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Semana da Mulher: "O Counter-Strike nasceu para mim assim como nasci para ele", afirma santininha

Primeira parte do nosso especial do dia da mulher apresenta mais sobre santininha

por Gabriel Melo / 07 de Mar de 2020 - 20:27 / Capa: Rafael Veiga/DRAFT5
Se as histórias traçadas por brasileiras nas modalidades tradicionais nos permitem afirmar que Marta nasceu para o futebol, Magic Paula para o basquete e Maria Esther Bueno para o tênis, o mesmo acontecerá nos esportes eletrônicos em um futuro próximo. E uma das atletas, hoje em atividade, que será lembrada pelas próximas gerações como aquela que nasceu para o Counter-Strike será Cláudia "santininha" Santini, por tudo o que realizou em mais de 20 anos jogando e competindo no FPS mais amado do país.

Oriunda do interior de Santa Catarina, santininha conheceu o Counter-Strike igual a muitos: por meio de um familiar mais velho. No caso dela, um irmão. “Quando começou aquela febre das lan houses eu tinha 12 anos e meu irmão falou que existiam meninas que jogavam CS. Aí eu me perguntei, por que não?”, lembra a jogadora em entrevista à DRAFT5.

Por mais que o irmão Eduardo tenha sido o responsável por apresentar o Counter-Strike à santininha, quem realmente a motivou jogar foi uma das primeiras brasileiras a competir na modalidade. “Conheci a Joana Dark, que era de Brasília e fazia parte de um grande time que competia em uma das primeiras versões do jogo, em 2000, e aí comecei a jogar e gostei”, lembra a atleta.

O amor pelo Counter-Strike foi quase que instantâneo, revela santininha, pelo fato do jogo possuir “uma dinâmica legal e que combina muito com a minha personalidade. Esses foram os principais motivos para eu querer me aventurar nele”.

E não demorou muito para a atleta transformar a vontade de jogar o Counter-Strike casualmente no desejo de competir. A primeira equipe a qual a jogadora fez parte foi formada por outras atletas da cidade, ou melhor, da escola: “Como as lan houses começaram a entrar na moda, eu ia de tarde e ficava por lá até a noite. Foi na minha cidade que montei meu primeiro time, só de meninas porque eu gostava dessa ideia de jogar com meninas. Eram da minha sala, mas nenhuma joga mais”.

Além de dar a ela a possibilidade de mostrar a todos a veia competitiva que a possui, no Counter-Strike santininha encontrou também a paixão pelo estudo e pela estratégia. “No colégio sempre falavam para prestar atenção na aula e só depois estudar. E eu realmente gostava disso: de chegar em casa e estudar. O CS combina com isso porque eu tenho que estudar ele. Não gosto de só chegar e jogar. Acho que tem que entender o jogo antes porque o CS, no competitivo, você tem que estudar. Fora que sempre assumi responsabilidades. Gosto de lidar com as pessoas e também tenho fascínio por estratégia, de estudar o caminho e fazer aquilo acontecer”, afirma.

E é por tudo isso que santininha acredita “que o Counter-Strike foi feito pra mim e eu, para ele” - o que não é nenhuma mentira se olharmos a carreira percorrida pela atleta na modalidade, principalmente nos último 10 anos marcados não só por títulos e várias participações em torneios internacionais, como também pelo fato da catarinense ter sido uma das escolhidas para representar o MIBR no cenário feminino.

Infelizmente, assim como, praticamente, todas as mulheres que um dia já se arriscaram nos esportes no geral, santininha revela que já levou muito hate e passou por diversos episódios preconceituosos e machistas. Contudo, como conta a própria jogadora, as coisas pioraram na era Global Offensive.

Hoje em dia, já. Não comecei em um mundo super machista contra o CS. Pelo contrário, comecei em uma época muito boa. Não que eu não sofra preconceito. Já escutei muitos comentários machistas e outros tantos que tinham por objetivo me minimizar. Mas parte foram feitos por mulheres e outros, por homens”, afirma.


"Um dos comentários os quais escutei e mais doeu foi já ter lido no Liquipedia que era mais conhecida por ser namorada de Caio "zqk" Fonseca do que pelos feitos que realizou."

"Tenho orgulho de namorar quem eu namoro. Mas eu não gosto de ser conhecida como 'namorada de fulana de tal' porque eu sou a santininha. Tenho meu próprio trajeto e o meu namorado, o dele. Raras as vezes eu vi isso, mas uma das mais nítidas foi no Liquipedia. Não percorri o que percorri para ser lembrada como namorada do zqk, mas sim como santininha", exalta.

Lembrando da época na qual começou a jogar Counter-Strike, santininha fala que os amigos que tinha, “tanto meninos quanto meninas achavam legal eu jogar. Eu entrava no servidor e as pessoas me botavam para cima. Esse hate todo não nasceu lá atrás, começou de uns anos para cá. No meu início não tinha tanta hostilização em cima do meu trabalho, como atualmente. Não existia isso. Todos os meus amigos me chamavam para campeonatos, para jogar com eles e entrar nos times deles, e as pessoas sempre foram convidativas comigo. Eu não sofria bullying por ser mulher”.

Atualmente, na opinião da atleta, “as pessoas estão mais aptas a criticar do que incentivar. É uma característica da sociedade atual. Sempre houve machismo, assim como falso feminismo, o qual as próprias mulheres te colocam para baixo”.

Hoje está mais fácil para as pessoas abrirem a boca e falar mal dos outros. Hoje, por ser mulher, já tive que ouvir várias coisas que não gostava. Já entrei em ambiente hostil e já recebi comentários sexistas. Nunca cheguei a perder patrocínios, mas já tive que escutar, de certos lugares, que não tinha o porquê investir numa mulher, que não fazia sentido para eles. Já sofri bastante, principalmente nos tempos atuais”, conta.

Mas o fato de não ter passado por tais problemas na época que começou, deixa claro santininha, não quer dizer que não existiam. “Pode ser que eu tive sorte. Sempre fui muito bem recebida em qualquer lugar que ia. Não sei se foi sorte ou a época porque, se você perguntar às pessoas que começaram antes, acho que também não sofrem por se tratar de uma que não tinha tanta criança na internet. As coisas até podiam acontecer, mas não chegavam na gente”, opina.

Eu não sei se fui privilegiada. Mas por relatos que já ouvi, com certeza era mais fácil de entrar no cenário naquela época porque tinha menos gente na internet. Era uma época menos tecnológica. Hoje, todo mundo fala o que quer, o que pensa. Estamos vivendo uma época marcada por problemas psicológicos, os quais as pessoas acabam refletindo eles em você, os problemas delas”, reflete.

Ao ser questionada se um dia usou o Counter-Strike como uma fuga da realidade, como já feito por alguns jogadores, santininha responde que não. Segundo a mesma, ela é “o oposto de quase qualquer pessoa que você vá encontrar no jogo”. A jogadora, inclusive, afirma que o FPS nunca atrapalhou na vida social.

Tive um grupo de nove grandes amigas no ensino médio. Eu ia muito para festas. Tive uma vida social muito ativa. Além disso, nenhum familiar meu teve problemas sérios de saúde. Eu não entrei no CS para fugir da realidade. Entrei no CS porque eu me apaixonei por ele. Simplesmente me apaixonei pelo jogo. Fora que o jogo também me ajudou bastante em descobrir coisas novas já que pude viajar por grande parte do mundo para competir”, afirma.

Santininha aproveita o momento para falar que também não teve problema para falar aos pais que queria seguir carreira no Counter-Strike, mas com a condição de que também fizesse uma faculdade, o que realizou.

 “Como meus pais me viram jogando desde nova, foi mais um acontecimento. Não tive que dar essa satisfação de que eu ia jogar profissionalmente. Cheguei neles e falei que estava indo para São Paulo, que queria jogar CS e que lá eu iria terminar minha faculdade. Foi uma coisa que aconteceu. Eles nunca me atrapalharam em jogar, principalmente porque estava dando certo já que estava entrando dinheiro e eu estava fazendo o que eu gostava”, conta.

A jogadora, inclusive, revela que a família sempre costuma se reunir para a assistir jogando uma importante competição: “No meu último mundial todo mundo assistiu e torceu por mim. Eles me apoiam muito e não foi tão difícil assim”.

Santininha junto com as companheiras de MIBR representando o Brasil na ESWC 2010 | Foto: Arquivo pessoal


Por mais que tenha começado a jogar e competir bem antes, foi somente em 2010 que santininha começou a enxergar o Counter-Strike mais seriamente. O motivo? O convite que ela e as antigas companheiras de fleuR receberam para representar o Made in Brazil - atualmente só conhecido como MIBR - no cenário feminino.

Momento o qual santininha não titubeia em classificar como o ápice dela no Counter-Strike 1.6: “Usar a camisa do MIBR, naquela época, era como usar a da Astralis hoje”.

Naquela época o nosso time não era o melhor. Seria hipocrisia da minha parte falar que era. O melhor era o FireGamers. Mas a pressão de defender o MIBR é real. Eu tinha 22 anos, então pra mim foi aquela emoção. Pouco antes o MIBR tinha ganho o mundial masculino, era um time forte pelo qual passaram jogadores renomados. Eu vi toda essa história de perto. Foi a realização de um sonho. Aquele momento em que toda a sua história passa pela cabeça. Posso dizer que foi dos ápices de toda a minha carreira, vestir a camisa do MIBR”, relembra.

Se então Joana Darc foi quem inspirou santininha a começar no Counter-Strike, as jogadoras que, por duas vezes, foram vice-campeãs da ESWC (2004 e 2005) vestindo a camisa das LadieS foram as responsáveis por nutrir santininha com o desejo de competir no mais alto nível da modalidade.

"Parece brincadeira, mas elas eram perfeitas. Elas eram muito boas. Não era só qualidade de jogo, mas treino também. Eu gostava muito de assisti-las treinando. A campanha delas só não me influenciou, mas foi o que eu precisava para eu ser melhor no que eu já gostava de fazer. Elas deixaram uma linda trilha para eu seguir meu destino no CS", afirma.

Entretanto, fleuR e MIBR não foram as únicas equipes as quais santininha teve o prazer de vestir a camisa na longa carreira no Counter-Strike. Ela, inclusive, pode ser orgulhar em dizer que é uma das atletas de esportes eletrônicos que já defendeu clubes tradicionais, como Santos e Remo. Além destes, destaque também para playArt, INTZ - por duas vezes - Team Alientech, Bootkamp e RevoltZ.

"Eu me sinto extremamente abençoada por tudo o que tracei no Counter-Strike. Posso não ter tido resultados tão bons em alguns mundiais, mas tive a oportunidade de jogá-los. Tenho muito orgulho do meu caminho. Fora as LadieS, nós fizemos a segunda melhor campanha no CS feminino, no geral. Foi depois do GirlGamer Festival quando olhei e vi que estava fazendo a coisa certa. Quando a gente ganhou a seletiva aqui no Brasil, eu só senti orgulho de mim. Eu só sinto orgulho de continuar nesse jogo apesar de tudo o que falam. Não tenho nenhum tipo de arrependimento", aponta.

Parar?  “Só quando eu ver que não tenho mais capacidade para jogar e evoluir”, garante santininha, que se vê no melhor momento da carreira. “Se eu não tivesse fazendo meu trabalho bem, eu me aposentaria. Mas eu cheguei no ápice da minha carreira. Então, não penso em me aposentar tão cedo”, afirma.

Olhando para trás e lembrando de todos os momentos pelos quais passou, os obstáculos deixados para trás, santininha acredita que traçou uma história muito legal no Counter-Strike. Na opinião da jogadora, “o tempo de carreira não diz muito, mas a história que a gente traça diz mais. Os mundiais que joguei, essas últimas conquistas. Quando nós do INTZ saímos debaixo, batemos todos os times que poderíamos e chegamos em um mundial novamente depois de conquistarmos nossa primeira LAN. Isso mostra que sou uma referência”.

Santininha se vê como uma das referências no cenário feminino, mas não a única. “O Counter-Strike feminino possui outros nomes que inspiram. Pra mim, você tem sua história e com ela você conta para as pessoas e com ela você incentiva as pessoas. Eu contei uma história muito legal nos últimos 20 anos da minha vida e eu sou uma inspiração, sim, mas também acredito que existam outras jogadores que são referências”, aponta.

Santininha chorando de emoção ao saber que era campanha da seletiva nacional do GirlGamer Festival | Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


As amizades as quais construiu dentro e fora de jogo, os grandes times pelos quais passou, os importantes torneios que disputou e os títulos conquistados foram suficientes para um dia santininha escutar das jogadoras mais novas que ela era uma inspiração para futuras gerações. E ela já escutou.

Várias jogadoras já vieram e falaram que se inspiravam em mim. Mas nada se compara quando isso acontece com companheiras de equipe ou atletas que já jogaram comigo. As pessoas de fora enxergam a história, mas de longe. Nada se compara com àquelas que jogaram com você e falam ‘você é uma inspiração’ ou ‘eu aprendi muito com você, você foi minha melhor companheira e tem uma história inspiradora’. Isso não tem preço. As melhores coisas que escutei foram de pessoas próximas a mim falando que eu servia de inspiração para elas”, exalta.

Quando o rumo da conversa muda para a avaliação do cenário feminino no Brasil, não há pessoa mais capacidade do que santininha para falar sobre a evolução do competitivo nos últimos anos.

Na opinião da atleta, o cenário "diminuiu bastante" na transição do 1.6 para o Global Offensive. "Só existia um time por volta de 2012 e 2013, mas hoje já ocorreu aquele boom. E, atualmente, está maior em relação àquele que presenciei no 1.6. Hoje em dia tem muito mais times e está bem mais acirrado em relação a habilidade das jogadores", analisa.

Santininha acredita que esse crescimento muito se deve ao fato de, atualmente, ser "mais fácil de ter contato com as pessoas, é mais fácil você conhecer jogadores e mais fácil mudar times. Coisas estas que não víamos antes. Fora que no 1.6 não tinha muito treino na net. Começou na lan e bem depois foi para a internet, mas não como hoje. Isso deu uma amplitude para o cenário feminino". 

Uma das razões para o cenário feminino ter demorado para crescer no Brasil, na opinião de santininha, foi porque por aqui demoraram para fazer campeonatos destinados às mulheres: “Só faz três anos que temos um mundial feminino com seletiva, enquanto o CS ta aí desde 2012. Antes, só conseguíamos ir se fôssemos convidadas e tivéssemos dinheiro para bancar nossas despesas. Demorou para os torneios surgirem e aí sim o cenário poder evoluir da forma certa”.

Demora esta por consequência do foco majoritário que se dá ao cenário masculino. “O cenário masculino sempre teve tudo a mais. No CS não é só ter time e campeonato, mas também investidor, patrocinador e mídia. É um ciclo e esse ciclo demorou para rodar aqui quanto ao feminino”, aponta.

Além da falta de torneios, santininha vê as organizações brasileiras aproveitando de forma errada os elenco formados por mulheres. “Não é má vontade dos clubes quanto ao cenário feminino. Existe um mau aproveitamento. Para injetarmos dinheiro em algo, temos que saber o retorno. Não adianta pegar time, se não tem campeonato. Nós, mulheres, damos dinheiro no sentido de imagem. Nossa imagem dá dinheiro. Mas para isso acontecer, precisamos nos apresentar bem nos campeonato, contudo precisamos dos torneios para nos apresentarmos”, afirma.

A jogadora enxerga que “o que está faltando no Brasil é entender que não é tanto campeonato, mas imagem. Pecam em usar a imagem do feminino não fazendo vídeos e chamadas. Até mesmo as que investem em nós deveriam puxar mais pelo girl power. Faltam também informações para as pessoas sobre os campeonatos. Não pode só depender da mídia, que só virá atrás de nós se os clubes circularem nossas informações”.

Santininha levantando o troféu da seletiva nacional do GirlGamer Festival vestindo a camisa da INTZ | Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


Por mais que concorde que a Valve trata o Counter-Strike, no geral, com descaso, santininha bate na tecla que a desenvolvedora "desconhece o cenário feminino" já que a empresa "não faz nada para que o cenário evolua". Mas não por preconceito ou coisa do tipo. É abandono no mais literal da palavra: "Ela não vê diferenciação de sexo porque a mulher pode participar de ambos os cenários. O problema é que o cenário feminino tem que ser visto como aquele que serve para a chegada de novas jogadoras as quais optam por jogar só com mulheres porque nos sentimos confortáveis"

"Falta a Valve enxergar que o cenário feminino é a porta de entrada para novas jogadores. Falta a empresa abrir a cabeça para isso. A Valve nos ignora, mas não é a única desenvolvedora que faz isso. Os únicos que olham para gente são os organizadores de torneios", opina.

Bastante presente na era 1.6, os eventos com torneios para homens e mulheres é essencial para ajuda no desenvolvimento do cenário feminino, ainda mais se for junto com o Major. "Ajudaria muito um 'Major' feminino. Não precisa injetar dinheiro. Só o fato de fazerem um campeonato parecido com o masculino, já ajudaria muito", afirma.

Assim como muita jogadoras, santininha rechaça a "cota" para as mulheres nos principais torneios masculinos. "Isso atrapalha", garante a jogadora, deixa claro que "a gente não quer ser inserida no cenário masculino. Nós queremos chegar lá por merecimento. Mas para merecermos, precisamos treinar e para isso é preciso investimento, nossos próprios campeonatos e por aí vai. Ter cota é extremamente errado", opina.

É neste momento que santininha aborda uma das principais reclamações vistas no cenário feminino: o descaso dos times masculinos quando os mesmo vão treinar contra as mulheres.

A veterana assegura que o mesmo também acontece no cenário masculino, mas que não vai a público. Santininha relata que o próprio namorado já passou por isso quando foi treinar contra times estrangeiros em um período que estava fora do país para competir.

"Lá fora Tier 1 treina, no máximo, contra Tier 2. Se eles pegam um treino contra Tier 3, Tier 4 e enxergam que não é produtivo, quitam do jogo. Se botarem a gente para treinar contra a Astralis, por exemplo, não vai ser nada produtivo para nós. Não tem essa de você treinar, treinar e treinar que uma hora você vai vencer. Não existe isso no CS. Treinos desse tipo são perda de tempo para ambos os lados. Só no feminino que isso vem a público. Mas é claro que, às vezes, uns macho retardado sai rushando nos jogos", afirma.

Na visão de santininha, o cenário feminino ideal é aquele "com mais organizações patrocinando times. Quando os clubes entrarem, os campeonatos vão ficar mais acirrados porque terá dinheiro envolvido e as meninas só vão focar no Counter-Strike. O cenário perfeito seria de 10 a 12 organizações investindo pesado nas jogadoras, ajudando-as se tornarem profissionais, o que elevaria até o jogo dentro dos campeonatos".

"Estamos há um ou dois anos longe dese ideal. O cenário feminino mundial está percorrendo o mesmo caminho. Lá tem a mesma quantidade de campeonatos do que aqui. Não chega a ser tão grande quanto o Brasil. Não tem essa de maior cenário. Contudo, lá tem mais qualidade em relação a treinamento porque começaram, cedo, a treinar mais certo do que nós e a variedade dos treinos é maior. Temos um complexo de vira-la", finaliza.
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