shox diz-se "preocupado com o cenário francês" e comenta adaptação à Liquid: "Tive que reaprender muita coisa"

Veterano falou sobre o desafio de se reinventar sob o banner da cavalaria

Foto: Radosław Makuch/HLTV.org

Richard "shox" Papillon vai passando por uma experiência completamente diferente de tudo que já vivenciou em sua longa e vitoriosa carreira. Reforço da Team Liquid para 2022, o veterano francês vê-se pela primeira vez em um projeto internacional.

Em recente entrevista ao site do clube neerlandês, o jogador falou sobre a adaptação ao esquadrão capitaneado por Nicholas "nitr0" Canella, o estado atual do cenário francês e o desejo de quebrar o estereótipo da idade no Counter-Strike.

"Tive que reaprender muita coisa. É engraçado porque isso me lembrar meus primórdios no CS, quando eu tinha 15 ou 16 anos e essas eram as posições que eu fazia. Tive de redescobrir isso, ser paciente. Tenho trabalhado duro nisso", assegurou o atleta.

"Tem seis anos que eu fico rotacionando por todo o mapa e agora, de repente, eu tenho de me fixar em um bombsite. É um jogo diferente", analisou o rifler. Ele, por sinal, demonstrou uma certa preocupação com o momento atual do cenário francês.

shox não vê portas abertas para os jovens prodígios de seu país | Foto: Radosław Makuch/HLTV.org

Enquanto a Vitality vê-se atualmente com metade de seu plantel dinamarquês e a G2 vê Audric "JACKZ" Jug como o único francês em sua escalação, shox enxerga uma dificuldade em lapidar os jovens prodígios de seu país:

"Eu estou preocupado com o cenário francês e o desenvolvimento de novos talentos. Não é questão de não termos muitos prodígios, mas não há nada que os ajude no desenvolvimento deles", analisou o campeão de Major.

"O último projeto de sucesso foi o da GenOne, que foi contratado pela LDLC. É um projeto comandado pelo KRL, um streamer que buscou esses cinco jovens por conta própria e os treinou de seu jeito", contou shox.

Por fim, shox reiterou sua disposição em provar ao mundo do Counter-Strike que é sim possível performar no mais alto nível depois dos 30 anos, idade que ele irá alcançar no fim do mês de maio.

"Eu quero provar para o cenário do Counter-Strike que mesmo depois dos 30 você pode desempenhar bem em uma equipe de alto nível. Nessa idade, parece que ninguém mais olha para você - organizações, jogadores e treinadores", ponderou.

Para o experiente jogador, que acumula em seu currículo passagens por VeryGames, Titan, EnVyUs, G2 e Vitality, tudo é uma questão de prioridades: "Creio que isso está errado. Aos 30, as pessoas tem outras prioridades - começar uma família, parar de viajar - então, seus objetivos mudam", finalizou.