"Se tivéssemos um AWPer, poderíamos ser o melhor time do mundo de novo", crava gla1ve

Capitão lamentou a ausência de um sniper de ofício e disse não ver sua equipe ascendendo ao topo tão logo

por Lucas Benvegnú / 06 de Jul de 2021 - 19:40 / Capa: Carlton Beener/ESL

O tempo das vacas magras parece ter chegado para a outrora hegemônica Astralis. Após um 2020 com tudo que se espera de uma gigante, o 2021 da equipe nem de longe lembra os tempos áureos daquele time que emplacava resultados acachapantes diante de suas principais rivais e empilhava títulos a cada torneio de alto nível.

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A chocante saída de Nicolai "⁠device⁠" Reedtz para a Ninjas in Pyjamas não parece ter ajudado em muita coisa, visto que a formação agora carece de um AWPer de ofício e vê-se forçada a se utilizar dos préstimos de Peter "⁠dupreeh⁠" Rasmussen, que certamente não é unanimidade nessa função.

Diante de seu iminente retorno à LAN durante a IEM Cologne 2021, a Astralis concedeu entrevista coletiva para comentar alguns tópicos acerca do turbulento momento vivido pela equipe, que ainda corre o risco de perder Danny "zonic" Sørensen em um futuro não tão distante.

Demorou, mas os tempos difíceis chegaram à Astralis | Foto: Rafael Veiga/DRAFT5Demorou, mas os tempos difíceis chegaram à Astralis | Foto: Rafael Veiga/DRAFT5

"Com sorte, vamos ganhar de todos em Cologne, destruir todos os times e nos chamar de melhor time do mundo por estarmos de volta na LAN. Mas isso provavelmente não vai acontecer", afirmou o capitão Lukas "⁠gla1ve⁠" Rossander.

Ele, uma das mentes brilhantes por trás do sucesso da Astralis, ainda dissertou acerca da falta de um AWPer para a equipe, ressaltando que tal infortúnio trará dificuldades para os dinamarqueses tentarem retomar o posto de #1 do mundo: "Provavelmente, demorará algum tempo", ponderou o IGL.

"Não temos um AWP de ofício e isso dificulta. Se tivéssemos um AWPer que gostasse de jogar com a sniper… o dupreeh quer jogar de rifle, mas joga de AWP porque tem que jogar", revelou. Ao que tudo indica, a lacuna deixada pela saída de dev1ce não será nada fácil de preencher.

"Se tivéssemos um AWPer, poderíamos ser o melhor time do mundo de novo", garantiu. "Mas como não temos, eu não nos vejo subindo ao topo do mundo tão logo", lamentou.

gla1ve lamentou a ausência de um AWPer de ofício dentro da Astralis | Foto: Adela Sznajder/DreamHackgla1ve lamentou a ausência de um AWPer de ofício dentro da Astralis | Foto: Adela Sznajder/DreamHack

Já dupreeh comentou a adaptação à nova função, que vem se mostrando bastante ingrata para ele: "O bom disso foi entender como os AWPers leem o jogo. Eu posso usar isso no meu próprio gameplay para saber como eu vou confrontar os snipers. Estou aprendendo esta função que me faz um jogador mais completo", destacou.

"No entanto, esta é uma função que eu não executava há muito tempo, e na qual eu não me sinto completamente confortável. Estamos passando por um período difícil. Em certas situações, eu preferiria não ser um AWPer, pois isso não parece natural para mim. Sempre vou me sentir melhor jogando de rifle e de forma agressiva", analisou.

Em contrapartida, dupreeh reconhece que a Astralis vem passando por ajustes para tentar encaixar seus cinco elementos em um sistema mais híbrido: "Estamos trabalhando em uma composição mais híbrida, o que me dá mais liberdade", diz. "Eu descobri que ser um AWPer contra grandes times pode ser muito difícil", afirmou.

Já Emil "Magisk" Reif reiterou a preocupação com a preparação mental durante este árduo período atravessado pela equipe, garantindo que a baixa sofrida pelos robôs apenas o deixou mais sedento por resultados: "A saída do device me motivou muito, me deu vontade de mostrar que aquela não foi a decisão correta", cravou.

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