Em entrevista concedida a Alexandre "Gaules" Borba na tarde desta agitada terça-feira (16), o brasileiro André Akkari, Co-CEO da FURIA, detalhou a busca por um sucessor para Nicholas "guerri" Nogueira no comando técnico da equipe:
"Sou jogador de pôquer. Tento ver as coisas pelo prisma mais estatístico e pragmático possível. Não significa que eu não seja um cara emocional, passional, dentre outras coisas, mas para o jogo, eu tento ir para o lado de não ter síndrome de vira-lata, não ficar pensando pequeno nas coisas", explicou.
"Quando fui jogar pôquer, tinha chance de ser jantado pelo mundo inteiro. Jogava torneio de 10 mil pessoas, 5 mil pessoas. Pra cravar torneio desse tipo, você não pode ter síndrome de vira-lata, não pode pensar pequeno. Várias vezes você se f###, mas tem que tentar pensar grande", contou.
O mandatário, por sinal, acredita que será necessário buscar soluções fora do país para o momento da FURIA, visto que não crê que um projeto integralmente brasileiro será capaz de lutar na mais alta prateleira do Counter-Strike:
"No Counter-Strike, eu acho que o Brasil está fadado, com organizações brasileiras, comissões técnicas brasileiras, lines brasileiras, tudo 100% brasileiro, nunca mais vai ganhar nada. Nunca mais vai ganhar. É a minha opinião", disse.
Por consequência, o desejo da FURIA é de contar ao menos com um treinador estrangeiro. Este, no entanto, precisa ser alguém de renome e financeiramente viável para o clube:
"Não é só falar inglês. Nós vamos para o mercado. O que tem disponível de técnico potente gringo que pode ajudar, colaborar? Tem quatro caras? Cabem no nosso bolso? A gente consegue? Consegue. Então acabou, essa é a nossa prioridade", assegurou.
Embora um treinador estrangeiro seja ficha um para a FURIA, caso tal alternativa não seja viável, o clube virá a apostar nos préstimos de Sid "sidde" Macedo, atual auxiliar técnico da equipe: "Agora, se não conseguirmos, ou ninguém estiver disponível, vamos ter que buscar algum outro caminho."
"A minha questão é: entre pegar o sidde, colocar ele com assistentes internacionais, promover um longo prazo pra ele, que é chato, demorado, e pegar um outro técnico brasileiro, a gente vai pegar o sidde", ponderou.
Akkari, de todo modo, garantiu que um nome estrangeiro de alto calibre é a prioridade para os furiosos: "Pegar um cara gringo, f###, é a prioridade. Se conseguirmos fazer isso, vai ser do car####", finalizou.