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"Vindo de boas LANs para jogar de um quarto, parece que não é algo especial", analisa Golden

Capitão sueco falou sobre as disputas online, classificação ao Major do Rio e a nova forma da rival Astralis

por Lucas Benvegnú / 22 de Ago de 2020 - 13:56 / Capa: Adela Sznajder/DreamHack
Logo após a rodada inaugural da divisão europeia da ESL One Cologne 2020, o capitão da fnatic Maikil "Golden" Kunda Selim concedeu entrevista ao jornalista Nathan Fusco, do site DBLTAP.com, falando sobre a nova forma da rival Astralis, o sistema de classificação ao Major e a luta de sua equipe para voltar a apresentar resultados convincentes.

Separamos os melhores trechos, e você, é claro, confere abaixo:

NÃO TÃO NOVA RIVAL


Passada a pausa na temporada, a fnatic voltou à ação contra uma reformulada Astralis na estreia de Cologne, onde acabou sendo derrotada pela composição dinamarquesa em dois mapas a zero. O capitão sueco ficou surpreso com o desempenho da rival, que chegou de cara nova para a disputa:  "Sim, fiquei surpreso. Penso que eles serão candidatos a alguns títulos, mas acredito que eles tenham conseguido nos surpreender. Não sabíamos onde cada um estava jogando", admite.

"Não tínhamos informação. Isso foi bom para eles. (...) Você pode analisar, na Train, ajustamos o nosso jogo para pegarmos eles desprevenidos, counterar as jogadas deles. Mudamos totalmente nosso estilo de jogo. Acredito que devíamos ter vencido a Train, mas eles venceram todos os clutches, os um contra um. Era o dia deles e eles jogaram bem"

Ao contrário da Astralis, Golden não crê que um elenco maior ajudaria sua equipe | Foto: Adela Sznajder/DreamHack


"Acredito que o estilo deles vai mudar. Se você olhar para o Bubzkji, ele é o diferencial do time. Ele faz coisas muito incomuns. Ele será o melhor jogador agressivo deles e construirá jogadas o tempo todo. Se você ficar atento a ele, isso ajuda. Nós sabíamos um pouco sobre como ele jogava, mas em um time novo, é diferente", analisa.

Apesar da aposta da Astralis de compor seu elenco com sete jogadores, Golden joga tal ideia para escanteio pelo lado da fnatic: "Falamos brevemente sobre isso e decidimos que não era para nós. É um sentimento estranho, uma pressão para os jogadores fazerem certas coisas. Pode ser um tiro que sai pela culatra ou pode ser muito bom. É sobre como o time se estrutura. Não acho que seria bom para nós"

AS DISPUTAS ONLINE


Alegria de uns, tristeza de outros, a pandemia de coronavírus impôs uma nova realidade ao Counter-Strike. Sem mais campeonatos presenciais - pelo menos por hora - as disputas passaram a ser inteiramente online. Os suecos, por sinal, não se favoreceram com tal mudança:

"Têm pesado muito para nós. É possível ver isso nas nossas últimas performances. Definitivamente, não há pressão para os times mais jovens. Nós podemos nos sobressair quando a pressão é alta. Vindo de boas LANs e aparições em playoffs para jogar de um quarto ou escritório, parece que não é algo especial", afirma.

Foto: Jennika Ojala/DreamHack fnatic ainda não reencontrou a alegria das LANs no ambiente online | Foto: Jennika Ojala/DreamHack


"Estamos fazendo o melhor com nosso psicologista esportiva e estamos trabalhando através de cada pequeno detalhe que nos faz pensar que estamos em um evento. Continuamos promovendo encontros antes das partidas e nos exercitando, coisas que faríamos normalmente antes de uma LAN. Ainda assim, é mais sobre mirar, correr e atirar com a confiança de que você tem a experiência ao seu lado", aponta.

CAMINHO AO RIO


Atualmente na oitava colocação do Regional Major Ranking europeu de acesso ao ESL One: Rio Major 2020, a fnatic possui 1875 pontos na tabela. O novo sistema de classificação, implementado em abril, agradou Golden: "Penso que deve continuar assim para os próximos Majors. Não vejo grandes falhas neste sistema"

"Se você conseguir ter esse tanto de seletivas no futuro, você terá boas chances de classificação. Desde que não seja online no futuro", observa o capitão.

O BOM FILHO A CASA TORNA


Golden se encontra em sua segunda passagem pela fnatic. Na primeira, boas colocações em expressivos campeonatos e até mesmo um par de títulos: a IEM Katowice 2018 e as finais da WESG 2017-18. O sueco acabaria na Cloud9, mas sem êxitos por lá, acabaria voltando à velha casa para ajudar a reerguer a equipe, então, desacreditada.

"Quando eu saí, tive minha doença. Aprendi muito e o time, a fnatic, os jogadores, todos amadureceram muito. Quando eu e o flusha voltamos, tivemos uma boa sincronia sobre como o jogo deveria ser jogado. Não tivemos que fazer muito a respeito do passado. O passado é passado, nosso treinador e nosso psicólogo já tinham preparado toda a estrutura para que conversássemos sobre críticas e se havia algum problema com os outros", revela.

Foto: Jennika Ojala/DreamHack Em seu primeiro campeonato no retorno à fnatic, Golden ergueu a taça da DreamHack Masters Malmö 2019 | Foto: Jennika Ojala/DreamHack


"Na nossa antiga escalação, éramos realmente ruins nesse quesito. Criamos problemas com os quais não podíamos lidar naquela época. Mas agora, eu me sinto muito bem para conversar abertamente com os demais. O jeito que jogamos é natural. Eu cresci aprendendo e jogando com eles, saí, aprendi coisas novas, como ser um líder e jogar meu próprio jogo, então, quando voltei, tudo se encaixou muito bem", finaliza o In-Game Leader da lendária organização.
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