Rumo à Masters: Com misto de Brasil e Argentina, 9z tentará conquista inédita na GC Masters Feminina II

9z reúne duas brasileiras e três argentinas, apostando na mistura latina para o sucesso do quinteto

por Filipe Carbone / 07 de Dez de 2020 - 19:12 / Capa: Arte/DRAFT5
Assim como todos os times que estarão presentes na Gamers Club Masters Feminina, a 9z possui um futuro incerto dentro da principal competição do cenário feminino do Brasil. Entretanto, com o objetivo de aumentar ainda mais as chances do time que traz a mistura latina com brasileiras e argentinas, a organização apostou na experiência de Camila "naper" Naper para trazer ainda mais bagagem para o grupo.

Chegando na 9z após sair da Soberano, naper tem a missão de substituir Camila "cAmyy" Natale, uma das jogadoras mais experientes do cenário de Counter-Strike: Global Offensive no Brasil. Como prévia para o principal torneio que encerrará a temporada, a DRAFT5 conversou com a jogadora para falar sobre a adaptação no novo time e a preparação para a GC Masters Feminina, marcada para começar no dia 12 de dezembro.

Fazendo uma salada de idiomas, a 9z conta com as argentinas Julieta "khizha" Grillia, Florencia "Flossie" Gasparini e Evelin "chjna" Acuña para atuar ao lado de duas brasileiras. Além da própria naper, a equipe ainda conta com a presença de Josiane "josi" Santos, que serve como válvula de escape para lidar com outra língua.

 Julieta "khizha" Grillia
 Florencia "Flossie" Gasparini
 Evelin "chjna" Acuña
 Josiane "josi" Santos
 Camila "naper" Naper

Apesar da maioria dos brasileiros possuir "intermediário" quando relacionado ao espanhol no currículo, o relacionamento e o dia a dia se mostra bem diferente para quem trata o assunto com seriedade. Sincera, naper revela que nem sempre consegue entender com clareza o que está sendo dito pelas companheiras, mas aponta que a solidariedade das colegas hermanas é o suficiente para manter a sintonia entre o quinteto.

Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


"Com certeza ajuda muito (não ser a única brasileira no time). Mas as hermanas são incríveis e me deixaram confortável desde o primeiro momento em que conversamos. Acredito que todas estamos em bastante sinergia", disse.

Dia após dia, naper afirmou que foi aprendendo a lidar com a comunicação do time. Entretanto, ressaltou que nos primeiros dias de treinamento ficava "muito perdida". Sem passe de mágica, mas com muito esforço, a experiente jogadora brasileira derrubou, aos poucos, o muro do idioma para melhorar o jogo da 9z.

"Confesso que nos primeiros dias fiquei muito perdida, mas com tempo e dedicação pra aprender o idioma delas, as coisas têm melhorado. Eu arrisco uma coisa ou outra e peço para elas me corrigirem ou ensinarem. Elas entendem bastante português também, então hoje em dia, pra mim é mais tranquilo".

SEM OBSTÁCULOS, MAIS PODER DE FOGO


Rompida a barreira do idioma, a qualidade técnica é um diferencial que faz com que as adversárias da Gamers Club Masters Feminina tenham que se preocupar com a 9z. Na estrada do Counter-Strike: Global Offensive há cinco anos, naper soma ainda mais pontos por ser uma das poucas jogadoras a ter disputado um torneio presencial nesta temporada.

Apesar do pouco tempo reunida com as novas colegas de time, já viveu o suficiente dentro do servidor ao lado das companheiras para saber de toda a capacidade que o time possui e que pode apresentar durante o torneio que fechará a temporada competitiva de CS:GO no Brasil em 2020.

Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


"No último confronto que tivemos e eu estive, ganhamos com um comeback (contra a Severe). Contra a Rebirth, também conseguimos uma vitória e, assim, a classificação para a GC Masters. Estamos preparadas para qualquer time que podemos vir a enfrentar. Acho que todos os times têm um potencial enorme para surpreender", revelou naper.

E falando em surpreender, a jogadora faz questão de não deixar a própria 9z de fora. Independente das dificuldades enfrentadas no início da passagem pela organização com o idioma, naper aponta que já começou a colher frutos e função da sua passagem na equipe. Além disso, destaca o estilo de jogo que o time está querendo levar para a GC Masters.

"O treinamento tem sido algo incrível. Estou amadurecendo muito como player e pessoalmente. São outras visões, outro estilo de jogo. Estou gostando bastante. Acredito que a gente vai surpreender", profetizou.

EXPERIÊNCIA E FOCO NO JOGO


Como supracitado, naper foi uma das únicas que viveu o calor da torcida (quase literalmente, tendo em vista que a partida foi disputada em Dubai) em um torneio presencial. Entretanto, não colhe pra si todos os louros desta experiência, e ressalta que todo o time colabora neste sentido durante as partidas.

"Acredito que as meninas do time não costumam sentir muito a pressão in game. Os jogos importante que a gente teve, mesmo em situações de desvantagem, elas sempre mantém bastante a calma e a confiança uma na outra. Isso é muito importante. Então, acredito que quanto a isso estamos bem tranquilas".

Entretanto, se as meninas não sentem a pressão no jogo, naper confessa que isso acaba não valendo para ela o tempo todo. Sentindo o peso de viver o Counter-Strike há tanto tempo, ela revela que "acaba colocando uma pressão desnecessária" em cima dela mesma.

Contudo, mostra que saber conhecer a si própria como jogadora é fundamental neste momento. Principalmente por saber o quanto conseguiu agregar à equipe para ajudar as companheiras, como khizha durante momento decisivos no meio do round. De acordo com ela, essa é uma das próprias "características específicas". Com isso, possibilitou que a colega de time jogasse mais solta e se tornasse um "diferencial" para a 9z.

Todas as informações sobre a segunda edição da Gamers Club Masters Feminina está disponível por meio da aba "campeonatos" na página principal da DRAFT5. Além disso, as partidas terão transmissões ao vivo pelo play by play. Além da 9z, o torneio ainda contará com a presença de FURIA, Rebirth e Severe.
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