogados e não possuem ensino na área do Direito. Assim, contate um advogado ou peça a sua agência um advogado quando necessário e, de preferência, um especializado na área em que precise de auxílio.
7. Dupla representação. Nos esportes tradicionais, e também no CS, muito se viu de agentes ou agências trabalharem tanto para o jogador quanto para uma organização. Caso uma eventual negociação entre essas partes venha a acontecer, as expectativas do atleta não pode ser atendida da devida forma. Nessas situações, é recomendado que exista no contrato uma cláusula que proíba tais práticas, ou que permita com que o profissional vá atrás de outra agência (apenas nessas ocasiões) para que seus interesses sejam garantidos.
8. Outros clientes. Muitas agências possuem acordos estabelecidos entre um ou mais jogadores. Por isso, é fundamental ter conhecimento de quem são esses atletas e, em caso de um clube ter interesse pelo indivíduo e mais um profissional representado pelo mesmo agente, qual seria a postura da agência. Exigir uma divulgação por parte do agente no contrato pode ser benéfico em tal circunstância.
9. Patrocínios individuais. Isso é algo que acontece cada vez mais no cenário de CS:GO. Os patrocínios individuais são boas maneiras de expandir a marca do profissional e obter fundos adicionais. Assim, é interessante deixar claro no contrato entrelaçado as expectativas do jogador, para que o agente faça um serviço conforme seus desejos.
10. Assinando em seu nome. É essencial que o acordo de representação não permita com que a agência ou agente assine quaisquer contratos em nome do jogador ou sem seu consentimento. Garanta que sua assinatura própria e seu conhecimento sobre a situação sejam necessárias antes de qualquer tomada de decisão.
11. Agente deixa a agência. Muitas vezes, o que leva um atleta a aderir a um representante de seu nomes é a crença de que ele fará um bom trabalho, além de possuir um certo nível de confiança. Nesse caso, é necessário que o acordo seja firmado entre o jogador e o agente, e não a agência em específico, já que, caso o contrato seja firmado entre a agência, esta poderá trocar o profissional responsável por gerir a marca, ou até mesmo demitir seu agente da empresa. Logo, certifique-se de que tudo ande de acordo com suas vontades.
12. Seguro de responsabilidade civil. Antes de assinar o contrato, verifique se o agente tenha um seguro de responsabilidade civil. Assim, será possível recuperar qualquer perda se tal resultado for obtido de um mal conselho do agente.
13. Encerramento de laços. As divergências entre os jogadores e agências podem levar ao encerramento do acordo estabelecido. Portanto, é importante que os jogadores encontrem formas de finalizar a relação com o agente ou agência caso a união não corra conforme o esperado. Nesse sentido, a existência de termos de rescisão de contratos onde especifiquem as regras para o encerramento é essencial.
14. Resolução de disputa. Infelizmente, não existe resolução de disputa barata e rápida no mundo do Counter-Strike hoje em dia. O sistema judicial pode ser muito caro e demorado em muitas das situações. Assim, a depender do país em que o conflito aconteça, é recomendado que existam cláusulas para o processo de arbitragem. Não somente, é interessante que os termos no contrato sejam claros e fáceis de entender para que não haja falta de entendimento ou dupla interpretação.
15. Peça ajuda! Como jogador profissional de CS:GO, o sujeito é expert no que faz. No entanto, muitas vezes não existe o conhecimento necessário para compreender os potenciais problemas que podem vir a surgir. Nesse caso, peça ajuda profissional de um advogado especializado, ou entre em contato com a CSPPA. Certifique-se de ter todo o apoio necessário para assinar o contrato com a agência, que é um passo muito importante na carreira de um atleta.
Para mais detalhes referentes ao compilado fornecido pela associação sobre agência de jogadores profissionais, clique aqui (Arquivo em inglês).
Em março de 2020, o coronavírus causava cada vez mais preocupação para os brasileiros por conta de que, a cada dia que se passava, mais casos de Covid-19 eram contabilizados em território nacional. Assim, a fim de evitar com que a pandemia atingisse níveis irremediáveis, medidas governamentais foram adotadas para garantir a saúde pública, em destaque, o isolamento social.
O CS:GO, aliás, não ficaria para trás em tais restrições. No dia 24 de março de 2020, a CSPPA publicou uma nota em seu Twitter a respeito do coronavírus e da segurança dos jogadores. Veja:
Ao buscar justificar o porquê dos atletas de Counter-Strike estarem "correndo perigo" devido ao seu meio de trabalho, a associação disse: "jogadores profissionais de CS:GO operam em um ambiente de alto risco devido a situação do coronavírus. Isso porque a vida de um atleta profissional de CS:GO envolve participação em torneios, exposição a massivas audiências, interações com fãs e viagem ao redor do mundo."
Iniciou-se, assim, uma das mais polêmicas eras do Counter-Strike: a era online. Com muitos times sendo considerados pronet, uma diversa quantidade de equipes alcançaram o posto de melhor do mundo, tais como a alemã BIG, a dinamarquesa Heroic, àquela altura com Johannes "b0RUP" Borup, a sueca fnatic, a russa Gambit, entre outras.
É interessante notar que, a cada fim de mês no ano de 2020, uma nova equipe estava posicionada no topo do ranking, o que mostra a inexistência de uma potência dominante entre os demais times. Porém, a Astralis, mesmo com uma decaída, continuava com uma grande força, conforme o apresentado nas competições da mais alta prateleira do Counter-Strike.
Os campeonatos, aliás, aconteciam de forma totalmente online (por isso o nome da era), o que gerava certa incerteza ao público sobre o futuro do cenário competitivo, e levava muitos jogadores a terem problemas envolvendo saúde mental ou até mesmo Burnout.
No dia 9 de setembro de 2020, mesmo estando há 193 dias na escassez de embates em LAN, a ESL anunciou o primeiro torneio presencial desde o início da pandemia, que seria o IEM: Global Challenge. Agendado para ocorrer entre os dias 15 e 20 de dezembro, ele aconteceria em Cologne, a Catedral do Counter-Strike, na Alemanha.
Entretanto, por conta da piora da situação em todo o planeta, o evento foi readaptado para ser jogado de forma online, assim como todos os demais. Outros campeonatos, inclusive, chegaram a ser cancelados por conta da pandemia, por exemplo o ESL One Rio Major 2020, que havia sido planejado para ocorrer ao final do ano. Todavia, não chegou a acontecer devido ao agravamento do surto de Covid-19.
Mesmo assim, a exato um mês depois, a CSPPA publicou um novo documento acerca do retorno às LANs para a continuidade dos torneios da temporada. Confira:
Em síntese, o protocolo reafirma a posição da Counter-Strike Professional Players' Association sobre a segurança dos jogadores, relembrando de que eventos físicos expõem os atletas, o que pode levar a consideráveis riscos de saúde devido à presença de um grande número de pessoas e a uma grande quantidade de viagens.
Além disso, para o retorno a LAN ser seguro a todos, a CSPPA estaria negociando com as organizadoras de torneio para instituírem um claro protocolo com regulações protetivas sobre viagens, testes, interações com a estafe, mídia e fãs e também outras medidas de segurança. Contudo, nenhum torneio foi realizado nesse período.
Apesar disso, no dia 21 de janeiro de 2021, a associação divulgou novidades aos amantes e entusiastas da modalidade:
Conforme dito no ano anterior, a CSPPA chegou a um acordo com a ESL sobre um protocolo de seguridade sanitária saudável para o retorno às competições presenciais. Cabe destacar as medidas protetivas adotadas pelas organizadoras, que seriam:
Mesmo com todos os diálogos, acordos e protocolos, os eventos não retornaram tão logo. Depois de 491 dias sem embates realizados de forma física, os "dias de glória" voltaram. Iniciada no dia 6 de julho de 2021 com sua fase Play-In, a IEM Cologne 2021 marcou sua lacuna na história do cenário competitivo de CS:GO ao estabelecer um marco: o retorno oficial dos campeonatos em LAN.
A partir disso, e com o auxílio dos protocolos estabelecidos entre os jogadores membros da CSPPA, os torneios presenciais voltaram de vez, incluindo, até mesmo, um Major realizado em Estocolmo, na Suécia.
Por fim, a nível de curiosidade, a organização Ninjas in Pyjamas se envolveu em uma polêmica levantada ao público em meados de 2022, visto que os adesivos do cancelado ESL One Rio Major 2020 foram vendidos normalmente no mercado da comunidade da Steam durante a pandemia de Covid-19.
Nenhum jogador havia relatado quaisquer problemas envolvendo o pagamento do valor referente aos stickers; porém, este não fora o caso da NIP. Tim "nawwk" Jonasson, ex-atleta do clube, seria um dos que ficaram insatisfeitos com a decisão da estafe em não repassar os pagamentos aos jogadores sob a justificativa de manter as operações da organização, uma vez que houve queda no faturamento.
Tudo isso porque, conforme a própria Valve havia pontuado, as vendas dos adesivos referentes a um Major que nem ao menos iria ocorrer se tratava de uma situação à parte criada para dar um suporte às equipes que vivenciavam um período pandêmico.
"Eram cápsulas criadas pela equipe e que receberam o 'ok' da Valve para sobreviver à pandemia e continuar pagando os salários sem cortes, apesar da completa falta de patrocínio e exposição. Portanto, não são adesivos como seriam normalmente. Esta foi uma jogada de desespero para muitas equipes, que de outra forma metade teria saído do Counter-Strike", esclarece Jonas "calc" Gundersen, COO da Ninjas in Pyjamas.
Ademais, o contrato dos jogadores da organização diz:
"O clube deve receber 16.67% do valor de stickers da equipe. O Jogador deve receber os 83.33% restante do dinheiro de stickers dividido com os seus companheiros.
O Jogador deve realocar 2% do dinheiro de Jogador dos stickers para um fundo de marketing dedicado ao time de CS:GO. O time, quando receber o dinheiro de stickers, irá deduzir e transferir para uma conta de banco dedicada. Os fundos serão gastos com iniciativas aprovadas pelo time de CS:GO. Mínimo de quatro (4) membros do time de CS:GO devem aprovar como este dinheiro é gasto.
O Jogador deve receber 100% do dinheiro de stickers individuais, que é alocado para os jogadores."
A CSPPA, em meio a isso, buscou se antenar da situação e lutar pelos direitos dos jogadores em obterem seus pagamentos, que giravam em torno de $300 mil; todavia, a NIP recusou a intervenção.
A Counter-Strike Professional Players' Association, como associação representativa dos jogadores profissionais atuantes ou não no cenário competitivo de CS:GO, desde o início de 2020 realizou uma grande quantidade de acordos com organizadoras de torneios, tais como ESL, Dreamhack, BLAST e Flashpoint.
Essa cultura é padrão de toda associação de atletas, como por exemplo a NFLPA, no futebol americano; a NBPA, no basquete; NHLPA, no hóquei; a MLB, no basebol; a PFA, no futebol; ou até mesmo no esporte eletrônico, como é o caso da FNPPA, por exemplo, envolvida no Fortnite.
Para entendermos mais sobre as negociações realizadas com as organizadoras de torneios, usaremos como base os seguintes documentos:
A licença da CSPPA, aliás, é exigida quando algum grupo pretender fazer uso da imagem ou voz de seis ou mais membros da associação. A permissão será concedida apenas com a aprovação da mesa representativa, que busca promover os interesses e direitos dos jogadores profissionais.
Fundada em 2020, a Flashpoint foi uma liga organizada pela B Site em parceria com a FACEIT para competir com o novo modelo da ESL Pro League, oferecendo $2 milhões por ano. Dando fim a série de torneios conhecida por ECS, a liga contava com oito times membros da organização, patrocinando o campeonato, sendo eles: MIBR, MAD Lions, Gen.G, FunPlus Phoenix, Envy, Dignitas, Cloud9 e c0ntact.
Desde seu surgimento, a CSPPA buscou alinhar os direitos e interesses dos jogadores para com os das organizadoras. Assim, manteve constantes diálogos com a Immortals Gaming Club, Cloud9 - ambas organizações também idealizadoras do campeonato - e FACEIT a fim de que estes sejam mantidos e garantidos.
Para tanto, firmou um "Framework Agreement" com a Flashpoint, que foi publicado no dia 18 de junho de 2020, podendo ser acessado ao clicar aqui. Segundo a associação, tal acordo e suas condições foram evidenciadas por um conjunto de termos da legislação dinamarquesa.
O torneio possuiu três edições. Já em sua primeira, uma das mais marcantes e trágicas viradas para o cenário brasileiro ocorreu: durante o terceiro mapa da grande final, Train, o MIBR sofre um comeback para a MAD Lions, quando estava vencendo por 13 a 2, amargando com o vice-campeonato.
Entretanto, em julho de 2020, o jornalista DeKay publicou através do portal DBLTAP um conflito entre a Flashpoint e a CSPPA, visto que a organizadora deveria realizar um pagamento de $165 mil dólares para a associação.
Ambas as partes haviam realizado um acordo, onde o conjunto de jogadores alegava que seus atletas participariam da liga, além de dar os direitos de IP dos players; em troca, a B Site, empresa organizadora dos torneios, pagaria o valor supracitado.
Porém, a liga enviou uma carta à CSPPA citando que existiam conflitos de interesses e faltas de iniciativas como motivos principais para reter o pagamento, dividindo-os em 5 motivos. De início, a Counter-Strike Professional Players' Association parou de responder seus requerimentos, o que fez com que a liga perdesse algumas receitas de patrocínios.
Segundamente, se recusou a discutir sobre as regras e procedimentos de multa. Visto que as normas não foram implementadas, não haviam mecanismos para motivar os jogadores a cumprirem-nas; assim, muitos começaram a se atrasar, o que prejudicava a produção e as transmissões.
O terceiro ponto criticado é o seu ranking mundial, já que, na visão da liga, seu tabelamento não é eficaz e não depende tanto da frequência de jogatina. Nas negociações, a FACEIT buscou conectar a CSPPA e a HLTV, porém tal diálogo não teve progresso.
A quarta justificativa é a de que os jogadores da mesa representativa atuaram como agências dos atletas, não tratando todos os profissionais igualmente, gerando um conflito de interesses. Prova cabal disso seria a transferência dos jogadores da Heroic para a FunPlus Phoenix, que estava certa para acontecer há tempos.
Contudo, após os membros do comitê aconselharem-nos a pedir um salário maior, a transferência foi cancelada, fazendo com que a FPX precisasse buscar por uma line-up de última hora. Assim, foi-se usado uma informação confidencial que resultou num prejuízo grande para a liga, que exigiu uma maior transparência da situação, mas não recebeu retorno.
Por fim, o quinto motivo é que, devido a dificuldade existente em discutir as políticas a serem adotadas, a os representantes da FACEIT afirmam que a CSPPA não está realizando um trabalho ético e transparente, como deveria ser de um órgão representante de todos os demais jogadores.
Ao final da carta, exige-se uma resolução de tais brechas e demais problemas para que as partes envolvidas continuem trabalhando em conjunto. Todavia, caso estes sejam resolvidos, a associação deverá ser autofinanciada a partir disso.
Com base nas explanações, a associação se pronunciou no seu Twitter oficial negando as afirmações.
Na nota, reitera-se que a Flashpoint falhou em pagar o que devia para a CSPPA, algo datado em março de 2020. O grupo de jogadores, aliás, pontua que como a licença para o uso dos direitos de propriedade intelectual (IP) foram vendidos para a liga, o pagamento deve ser cumprido. Além disso, relembram que "qualquer pagamento proveniente da licença da CSPPA deverá ser usado para proteger os interesses dos jogadores profissionais de CS:GO e em concordância com o Estatuto da CSPPA".
Na sequência da thread do tweet, eles alegam que não atuam como agência dos atletas da Heroic, e apenas aconselharam-nos quando requerido, já que é de sua obrigação defender e aconselhar jogadores profissionais, inclusive no assinamento de contratos.
No dia seguinte, em meio à polêmica envolvendo a união de jogadores, a Counter-Strike Professional Players' Association publicou fatos gerais sobre seu acordo com a Flashpoint:
Ademais, no mesmo dia, publicou os seguintes documentos para concluírem que as alegações realizadas contra a associação eram falsas:
O desfecho de toda essa história foi uma informação obtida pelo portal HLTV.org que confirmava que, de fato, a CSPPA, por meio da Danish Elite Athletes Association (DEF) - que recebia uma porcentagem dos salários e dos patrocínios individuais -, atuava como uma agência de jogadores. Todavia, a associação nega a interferência da DEF em negociações, a não ser no caso da Astralis e seu coach Danny "zonic" Sørensen.
É importante rememorar que Mads Øland, então CEO, e Michael Døi, COO, faziam parte da Danish Elite Athletes Association, que inclusive teve grande importância na origem e criação da Counter-Strike Professional Players' Association.
Mesmo assim, associações de jogadores em esporte tradicionais costumam realizar serviços de agências para atletas comumente, o que é próprio de sua função. Contudo, um conflito de interesses surgiu na cena do esporte eletrônico.
Nota-se, nesse sentido, a fala de Nicolas Maurer, CEO da Vitality, que diz "se alguém se apresenta como uma união de atletas, mas também atua como uma agência, urge um conflito de interesses, o que é prejudicial para todos, da mesma maneira que as equipes não podem ter equidade com as organizações com quem competem."
Assim, a CSPPA, no dia 17 de julho de 2020, encerrou seus serviços de agência, publicando a seguinte nota:
Com a polêmica em questão, Mads Øland deixou seu cargo não remunerado na DEF. Assim, a CSPPA não possuiria mais funcionários envolvidos nas atividades agenciais da Danish Elite Athletes' Association que, conforme dito anteriormente, era a agência da própria Astralis desde 2017, um ano antes da fundação da Counter-Strike Professional Players' Association, dando, dessa forma, um fim ao "conflito de interesses" afirmado por muitos do cenário.
Agora, já segunda edição da Flashpoint, ocorrida no fim de 2020, a Virtus.pro se saiu como campeã, vencendo a OG; todavia, nada há para se destacar, a não ser a própria falência da liga, que logo em seu primeiro ano de existência, já via seu fim.
Apenas em maio de 2021 que a terceira versão aconteceu, porém de forma um tanto quanto diferente. Não oferecendo mais um prize pool tão cabuloso, somente $50 mil dólares estavam sendo disputados. Entretanto, desta vez o evento possuía um status um tanto quanto inusitado: ele era considerado um RMR, ou seja, somava pontos para a classificação ao PGL Major Stockholm 2021.
Apesar da mousesports se sobressair frente aos demais times e obter o título de campeã, o que vale pontuar é aonde a CSPPA influencia em tal edição. A resposta de tal dúvida é obtida durante uma partida da primeira etapa do campeonato, durante embate realizado entre Ninjas in Pyjamas e Anonymo no dia 14 de maio de 2021.
O confronto, que marcaria a estreia de Nicolai "device" Reedtz sob o manto da NIP, ficou marcado na história por uma grande polêmica. Os jogadores da organização sueca afirmaram, antes de começar o enfrentamento, que estavam sofrendo por perca de loss e oscilação de ping, o que poderia prejudica-los na partida; logo, pediram para que os servidores fossem mudados.
Nada foi feito pela Flashpoint e FACEIT, com a partida sendo finalizada normalmente com vitória para a Anonymo por 2 mapas a 1. No entanto, após alguns experimentos serem realizados, a FACEIT concluiu que os problemas envolviam seus próprios servidores, e não entraves dos atletas da Ninjas in Pyjamas. Assim, resolveu refazer a melhor de três, o que enfureceu as tropas de Janusz "Snax" Pogorzelski.
Os poloneses foram em suas contas pessoais no Twitter e acusaram os jogadores da NIP de terem recorrido para que a partida fosse jogada novamente. Apesar das acusações, as decisões foram tomadas pela própria organizadora do torneio, e não pelos suecos, agendando uma nova partida para dia 18 de maio, quatro dias depois.
Urgiu-se, dessa forma, um debate na comunidade de Counter-Strike sobre o combate entre os dois times. Muitos comentários foram feitos, criticando o suposto "choro" da NIP, o que foi desmentido depois, e principalmente, a decisão da FACEIT de refazer o confronto, visto que tal problema com os servidores deveriam ter sido resolvidos antecipadamente.
A CSPPA, nesse caso, viu-se na necessidade de se pronunciar, afirmando:
A associação disse que nos últimos dias coletou informações sobre o caso Anonymo vs NIP e discutiu com os representantes da Counter-Strike Professional Player's Association sobre possíveis soluções. Na discussão, com participantes de ambas as equipes envolvidas, aceitou-se que a partida não deveria ser refeita, porém a NIP deveria ser compensada com pontos referentes ao RMR.
Com a resolução feita, apresentou-se tal proposta à Flashpoint e à FACEIT. Mesmo assim, a nova partida aconteceu horas depois com a justificativa de que "devia ser seguido o apresentado pelo livro de regras" e, dessa vez, com vitória para a Ninjas in Pyjamas.
A ESL possui uma longa história dentro do cenário do esporte eletrônico, em especial, o Counter-Strike. O mesmo serve para a DreamHack, que organizou um grande número de campeonatos em todos seus anos de existência. Contudo, vale notar que, no dia 30 de setembro de 2020, ambas as empresas se fundiram, resultando no que se vê nos dias atuais: cada vez mais campeonatos com o nome de Intel Extreme Masters ou ESL, e nenhum sob o nome da DreamHack.
Para comentar sobre as parcerias realizadas entre a CSPPA e a ESL/DreamHack, vale ressaltar alguns documentos. O primeiro, publicado no dia 16 de janeiro de 2020, diz sobre um "Framework agreement" realizado entre as partes envolvidas, isto é, um acordo que, durante sua vigência, ainda serão realizadas novas iniciativas para que o objetivo em comum seja atingido. Ele pode ser visto clicando aqui.
Dentre todas as decisões já tomadas, cabe destacar as seguintes: remuneração dos atletas e suas influências, regulamentos, viagem e alojamento para os times nos campeonatos, criação de um conselho de jogadores para a ESL Pro League e, principalmente, a realização de um cronograma para o ESL Pro Tour, ou seja, que todo o calendário anual da ESL seja revisado pelos atletas.
Enquanto o conselho de jogadores e seu presidente não foram oficializados até os dias atuais pela CSPPA, o calendário da ESL Pro Tour seguiu outro caminho. No dia 8 de outubro de 2020, foi publicado no Twitter oficial da associação a seguinte nota:
Dentre as conclusões obtidas durante esses meses de planejamento, foi-se possível chegar a um acordo acerca dos formatos da fase de grupos, o horário de início das partidas, possíveis medidas para evitarem atrasos em começos de campeonatos e assuntos sobre finais e semifinais.
No comentado, cabe destacar a hora de início dos confrontos, que diz "foi concordado em alterar os horários de começo de partidas para que nenhuma termine depois da meia-noite". Além disso, "jogadores participantes de semifinais e finais receberão, no mínimo, 3 dias de descanso antes de iniciarem a jogatina durante o próximo torneio".
Ademais, a CSPPA chegou a um acordo com as empresas sobre os padrões mínimos da realização de um evento em meio a pandemia de Covid-19, que pode ser acessado clicando aqui. No documento, não há nenhuma novidade que já não fora citada anteriormente.
A título de curiosidade, em 2022, a ESL e a FACEIT foram vendidas por $1.5 bilhão para empresa Savvy Games Group (SGG), companhia do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita. Apesar disso, nada se altera nos acordos realizados com a associação de atletas profissionais.
Nenhum acordo foi traçado com a BLAST sobre os direitos dos jogadores para a realização de futuros eventos. Contudo, os jogadores profissionais se recusaram a oferecer acesso às gravações das comunicações durante as partidas e vídeos das telas de cada participante. Assim, a CSPPA postou a seguinte nota em suas redes sociais:
Segundo a associação, ultimamente os jogadores experienciaram que a comunicação de voz durante as partidas válidas pelos campeonatos da BLAST estavam sendo expostas para analistas e outros indivíduos, o que resulta no compartilhamento de táticas dos times e informações pessoais dos integrantes para toda a comunidade.
No mesmo documento, a CSPPA agradece as medidas adotadas pela organizadora para garantir a integridade do cenário profissional; entretanto, estas opções de controle de segurança "prejudicam a performance dos computadores, enquanto existem outras que não".
Ainda assim, a Counter-Strike Professional Players' Association tentou conversar com a BLAST sobre tal tópico, mas a empresa declinou a tentativa de conciliação de conflito. Com isso, os atletas decidiram não oferecer seus direitos durante a BLAST Premier Fall 2020, dizendo que, enquanto não houver um claro acordo em como a BLAST processaria tais informações e com quem compartilharia, a organizadora não possuiria a permissão de gravar as partidas.
É interessante pontuar que tal nota foi publicada em meio a polêmica do "bug do coach", próximo tópico a ser abordado na Coluna "As Leis do Counter-Strike", mesmo que tal assunto não seja citado em nenhum momento da mensagem.
Atualmente, acredita-se que tudo já se fora resolvido, apesar de não existir nenhum pronunciamento oficial por parte de nenhum dos membros da mesa representativa.
Popularmente conhecido como "bug do coach", uma polêmica surgiu em meados de 2020 quando a Esport Integrity Commission (ESIC) e Michal "michau" Slowinski, experiente juiz de partidas, divulgaram em suas redes sociais centenas de vídeos de treinadores de grandes times do cenário competitivo de CS:GO utilizando de uma artimanha, que é uma falha do próprio CS:GO que permite com que os coaches acompanhem a movimentação dos inimigos e, com isso, possa executar táticas bom base nesses dados.
O "bug do coach", aliás, possui variações, ou seja, diferentes formas de aparecer dentro dos embates. A mais comum era uma onde a câmera do treinador travava em um lugar do mapa, permitindo com que ele visualizasse e ouvisse os adversários. Há também outra manifestação similar, porém esta permite com que o envolvido ande livremente pelo mapa e deslumbre das informações obtidas.
No dia 7 de setembro de 2020, muitos dos maiores treinadores sofreram punições devido ao exploit, como por exemplo os brasileiros Alessandro "Apoka" Marcucci, Nicholas "guerri" Nogueira, Bruno "ellllll" Ono, Ricardo "dead" Sinigaglia e o dinamarquês Nicolai "HUNDEN" Petersen, cujo caso fora o mais polêmico até então.
Entretanto, houve uma repercussão por parte da comunidade acerca da legitimidade de certos profissionais, porque muitos, na visão dos amantes de Counter-Strike, não usufruíram do bug para benefício próprio, sendo apenas vítimas de um descaso da Valve, já que este é um problema que existe há anos.
Apesar disso, no dia 27 de janeiro de 2021, a Valve impôs uma penalidade aos envolvidos, variando de acordo com o nível de gravidade de cada um dos casos em particular. A sanção, aliás, envolvia um banimento somente em eventos oficias da organizadora, isto é, Majors; logo, quanto mais séria fosse a situação de um treinador, maior seria o número de Majors que ele estaria banido, podendo até possuir um banimento permanente.
Novos casos foram divulgados até o fim de 2021, com novas penas sendo ponderadas e mais coaches sendo proibidos de participar de campeonatos. Alguns, aliás, recorreram a advogados para que suas suspensões fossem removidas ou reduzidas, visto que seus casos eram supostamente "injustos" em suas visões.
Depois de meses sem sequer divulgar um pronunciamento, a ESIC, dias antes do início do PGL Major Antwerp 2022, divulga uma nova lista de treinadores envolvidos em casos de bugs. A nota estremeceu a comunidade, já que promovia punições para Luis "peacemaker" Tadeu, Rafael "zakk" Fernandes e Sergey "hally" Shavaev, profissionais da Imperial, 9z Team e Team Spirit, respectivamente.
Os casos envolvendo peacemaker, zakk e hally, inclusive, enfureceram ainda mais os fãs por terem sido finalizados há mais de um ano, sendo eles postados apenas frente ao início de uma das mais esperadas competições do ano. O treinador da Imperial, por exemplo, havia se envolvido na situação há mais de três anos, em 2018, quanto ainda atuava pela Heroic.
O fato curioso é que estes times haviam se classificado para o torneio e, devido ao atraso da comissão de integridade para publicar as notas, todos foram pegos de surpresa com o anúncio, até mesmo as equipes, que já estavam preparadas e planejadas para o início do Major.
Em meio a isso, no dia 13 de maio de 2022, um dia antes do início do PGL Major Antwerp 2022, a CSPPA se pronunciou acerca das penalidades:
Segundo o comunicado, a mesa da CSPPA, especialmente Martin "STYKO" Styk, diante dos boatos sobre uma nova onda de banimentos surgir, trabalhou para descobrir quem eram os envolvidos e o porquê de não terem sofrido as punições anteriormente. Afirmam, ainda, que pressionaram a ESIC para que as suspenções fossem aplicadas.
Mesmo assim, pontuam que agradecem o trabalho realizado pela comissão de integridade, embora criticam a falta de detalhes por parte da primeira investigação, realizada em 2021, e a demora para realização da segunda leva, concluída dias antes do início do Major da Antuérpia.
Reiteram a importância de um órgão fiscalizador para a seguridade e integridade do cenário esportivo como um tudo, porém exigem uma maior transparência e efetividade nas investigações futuras, garantindo que a Counter-Strike Professional Players' Association assistirá os futuros casos com proximidade e promoverá auxílio quando necessário.
No fim das contas, muitos treinadores conseguiram a revogação de suas penalidades. Porém, além da nota postada nas redes sociais, nada mais foi feito pela CSPPA frente a polêmica do "bug do coach" e o trabalho realizado pela ESIC.
Em fevereiro de 2021, a Counter-Strike Professional Players' Association firmou uma parceria com a EPIC Risk Management, uma consultoria de minimização de danos de jogos de azar. Os laços estabelecidos entre a associação e a empresa possuem foco principal em educar e conscientizar os membros da CSPPA sobre os jogos de azar, além de realizar pesquisas focadas em conectar este fato ao esporte eletrônico.
Consoante dito nas mensagens, a CSPPA e a EPIC Risk Management trabalhariam para proporcionar estes programas da melhor forma possível para os membros. Como disse Mads Øland, CEO da associação, "os problemas com vícios em apostas não apenas ferem o indivíduo financeiramente e no que diz respeito a sua saúde mental, mas também expõem e fazem os atletas mais vulneráveis a mais abusos relacionados à integridade de apostas e manipulação de resultados."
Os sites de apostas, muito conhecidos no meio do esporte eletrônico, inclusive no mundo do Counter-Strike, não sofreram interferências com a união, visto que não são considerados jogos de azar. Conforme explica Ricardo Siqueira, advogado especialista em direito esportivo, a diferença consiste no fato dos jogos de azar dependerem exclusivamente da sorte e da aleatoriedade, enquanto as apostas realizadas em sites esportivos lidam com outras especificidades.
Ricardo Siqueira, advogado
- "A loteria esportiva conta com dados e estatísticas que te permitem entendimento teórico e técnico para que essa aposta não seja feita baseada exclusivamente na aleatoriedade”Essa parceria acontece devido ao fato de em muitos países as casas de aposta ainda serem permitidas, o que pode levar muitos indivíduos ao vício e, muitas vezes, até à falência. Apenas a título de curiosidade, no Brasil, elas são proibidas há mais de 75 anos, quando no governo Dutra uma lei entrou em vigor e fez com que todas as existentes fossem fechadas.
Entretanto, nos dias atuais, há um projeto de lei que ganha força para que as casas de apostas, jogo do bicho e mais alguns jogos de azar sejam liberados em território nacional. A proposta em questão é o PL 442/1991, de autoria do Deputado Federal Renato Vianna, que vem ganhando destaque com as novas emendas e alterações realizadas principalmente no início de 2022.
Toda associação deve possuir um Estatuto. De acordo com o Código Civil brasileiro de 2002, ele deve conter:
Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá:
I - a denominação, os fins e a sede da associação;
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados;
III - os direitos e deveres dos associados;
IV - as fontes de recursos para sua manutenção;
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; (Alterado pela Lei nº 11.127, de 28 de junho de 2005)
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. (Incluído pela Lei nº 11.127, de 28 de junho de 2005)
Contudo, como será analisado a seguir, a CSPPA não atua de acordo com o ordenamento jurídico do Brasil, e sim, com o da Dinamarca; porém, pouco se alterará do conteúdo presente. Além disso, o documento utilizado na Coluna será o Estatuto da Counter-Strike Professional Players' Association, que apresenta muito dos itens fundamentais de uma associação.
O Estatuto, aliás, foi aprovado pelo comitê da CSPPA durante assembleia geral realizada entre os dias 26 e 29 de abril de 2021. Ele, ademais, também será denominado de Regimento Interno e Artigos de Associação nesta notícia.
Sinteticamente, ele trata dos seguintes assuntos:
Nome, sede registrada e lei aplicável - Artigo 1º: Neste artigo, é oficializado o nome e a sigla da associação, Counter-Strike Professsional Players' Association e CSPPA, respectivamente. Além disso, sua sede está localizada na Svend Aukens Plads 11, DK-2300 København S, em Copenhagen, Dinamarca, sendo sujeita ao Direito e às normas dinamarquesas.
Propósito da associação - Artigo 2º: Com o propósito de representar mundialmente todos os jogadores profissionais de CS:GO, a CSPPA busca salvaguardar, proteger e promover os interesses dos atletas. Para isso, pode ser representada por organizações internacionais para atletas, e buscar representação em todos os órgãos relevantes que englobam o Counter-Strike. Ademais, deve ser participativa nos debates que envolvem as condições dos jogadores, a fim de desenvolver o cenário de esportes eletrônicos e obter um status que seja reconhecido por todos. Não almejando nenhum lucro, ela deve ser efetiva em concluir acordos para o benefício de seus membros.
Administração da associação - Artigo 3º: A associação é controlada por profissionais assalariados que possam oferecer assistência.
Membros e adesão - Artigo 4º: Neste tópico, afirma-se que a CSPPA aceita qualquer jogador que jogue profissionalmente - isto é, atletas que estejam empregados ou atuando sob algum clube, ou que estejam ativamente na busca por um - e até mesmo ex-jogadores, aceitando-se membros honorários. Além disso, a adesão de novos membros será oficialmente concluída quando este possuir seu registro escrito e pagar a taxa de filiação, sendo ela aprovada e decidida pela mesa representativa da associação. O período de filiação vai do dia 1º de janeiro até 31 dezembro, isso porque após esse turno, o valor da taxa pode ser alterado pelo Conselho. O comitê, aliás, está autorizado a demandar "tributos" extras ao membros em disputas trabalhistas ou situações específicas. Outrossim, um membro obtém seus direitos de associação apenas 2 meses depois de sua adesão, perdendo tais direitos caso não realize os pagamentos por 2 ou mais meses; todavia, recupera-os caso pague posteriormente. Em situações específicas, alguns membros também podem possuir isenções de taxas. Por fim, a filiação termina quando o atleta notificar por escrito com 3 meses de antecedência sua saída, ou quando se aposentar de forma definitiva do cenário competitivo, não podendo acontecer durante disputas trabalhistas.
Mesa representativa - Artigo 5º: A associação é gerida por uma mesa representativa de 7 membros, devendo estes serem atletas profissionais ativos no momento da eleição. Eles são eleitos durante Assembleia Geral, sendo que 4 deles são escolhidos em anos pares, e 3 em anos ímpares. O Conselho fundador atuará até o momento em que a primeira Assembleia for realizada. A Assembleia Geral, além disso, elege um Chairman, um Vice-Chairman e outros dois membros suplentes. As reuniões da mesa representativa devem acontecer com notificação de 7 dias de antecedência, quando o Chairman ou um de seus membros requerer, sendo ela oficializada quando o quórum de 4 membros for atingido. Suas decisões, aliás, são concluídas com o voto da maioria; no entanto, quando houver empate, o voto do Chairman decidirá a decisão final. Caso um membro do Conselho falte, este poderá, por escrito, pedir para que outro membro o represente, sendo que este não poderá representar dois ou mais integrantes. As reuniões deverão possuir um protocolo de assuntos, escrito por um secretário indicado pelo comitê e assinado por todos os presentes, além de poderem ser realizadas por videoconferência ou chamadas telefônicas. Um resumo do encontro estará escrito abaixo dos protocolos, este também assinado pelos presentes na reunião seguinte. A mesa representativa, inclusive, deve contratar assistência remunerada para o devido auxílio, buscando cada vez mais acordos, podendo ser divulgado com os demais integrantes da CSPPA.
Poderes da mesa representativa - Artigo 6º: A associação é representada por todos os membros da mesa representativa, ou então apenas pelo Chairman e Vice-Chairman, conjuntamente. Além disso, o comitê pode dar ao CEO o poder de responder em nome da associação em assuntos específicos e nas operações diárias.
Assembleia Geral - Artigo 7º: A Assembleia Geral é a autoridade máxima dos assuntos a serem tratados pela CSPPA. Ocorrida uma vez por ano, pode ser realizada presencialmente, de forma virtual (videoconferência ou chamada telefônica), por escrito (por e-mail ou outros meios eletrônicos), ou uma combinação dos três, devendo ser notificada com, no mínimo, 14 dias de antecedência. Para ser adicionada à agenda a tempo, propostas de conteúdo a serem tratados por jogadores devem ser notificados com 7 dias de antecedência. Reuniões extraordinárias podem ocorrer quando requerida pela mesa representativa ou requerida por pelo menos um terço dos membros. Aliado a Assembleia, deve-se sempre existir uma agenda que servirá como cronograma para enumerar os assuntos a serem tratados, sendo somente os inseridos em tal documento abordados na reunião. Propostas atrasadas somente poderão ser inclusas no debate dentro do tópico "diversos", não podendo existir uma conclusão final.
Agenda da Assembleia Geral - Artigo 8º: A agenda da Assembleia Geral deve conter pelo menos os seguintes itens: eleição do condutor; relatório anual do Chairman; apresentação das contas anuais auditadas para aprovação; aprovação do orçamento do próximo ano; eleição da mesa representativa; eleição de dois suplentes; escolha da auditoria; determinação das taxas de filiação para o próximo período; e diversos.
Elegibilidade - Artigo 9º: Os membros da associação que pretenderem atuar na mesa representativa devem anunciar tal interesse ao Conselho atual 8 dias antes da assembleia geral seguinte. Mesmo que o interessado falte na reunião, ele poderá ser eleito caso for apto ao cargo na visão dos participantes. Além disso, os votos não podem ser exercidos por carta ou transferidos por outro membro por preocupação.
Competência - Artigo 10º: A Assembleia Geral é competente em tratar de assuntos que envolvem pelo menos metade de seus membros, com suas decisões sendo tomadas pelo voto da maioria. Se o número necessário de votantes não estiver presente, mas a proposta for aceita por três quartos dos votos e apoiada pelo Conselho, a decisão será firmada. Além disso, na Assembleia Geral, um condutor é eleito para liderar as negociações, sendo que ele é quem decide sobre as questões e o procedimento da assembleia. Um protocolo, aliás, assinado pelo condutor, deverá ser realizado durante a Assembleia Geral.
Alteração do estatuto, dissolução - Artigo 11º: Alterações nos artigos do Estatuto só podem ser realizadas durante Assembleia Geral. Para a aprovação, dois terços dos membros deverão estar presentes e três quartos dos votantes concordarem com a mudança. Entretanto, caso esta atinja a última adequação, porém não possua a quantidade mínima de membros presentes, o comitê representativo pode convocar uma reunião extraordinária onde independe o número de jogadores presentes para, assim, aprovas a alteração. A respeito da dissolução, a associação só poderá ser dissolvida caso pelo menos três quartos dos membros estejam presentes e cinco sextos dos votos sejam a favor de sua dissolução. Caso esta seja aprovada, seus fundos restantes deverão ser divididos entre os membros. Para a mudança dos artigos 1º e 3º, referentes a sua sede e administração, também serão necessário três quartos dos membros presentes; porém, dessa vez, que todos concordem na mudança.
Contas e auditoria - Artigo 12º: O exercício social da associação se inicia no dia 1º de janeiro e se finaliza no dia 31 de dezembro. A cada Assembleia Geral, um quadro financeiro assinado pela mesa e pela auditoria e é apresentado durante a reunião, que elege dois auditores. A auditoria terá as contas apresentadas ao Conselho até quatro semanas antes da Assembleia Geral para a revisão, onde serão apresentadas. Além disso, durante o encontro (presencial ou virtual), os participantes poderão escolher se contratam um auditor remunerado ao invés de um grupo de auditores eleitos.
Cláusula de poupança - Artigo 13º: Se qualquer disposição presente no Estatuto for considerada inválida ou inoperante na visão de alguma autoridade do Poder Executivo, Judiciário ou Administrativo do governo federal, a mesa representativa deverá suspender a vigência de tal disposição enquanto não encontrarem uma alteração ou substituição que torne-a válida e operante de acordo com os propósitos da associação. Ademais, se algum artigo ou sessão for considerada inválido por força da lei ou por qualquer tribunal de competência jurisdicional, o restante do Regimento Interno não será afetado.
Disposições gerais - Artigo 14º: Todos os problemas não abordados pelo Estatuto da CSPPA serão tratados pelo comitê representativo, ou por meio de uma reunião extraordinária, ou sendo estes inseridos na agenda da próxima Assembleia Geral. Conflitos de interpretação sobre disposições presentes nos Artigos de Associação também deverão ser tratados pelo Conselho, visto que todos os membros são obrigados a cumprir o conteúdo nele positivado. Além disso, os membros devem cumprir todos os acordos realizados coletivamente pela associação, já que, caso não os cumpram ou não paguem as taxas requisitadas, poderão ser imediatamente excluídos da CSPPA pelo comitê. Entretanto, qualquer jogador que seja excluído tem o direito de recorrer sobre a validade de sua exclusão durante a próxima Assembleia Geral.
Aliado ao fatos supracitados, o inciso 3º do Art. 1º do Regimento Interno da Counter-Strike Professional Players' Association afirma que "a associação está sujeita ao Direito dinamarquês". Logo, todos itens e artigos da CSPPA deverão respeitar a legislação da Dinamarca, atuando não só em sinergia com suas instituições e institutos, mas também sob os usos e costumes nacionais.
Promulgada em 1953, possui 11 artigos e 89 parágrafos, além de expressar a lei de sucessão ao trono, visto que o país nórdico é uma monarquia constitucional, conforme diz o item 2º de sua Constituição. É interessante notar que a quantidade de normas é muito inferior ao pautado pelo ordenamento jurídico brasileiro, pois, na Constituição da República Federativa do Brasil (Constituição de 1988), há a presença de 250 artigos.
Apesar de seu regime político ser uma monarquia, o que difere do Brasil, uma república, muitas das normas jurídicas presentes na Magna Carta brasileira também aparecem na dinamarquesa, como é o caso da manutenção e garantia da liberdade. Contudo, os itens 79 e 80 da Constituição dinamarquesa expressam explicitamente a sustentação da liberdade de reunião, algo que é subentendido nos códigos brasileiros, porém dado com maior ênfase na realidade nórdica.
79. Os cidadãos têm o direito, sem autorização prévia, de reunirem-se sem armas. A polícia tem o direito de participar de reuniões públicas. As reuniões ao ar livre podem ser proibidas quando colocam em perigo a ordem pública.
80. Em caso de agitação, as forças armadas não podem intervir, ao menos que sejam atacadas ou depois de exortar (avisar) três vezes a multidão, em nome do Rei e da lei.
Mesmo com tais realces no Danish law, não há nada que possa interferir negativamente nas reuniões da CSPPA e no conteúdo abordado nos encontros.
Além disso, a CSPPA é, acima de tudo, uma associação, isto é, um agrupamento de duas ou mais pessoas com um objetivo em comum, cuja finalidade possa envolver a promoção de assistência social, cultural, representação política, filantropia, ou outros. No Código Civil brasileiro de 2002, do artigo 53 até o 61, fala-se sobre as associações como Pessoas Jurídicas, enquanto a Constituição Federal do Brasil cita, em seu artigo 8º, a liberdade de associação profissional ou sindical.
Porém, como o "objeto de estudo" do texto é de origem dinamarquesa, o que vale é o inserido na Constituição da Dinamarca, que pontua a liberdade de associação:
78.
1. Os cidadãos têm o direito a constituir associações, sem autorização prévia, com fins legítimos.
2. As associações que utilizam, na sua ação ou prosseguimento do objetivo, violência, incitação à violência ou outros meios para punir indivíduos com distintas opiniões, deverão ser dissolvidas por resolução judicial.
3. Nenhuma associação pode ser dissolvida por via de medidas governamentais. No entanto, uma associação pode ser provisoriamente proibida, mas neste caso, sua dissolução deve ser incitada imediatamente perante os tribunais.
4. A Suprema Corte do Reino ouvirá os assuntos relativos à dissolução de associações políticas, sem que o demandante necessite de uma autorização especial.
5. Os efeitos jurídicos da dissolução serão fixados por lei.
Nesse caso, a Counter-Strike Professional Players' Association, por ser considerada uma associação, deverá seguir o pautado pelo item 78 da Constituição de 1953, sendo que o Direito Civil dinamarquês detalha mais as informações necessárias sobre uma associação, sua sede, endereço, obrigações de seus membros, etc.
Por fim, também é citado os requisitos para nacionalização, algo que não aparenta ser nem urgente, nem necessário para as obrigações da CSPPA. Entretanto, caso seja fundamental, o item 44 da Magna Carta diz:
44.
1. Nenhum estrangeiro pode adquirir a nacionalidade dinamarquesa, exceto em virtude da lei
2. O acesso dos estrangeiros ao direito de possuir bens imóveis será sujeito às regras estabelecidas por lei.
Aliado a isso, nota-se que existem leis para regrarem a naturalização e obtenção de cidadania, variando conforme a realidade de cada país. No caso do Brasil, por exemplo, as condições para naturalização são apresentadas pelos artigos 64 até 72 da Lei n. 13.445, de 24 de maio de 2017.
A Counter-Strike Professional Players' Association, no início de sua fundação, inovou ao formar uma associação de atletas que almejasse o benefício dos próprios jogadores. Porém, com o passar dos anos, a monotonia e ineficácia foram as características que mais se destacaram em suas iniciativas.
Não nego: a CSPPA ajudou e muito no cenário. Tratando de assuntos preocupantes, como atrasos em campeonatos, segurança sanitária em meio ao surto de Covid-19, datas de torneios e recessos, até outros pouco debatidos, como é o caso dos jogos de azar no esporte eletrônico, a associação foi a principal responsável por oferecer um suporte de fato aos profissionais.
Um de seus principais feitos foi a preocupação com a saúde mental. Nunca antes foi visto tamanha preocupação com a situação psicológica dos jogadores profissionais, os riscos que o excesso de trabalho poderiam causar, os efeitos do Burnout, entre outras coisas.
Desde sua parceria com as Universidades de Chichester e Winchester, que pela primeira vez buscaram alinhar o esporte eletrônico com os problemas inerentes a saúde mental, até o serviço gratuito de psicólogos oferecido a todos os atletas membros da associação. Todos programas tinham uma coisa em comum: o bem dos próprios atletas.
Mas, a pergunta que fica é a seguinte: Será mesmo que eles cumpriram a devida função que deveriam cumprir? Note o caso de device. O lendário jogador dinamarquês, que ficou no top 5 melhores jogadores do planeta nos anos de 2015 até 2020, pouco atuou profissionalmente em 2022.
De acordo com o próprio atleta, este sofria com problemas psicológicos e Burnout e, devido a isso, se afastou não só do cenário competitivo, mas também de todas suas redes sociais. É importante pautar: a CSPPA, como associação de todos os atletas, se preocupou e buscou oferecer auxílio para device? Ou melhor, para Nicolai Reedtz?
É difícil responder tal questão quando pouco se sabe sobre esse caso; mas é essencial refletir em como os projetos da CSPPA atuam e se eles, de fato, cumprem o que deveriam cumprir.
Outro ponto interessante de ser levantado é sobre a vigência dos acordos realizados com as organizadoras de torneio. Será que eles ainda seguem devendo ser cumpridos, ou a CSPPA simplesmente esqueceu de suas existências?
Um dos tópicos mais curiosos de serem abordados aconteceu durante o recente IEM Rio Major 2022. Muitas partidas ocorreram durante um único dia, inclusive algumas de forma simultânea. Mesmo assim, algumas foram finalizadas apenas depois da meia-noite.
E é aí onde mora o perigo. Quando alguns acordos foram firmados com a ESL/DreamHack, um deles tratava acerca do horário de início das partidas, sendo que estes seriam alterados para que nenhum jogo terminasse depois da meia-noite.
Enfim, a pergunta que nos resta é: os acordos estão sendo quebrados? Ou eles "somente" perderam seu valor?
No meio de todas essas reviravoltas, alguns projetos viram um fracasso total surgir, dentre eles inclui-se o ranking mundial da CSPPA. No dia 2 de agosto de 2021, o último tabelamento foi publicado em seu site oficial; mas não há nenhuma data que marque um anúncio de seu fim por parte da associação.
Em suma, se esse ranking tivesse credibilidade e reconhecimento, nós brasileiros poderíamos sorrir, já que a própria FURIA já assumiu seu topo.
É triste afirmar isso. Mesmo com todas as críticas do cenário e sua influência na polêmica com a Flashpoint, nada foi feito para que a maneira com que os pontos fossem contabilizados fosse alterada. O livro de regras do ranking deixa explícito e expresso a forma da contagem dos pontos, mas já que nenhum antenado no assuntou foi capaz de criticar de forma inteligente a maneira proposta pela CSPPA, quem seria eu para justificar tal posicionamento.
Baseando-se nas críticas expostas, nota-se que existe algo em comum: todos os problemas da associação surgiram ou agravaram-se de um mesmo marco. A partir do momento em que Mads Øland deixa o cargo de CEO da Counter-Strike Professional Players' Association, tudo desmorona.
Observe que Mads deixa seu posto ao final de abril de 2021. Após isso, o ranking mundial durou apenas alguns meses para que parasse de ser atualizado. Não somente, um tópico que sempre foi importantíssimo para a associação, a única iniciativa feita para tratamento de saúde mental foi a expansão de seu projeto já existente com a We.Care.
Além disso, desde sua saída, nunca houve nenhuma notificação sobre seu programa de prevenção a vícios em jogos de azar ou novas parcerias com organizadoras de torneio. E a lacuna mais preocupante: nem mesmo uma nova Assembleia Geral que, de acordo com seu Estatuto, deveria ocorrer a cada ano, aconteceu.
A associação, que já vinha perdendo força, nos causa cada vez mais insegurança ao pautarmos outro importante fato: em seu Twitter, há apenas uma nota oficial publicada no ano de 2022, que curiosamente é sobre o "bug do coach", enquanto todas as outras utilizadas para sustentar essa coluna são de anos anteriores.
Outrossim, em 2022, também fora anunciado as datas do player break, ou recesso dos atletas profissionais de CS:GO, no Twitter oficial do coletivo. Mesmo assim, um bom trabalho não foi concluído, visto que uma repercussão negativa de desorganização surgiu nas redes sociais, o que também havia sido anunciado anteriormente.
Apesar do todas as críticas, caso a Counter-Strike Professional Players' Association busque um novo CEO, e que este seja tão eficiente e eficaz quanto Mads Øland, reorganize a mesa representativa, nomeando um novo Chairman e um novo membro, e reconheça também a importância de Michael Døi, haverá sim uma reestruturação efetiva da associação.
Olá, meu nome é Matheus Vendrame Monti, possuo 18 anos e sou estudante de Direito na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Atualmente estou no 1º ano e busco cada vez mais aprendizado sobre a Ciência do Direito, a Hermenêutica Jurídica e como associar estes estudos ao esporte eletrônico, em especial, ao Counter-Strike.
A DRAFT5, maior site especializado em CS:GO da América Latina, proporcionou as condições necessárias para que eu pudesse criar uma coluna própria onde alinhasse legislação, ordenamento jurídico e CS, abordando suas instituições e institutos.
Nesta primeira edição, busquei comentar sobre a Counter-Strike Professional Players' Association (CSPPA), sua origem e desenvolvimento, além de citar suas iniciativas e criações no cenário profissional, como, por exemplo: seu ranking mundial, sua política sobre saúde mental, auxílio a contrato de jogadores, etc.
Espero que você, leitor, goste do conteúdo e se interesse mais por entender até que ponto o Direito afeta e influencia o cenário competitivo da modalidade.
CEUB - Aposta esportiva no Brasil - acesse;
Código Civil de 2002, Brasil;
Constituição da Dinamarca (ES) - acesse;
Constituição da República Federativa do Brasil;
Dexerto - Sources: NiP in dispute with CSGO players over sticker money - acesse;
DBLTAP - Flashpoint Withholds $165,000 Payment to CSPPA Amid Widespread Allegations, Letter Reveals - acesse;
HLTV - CSPPA to cease player agency services - acesse;
HLTV - Players' Association announced - acesse;
HLTV - The CSPPA is acting as an agent, raising conflitct-of-interest concerns - acesse;
HLTV - Xyp9x, EliGE take on leadership roles in CSPPA - acesse;
Lexadin - Legislation Denmark - acesse;
Liquipedia - CSPPA - acesse;
Liquipedia - Flashpoint - acesse;
Site - CSPPA - acesse;
Site - CSPPA/ranking - acesse;
Twitter - @csppagg - acesse;
Wikipedia - DreamHack - acesse;
Wikipedia - ESL - acesse.
Além destes, há os documentos fixados por hyperlink no corpo do texto.