Zews fala sobre o Major no Brasil: "Se acontecer será um dos maiores, se não o maior Major da história"

Treinador brasileiro falou sobre o futuro da Evil Geniuses e o Major no Brasil

Foto: HLTV.org
Sendo um dos responsáveis pelo ótimo fim de semestre da Evil Geniuses, onde os norte-americanos levantaram dois troféus e dispararam como o melhor time do cenário NA, Wilton "⁠zews⁠" Prado deu uma entrevista à HLTV.org e revelou alguns bastidores de sua nova casa, como as mudanças feitas na equipe e expectativas para o futuro. É importante destacar que o treinador brasileiro se juntou à escalação de Tarik "tarik" Celik em Abril, quase um mês depois de sua saída do MIBR. Desde sua chegada, passou pelo duro período de adaptação e começou a colher os frutos nos últimos torneios disputados - como os dois títulos conquistados. Ademais, também conta com um fator único: estar treinando os norte-americanos do Brasil, visto que o mesmo ainda não obteve o visto para retornar aos Estados Unidos. Quando questionado sobre estar treinando sua equipe zews afirmou que: "No começo foi difícil por ter o costume de sempre estar próximo com os jogadores. Eu sempre estive perto, e essa é a primeira vez que estou distante. Não posso dizer que é o ideal, mas estamos fazendo funcionar. Sobre a sua chegada, o treinador também revela o início complicado''Quando cheguei tivemos alguns problemas em definir nosso estilo de jogo. Juntamos nossas ideias e encaixamos, até que mostramos isso nesse final de temporada. Nós ganhamos taças, estamos bem na classificação para o Major. Estamos bem''. O brasileiro também comentou sobre como foi receber a oferta da EG e as conversas com outras equipes depois de sua saída do MIBR: ''Eu conversei com duas ou três organizações norte-americanas. Eu também estava aberto para propostas de fora, mas claramente minha preferência era continuar no NA. Mesmo não estando lá agora e não sabendo quando vou voltar, era minha preferência. Então conversei com vários times, mas acabou que a EG encaixou no meu critério e eu no deles. Então o processo de contratação foi bem leve''. Sobre a convivência com Peter "stanislaw" Jarguz, este que o treinador já teve desavenças no passado enquanto treinava a Team Liquid, zews se mostrou bastante tranquilo sobre o futuro ao lado do norte-americano: ''Nossos problemas foram resolvidos, mas fizemos questão de conversar novamente e deixar tudo o mais claro possível. Tá sendo muito bom trabalhar com ele, é um capitão que se dedica muito. Pessoas com personalidades fortes sempre querem fazer tudo do seu jeito, mas acredito que ambos aprendemos que as vezes é necessário ceder. Nós realmente estamos bem. E eu realmente tô gostando de trabalhar com ele novamente''. Por fim, também comentou um pouco sobre o polêmico Major no Brasil, este que ainda não se sabe quando ou se acontecerá, visto que o coronavírus ainda impossibilita grandes eventos presenciais de acontecerem e de como será a volta da EG pós-pausa: ''O Brasil tá passando maus bocados por conta do coronavírus. É um país muito grande e as coisas não estão sendo tratadas da melhor forma. A maior discussão daqui é que se você não morrer pelo coronavírus, vai passar fome por não trabalhar. É um tópico muito complicado e não cabe a mim analisar. Sobre a comunidade, é triste demais, era pra ser um ano especial por conta do Major, todo evento no Brasil é um show, mas claro, segurança em primeiro lugar. Ainda falando sobre a possibilidade do torneio acontecer no Brasil, zews alega que ''Se acontecer, sem dúvidas será um dos maiores - se não o maior. Principalmente em termos de audiência e emoção. Nós, brasileiros, somos animados, todos dizem isso. Claro que alguns acidentes acontecem as vezes, mas os fatores positivos pesam mais que os negativos, e adoraria ver esse lado do Brasil. Eu quero ver nosso país crescendo, dando certo e mostrando que temos várias coisas boas por aqui. Não só os talentos, mas como tratar todo mundo bem e fazer um bom evento. Tenho esperanças que conseguiremos isso no futuro''. Já sobre a volta da intertemporada, revela que o esquadrão norte-americano voltará uma semana antes de todos os outros times: ''Nós voltaremos a trabalhar uma semana antes que todo mundo. Nossos trabalhos devem ser retomados no dia 1 de Agosto. Voltaremos a trabalhar e espero que não tenhamos perdido muito do que fizemos antes da pausa. Mas, claro, tô dizendo isso numa boa. Os meus jogadores são nerds, eles não param de jogar CS, estão sempre streamando, então não deve ser um problema voltar a trabalhar como antes''. A Evil Geniuses de zews tem como primeiro compromisso a divisão norte-americana da DreamHack Open Summer 2020, torneio que conta com oito equipes e $90 mil dólares em premiação. Além do treinador, como de praxe, FURIA representará o Brasil.