TACO revela ponto-chave do início do processo tático da LG e SK: "Foi isso que nos salvou"

Jogador ainda revelou que os brasileiros tentaram jogar igual aos europeus, mas não conseguiram

por / 01 de set de 2025 - 18:00 / Capa: Divulgação/Imperial

Epitácio "TACO" de Melo fez revelações sobre o início do processo criativo das táticas e estilo de jogo na época da Luminosity Gaming e SK. Instigado pela audiência que estava acompanhando a sua live, o jogador comentou que, muitas táticas utilizadas com sucesso hoje, já eram usadas na época de ouro do Brasil no Counter-Strike.

Quando questionado sobre a estratégia de utilizar o lurker plano B, TACO explicou que isso era usado pelos brasileiros também, mas que ficou muito conhecida pela Virtus.pro. Além disso, ele comentou também que o próprio Dzhami "Jame" Ali já admitiu que sua ideia de jogo é inspirada na LG e SK.

"A gente abusava muito do lurker. O coldzera era o nosso lurker e a gente aproveitava muito taticamente a utilização dele. Foi isso que fez a SK ser tão revolucionária. Mexíamos nosso lurker de forma diferente da maioria dos outros times", comentou.

A partir disso, TACO começou a lembrar como funcionou o processo criativo do estilo de jogo dos brasileiros, desde a sua entrada na equipe, com Lincoln "fnx" Lau. Ambos substituíram Ricardo "boltz" Prass e Lucas "steelega" Lopes na LG.

"O primeiro campeonato que a gente jogou, não tínhamos nenhuma estratégia. A gente ficou em segundo lugar jogando só o básico do CS. Como a gente não tinha tática, a gente jogou o que cada um sabia. O básico do básico. O feijão com o arroz bem feito", relembrou TACO, que completou:

"Quando a gente perdeu o jogo de 16 a 0, a gente foi para o hotel, sentou e pensou que estava na hora da gente ter, ao menos, táticas básicas. Perder de 16 a 0 ou de 16 a 14 é a mesma coisa. Temos que organizar o mínimo. Fizemos algumas defauts e chegamos em segundo lugar. O melhor lugar obtido por um time brasileiro no CS:GO até aquele momento".

A virada de chave ocorreu quando, após um período de treinamentos na Europa, os brasileiros começaram a adotar muitas táticas para jogar parecido com os europeus, porém, esse estilo não encaixava com eles.

"Depois desse campeonato, a FACEIT nos deu um bootcamp na Alemanha. Fizemos um monte de tática, o FalleN abriu os blocos de notas dele e explicou tudo para a gente. Aí, fomos jogar o campeonato, a gente tinha uma tática de segurança do FalleN, que era uma execução varanda na Dust2. A gente foi enfrentar a NAVI e ele chamou essa call. Eu joguei todas as granadas e na hora da entrada, o GuardiaN subiu em uma caixa e matou todo mundo", revelou TACO.

Com isso, após mais uma reunião do time, a equipe passou a ter um estilo mais livre, com processos criativos durante os jogos e aproveitando as boas leituras e qualidades individuais que aquela lendária escalação tinha.

"Foi aí que pesamos no FalleN e falamos que era para parar de tanta tática de robo e vamos voltar ao básico do CS. Temos os melhores jogadores do Brasil em cada função. Vamos jogar soltos. Foi aí que a gente foi desenvolvendo o nosso estilo, um CS mais conversado e pensado. Explorando o lurker do cold e tendo muito talento individual. Foi isso que nos salvou taticamente", finalizou.

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