Na última segunda-feira (24) uma notícia abalou o mundo do Counter-Strike. ESL e FACEIT, duas das maiores responsáveis pelo crescimento do cenário competitivo do FPS soberano ao longo dos últimos anos, foram compradas pelo Savvy Gaming Group.
A companhia saudita, aliás, é de propriedade do fundo de investimentos da Arábia Saudita, e optou pela fusão das duas empresas, algo que sequer era sonhado pela ampla maioria dos fãs. As cifras da transação, por sinal, giram em torno dos sonoros $1.5 bilhão
Michal "Carmac" Blicharz, vice-presidente da ESL, optou então por conceder entrevista à HLTV.org para esclarecer diversas questões acerca da parceria, destacando que grande parte do sistema adotado pelas organizadoras de torneio continuará da mesma forma:
"Eu não fiz parte das conversas acerca da fusão, mas se você olhar para ESL e FACEIT, é bastante óbvio que temos forças distintas em áreas contrastantes. Se você juntá-las, se torna um pacote completo", ponderou o mandatário.
"Se você ver da perspectiva do Counter-Strike, faz sentido, mas se você olhar na perspectiva de qualquer outro jogo faz mais ainda. Podemos oferecer ferramentas à comunidade, matchmaking, anti-cheat, hubs, ligas online, festivais e torneios", destacou.
Boa parte da comunidade mostrou um certo descontentamento com o envolvimento indireto do governo saudita na negociação, muito por conta da forma que o país do Oriente Médio é comandado e pela forma com que lida com questões de direitos humanos.
Carmac, todavia, já esperava uma recepção parcialmente negativa, embora garanta que nada sairá dos trilhos: "É claro que esperávamos algumas críticas, mas a nossa expectativa é de que sejamos julgados pelo que fizemos e pelo produto que entregamos", afirmou. "ESL e FACEIT continuarão do mesmo jeito, e se não continuarem, aí sim devemos ser julgados por isso", pontuou.
"Somos livres para continuarmos operando da forma que sempre fizemos, com os mesmos valores. Não aceitaríamos pressão ou mudanças na nossa conduta e nos nossos valores. Se houvesse pressão por mudança, haveria uma forte resistência", garantiu.
Ainda segundo o mandatário, o foco da ESL no momento é fortalecer suas transmissões e alcançar a rival BLAST Premier nesse quesito: "Queremos melhorar nossas transmissões. Não creio que estivemos à frente da BLAST nesse quesito no ano passado, então temos que chegar lá", admitiu.
"Queremos dar o nosso próprio tom de como se entrega um grande evento. Esperem os primeiros sinais na IEM Katowice", sugeriu. "É algo a longo prazo, mas é claro que muito em breve queremos corrigir os problemas que temos enfrentado", finalizou.