SK no topo, s1mple na Liquid e mais; como era mundo na última vez que o Brasil ganhou Major

olofmeister era o melhor do mundo, b1ad3 ainda jogava e Brasil prestes a sediar uma Olimpíadas

por / 30 de mai de 2025 - 16:00 / Capa: Hugo Hemberg/fragbite.se

O ano de 2016 é especial para os brasileiros amantes de Counter-Strike, porque foi quando o Brasil conquistou os dois Majors de CS:GO. Desde então, diversos jogadores e times brasileiros tentam repetir o feito, mas não tiveram sucesso.

A nova tentativa será no BLAST.tv Austin Major 2025, nos Estados Unidos — país onde o Brasil conquistou o primeiro Mundial chancelado pela Valve. A DRAFT5 separou uma lista de como era o mundo na última vez que uma organização com representantes nacionais venceram o principal campeonato da modalidade.

UMA ERA BRASILEIRA

Em 2016, o CS:GO era a versão mais recente da franquia, prestes a completar quatro anos do lançamento oficial. Uma coisa semelhante aos tempos atuais é de que os eventos internacionais eram dominados, em maioria, pelos times europeus, porém o cenário norte-americano era a segunda maior potência do mundo.

Foi justamente a ida para os Estados Unidos que fez o elenco liderado por Gabriel "FalleN" Toledo desenvolver o jogo e iniciar a era brasileira (2016 e 2017). O primeiro título de expressão foi logo o MLG Major Columbus 2016 e três meses depois levantaram o troféu do ESL One: Cologne 2016 — última vez que o Brasil ganhou um Major.

Naquela época, Oleksandr "s1mple" Kostyljev só tinha 18 anos e era o prodígio do cenário mundial, mas com a camisa da Team Liquid — treinada pelo brasileiro Luis "peacemaker" Tadeu. O ucraniano, inclusive, foi derrotado pelos brasileiros na semifinal do Major de Columbus e na decisão do Major de Cologne.

Nikola "NiKo" Kovač também era novato, com apenas 19 anos e brilhando pela mousesports. Andrij "B1ad3" Ghorodensjkyj ainda jogava profissionalmente e disputou o Major pela FlipSid3 Tactics.

s1mple na Liquid em 2016 | Foto: Helena Kristiansson/ESL

OLOFMEISTER E MAP POOL BRASILEIRO

Olof "olofmeister" Kajbjer Gustafsson tinha sido eleito o melhor jogador do mundo em 2015, não à toa atuava no melhor time do mundo. A fnatic havia conquistado dois Majors seguidos no ano anterior com uma line-up histórica, enquanto 2016 era a ascensão brasileira ao topo, aquela temporada também ficou marcada pela queda sueca.

Além da fnatic e da SK Gaming, as potências da época eram Ninjas in Pyjamas — de Christopher "GeT_RiGhT" Alesund e Patrik "f0rest" Lindberg, Natus Vincere, de Ladislav "GuardiaN" Kovács, Virtus.pro polonesa e Astralis iniciando a base da equipe que conquistaria quatro Majors nos anos seguintes.

Outra mudança significativa era no map pool, que tinha todos os mapas adorados pela comunidade brasileira. O Major de Cologne, por exemplo, foi disputo com Cache, Cobblestone, Dust II, Mirage, Nuke, Overpass e Train na rotação ativa.

Confira abaixo a idade dos jogadores dos times brasileiros confirmados em Austin quando o Brasil venceu o segundo Major:

FURIA

yuurih - 15 anos
KSCERATO - 15 anos
YEKINDAR - 15 anos
molodoy - 11 anos

MIBR

exit - 19 anos
brnz4n - 12 anos
insani - 12 anos
saffee - 21 anos
Lucaozy - 14 anos

LEGACY

latto - 13 anos
dumau - 12 anos
saadzin - 12 anos
n1ssim - 15 anos
lux - 14 anos

PAIN

biguzera - 19 anos
nqz - 11 anos
snow - 9 anos
dgt - 15 anos
dav1d - 16 anos

IMPERIAL

VINI - 16 anos
noway - 11 anos
decenty - 12 anos
try - 11 anos
chayJESUS - 14 anos

FLUXO

zevy - 15 anos
arT - 20 anos
kye - 11 anos
piriajr - 13 anos
mlhzin - 10 anos

MUNDO AFORA

O mundo do lado de fora do Counter-Strike mudou completamente em 10 anos, afinal uma pandemia parou o mundo neste meio tempo. No entanto, o ano de 2016 também foi marcante para diversos temas na sociedade.

O Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia, estava em ebulição no âmbito politico, enquanto a sociedade enfrentava a alta do zika vírus e suas complicações — causa da microcefalia e outros danos cerebrais em fetos.

O Brasil também estava na expectativa de sediar as Olimpíadas de verão, que aconteceu entre os dias 3 e 21 de agosto de 2016. O Brasil terminou com 19 medalhas, sendo sete de ouro — uma conquistada pelo futebol masculino, comandado por Rogério Micale. A seleção profissional era dirigida por Dunga e, posteriormente, por Tite.