zews vê injustiça com TACO durante anos de ouro do CS:GO brasileiro: "Ninguém estava lá dentro vendo o quanto ele estava ajudando"

Wilton "zews" Prado foi inquestionavelmente uma das principais peças do quebra-cabeças brasileiros que culminou com uma verdadeira dominância no mais alto nível do Counter-Strike mundial no longínquo ano de 2016.

Em uma recente entrevista ao Groselha Talk, o ex-treinador de 34 anos contou alguns episódios de sua carrreira, na qual treinou equipes como Luminosity, SK, Team Liquid, MIBR e Evil Geniuses, revelando até mesmo motivos para tirar jogadores de suas equipes:

"Já tive que tirar jogador que foi racista, já tive que tirar jogadores por serem filhinhos de papai. Os jogadores de 18, 19 anos, aqueles bons que podem ser os melhores do mundo, salvo raras exceções, viveram toda a vida em frente ao computador e não tem habilidade social nenhuma, de trabalhar em grupo", contou.

Embora tenha optado por não dar nome aos bois, o profissional revelou: "Nenhum deles era brasileiro. Era nos times estrangeiros que tínhamos esses problemas", explicou zews. Questionado sobre o melhor jogador com o qual já trabalhou, o brasileiro não titubeou:

"Do Brasil, o melhor com quem trabalhei, quando estava no pico, foi o coldzera. Não tem comparação", disse. Ainda assim, zews não deixou de dar o devido reconhecimento a Gabriel "FalleN" Toledo: "O FalleN para mim é melhor, no geral, hoje em dia, mas de habilidade, era o cold. Ele treinava de mais. Ele era o primeiro a chegar e o último a sair", enalteceu.

zews ainda destacou a qualidade de jogadores menos badalados, tais como Ethan "Ethan" Arnold, com quem trabalhou durante seus tempos de Evil Geniuses. O norte-americano, por sinal, abandonou o CS:GO em fevereiro do último ano, estando no VALORANT desde então.

"Vou dar um exemplo de fora, que nunca recebeu crédito: o Ethan, quando era da Evil Geniuses. Um dos melhores amigos do treinador do mundo. Ajuda em tática, não reclama, mantém o ambiente bom, é bom demais", detalhou o brasileiro.

Por fim, o ex-treinador ainda falou sobre as injustiças cometidas pela torcida brasileira durante os tempos mais áureos do Counter-Strike nacional, as quais tinham como bode espiatório Epitácio "TACO" de Melo, entry fragger de LG e SK:

"Semprre dou o exemplo do TACO, um dos caras mais hateados do Brasil. Injustamente. Ninguém estava lá dentro vendo o quanto ele estava ajudando. Ele era um líder dentro da equipe", finalizou.