Há seis anos, SK vencia Astralis, calava torcida dinamarquesa e conquistava primeira edição da BLAST

Diante de uma Royal Arena lotada na torcida pela rival, FalleN e suas tropas fizeram do lugar uma biblioteca

por / 25 de Nov de 2021 - 15:00 / Capa: HLTV.org

O ano de 2017 certamente será lembrado por muito tempo como um dos maiores anos — se não o maior — da história do Counter-Strike brasileiro. Uma destas, aliás, veio neste mesmo 25 de novembro.

O palco, todavia, era bastante adverso. A primeira edição da então BLAST Pro Series levava à Copenhagen seis das melhores equipes do planeta - SK, Astralis, FaZe Clan, G2, Ninjas in Pyjamas e North - na luta por uma fatia dos $250 mil que estariam em oferta na Royal Arena.

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Após um primeiro dia de evento marcado por problemas técnicos, tudo teve de se resolver naquele 25 de novembro de 2017, onde a SK Gaming ainda se viu na obrigação de torcer pela Astralis para conseguir carimbar a vaga na finalíssima do torneio.

Emoções à parte, os brasileiros, que àquela altura lutavam para retomar a primeira colocação do ranking mundial, e os dinamarqueses, que vinham logo atrás na tabela, sendo #3 do planeta, foram postas frente a frente na grande decisão.

E mesmo sem a presença de seu maior astro, Nicolai "device" Reedtz, de fora do certame por problemas de saúde, a Astralis com Dennis "dennis" Edman largou em vantagem na decisão em uma Mirage que ficou marcada por um incrível clutch de Peter "dupreeh" Rasmussen.

Foto: Divulgação/BLAST Pro Series

Tudo parecia conspirar a favor de uma épica conquista dos robôs em sua casa. Mas a SK Gaming, valente como sempre, tinha algo a dizer e certamente não se entregaria sem uma boa luta.

A remontada brasileira começaria após boa metade terrorista na Inferno, vencida por tranquilos 10 a 5. Sem maiores ressalvas, Gabriel "FalleN" Toledo e suas igualariam o marcador na série com um sólido 16 a 8 no placar.

Tudo se resumiu à Cache, onde a Astralis largou com a sonora vantagem do 9 a 0 no lado CT, mas perdeu gás e viu os brasileiros minimizarem o prejuízo do half para 9 a 6. Na segunda metade, equilíbrio total que levou ao 14 a 14 no placar.

Os dinamarqueses ainda chegaram primeiro ao matchpoint, mas a prorrogação tornou-se inevitável. No tempo extra, da forma sofrida como manda o figurino brasileiro, melhor para a SK Gaming, que sacramentou seu triunfo por um dramático 19 a 16.

A torcida da Astralis, horas antes ensandecida pela possibilidade de ver o time da casa campeão, calou-se diante da genialidade do quinteto brasileiro, convertendo o barulho da Royal Arena no silêncio absoluto de uma verdadeira biblioteca dinamarquesa.

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