Tatazin destaca confiança da paiN Gaming: "Não temos medo de jogar"

Jogador ressalta força da paiN e que time cresce a cada campeonato.

Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5
O ano de 2019 tem sido recheado para a paiN Gaming. Com quatro títulos conquistados durante a temporada (Aorus League Season 2, Gamers Club Masters III, Brasil Game Cup e CLUTCH La League), a equipe já se destaca como uma das melhores do Brasil. Apesar do forte poder de foto da line-up, a paiN Gaming também conta com outro fator para o ano brilhante que vem tendo: a confiança. Para Alef "tatazin" Pereira, esse é um dos principais segredos da equipe que se tornou praticamente imbatível em jogos de lan house. Mesmo reconhecendo a forte base que veio da Team Wild o jogador afirma que "em cada campeonato o time cresce cada vez mais". Somado a isso, a base da ex-equipe contou também com a adição de Wesley "hardzao" Lopes e Rodrigo "biguzera" Bittencourt. "Já éramos uma base muito forte. Depois entrou o bigu e o hardzao, que adicionaram muito poder de foto. Cada campeonato que jogamos é importante porque parece que o time cresce cada vez mais. Então não sentimos mais pressão jogando a final contra qualquer time. Não temos medo de jogar", diz tatazin. PADRÃO DO CAPITÃO Assim como biguzera, tatazin também destacou a importância do capitão PKL para o desempenho da equipe. De acordo com o jogador, outro ponto que faz com que a paiN conquiste cada vez mais a soberania do cenário está relacionada ao time já ter a perfeita noção do que precisa ser feito durante as partidas. Tatazin afirma que independente do adversário o time "só pensa em fazer o que foi treinado durante a semana". De qualquer forma, para isso ser feito durante as partidas, o capitão surge como uma das principais peças tanto tática quanto psicológica. Durante toda a LA League a paiN Gaming dificilmente deixava de trocar uma kill, ficando por pouco tempo com desvantagem numérica no mapa. Além dos treinos, Tatazin diz que esse é um dos principais pedidos do capitão.
Tatazin aponta PKL como principal peça para animar o time | Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5
"O PKL é um cara que gosta de jogar na padrão. Então ele sempre pede pra gente chamar um parceiro de equipe quando vamos abrir um bombsite ou um pixel. Ele diz que não adianta ir sozinho na mira que não vai adiantar. E é por isso que sempre colamos um no outro, sempre trocando kill. Esse é um dos nossos principais pontos fortes", revela tatazin. Ainda assim, mesmo quando o plano do capitão não sai como o esperado, tatazin afirma do papel fundamental de PKL no psicológico dos colegas de equipe. Conhecido pelos gritos durante rounds decisivos, para tatazin o capitão da paiN Gaming usa a estratégia para jogar a adrenalina para fora do corpo e extravasar um momento delicado que a equipe esteja passando na partida. "Apesar do fone abafar muito, percebemos quando está todo mundo contra a gente. E o PKL é um cara que gosta de gritar, então quando ele vê alguém gritando, aí mesmo que ele grita muito. Durante a GC Masters ele dava uns gritos que eu estava quase pedindo pra gente perder um round porque assim ele não ia estourar o som do TS". Apesar da brincadeira, tatazin revela que PKL foi o "melhor capitão com quem já esteve no time". Além disso, destaca a importância do capitão ao afirmar que "se ele estiver com um psicológico bom o time todo vai jogar bem porque ele é o cara que mais hypa o time". FORA DOS HOLOFOTES
Tatazin durante partida contra a DETONA | Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5
Apesar de todo o time da paiN Gaming ter feito uma boa LA League, tatazin não terminou o campeonato entre os destaques do conjunto. O jogador terminou com o pior rating da equipe durante os playoffs, com 1,10. Entretanto, ele afirma que não enxerga isso como um problema e diz que já está acostumado a não ter muito crédito durante as competições. "Eu já estou acostumado. Desde a antiga paiN eu já jogava de lurker, cobrindo as pontas e jogando bomb solo. Eu me sinto bem fazendo isso e não quero mudar. Particularmente me considero o melhor do Brasil na função. Mas às vezes o PKL improvisa e eu tenho que fazer outra função. Tem horas no jogo que ele pede pra eu ser entry e pegar informação, então eu vou e faço", revelou. Apesar de jogar em uma função diferente da de Epitácio "TACO" de Melo, tatazin confessa que assiste demos do jogador para aprender coisas novas, principalmente sobre a função de suporte e de solo bomb. Justamente por isso ele reconhece que de vez em quando não tem muito impacto nas partidas, mas reitera que isso está longe de ser um problema para ele. "Eu assisto muitos vídeos para saber como ele faz. Não que eu vá copiar a jogada, mas vou tentar tirar algo pra fazer aquilo do meu jeito. Tem jogo que eu vou matar 30, mas tem jogo que eu vou matar 10 porque eu não sou de ter muito impacto na partida. E eu não ligo pra frag, porque querendo ou não está todo mundo bem no nosso time", disse tatazin.