Assim como todos os times que estarão presentes na
Gamers Club Masters Feminina, a
9z possui um futuro incerto dentro da principal competição do cenário feminino do Brasil. Entretanto, com o objetivo de aumentar ainda mais as chances do time que traz a mistura latina com brasileiras e argentinas, a organização apostou na experiência de Camila "
naper" Naper para trazer ainda mais bagagem para o grupo.
Chegando na 9z após sair da Soberano, naper tem a missão de substituir Camila "
cAmyy" Natale, uma das jogadoras mais experientes do cenário de
Counter-Strike: Global Offensive no Brasil. Como prévia para o principal torneio que encerrará a temporada, a
DRAFT5 conversou com a jogadora para falar sobre a adaptação no novo time e a preparação para a GC Masters Feminina, marcada para começar no dia 12 de dezembro.
Fazendo uma salada de idiomas, a 9z conta com as argentinas Julieta "
khizha" Grillia, Florencia "
Flossie" Gasparini e Evelin "
chjna" Acuña para atuar ao lado de duas brasileiras. Além da própria naper, a equipe ainda conta com a presença de Josiane "
josi" Santos, que serve como válvula de escape para lidar com outra língua.
Julieta "
khizha" Grillia
Florencia "
Flossie" Gasparini
Evelin "
chjna" Acuña
Josiane "
josi" Santos
Camila "
naper" Naper
Apesar da maioria dos brasileiros possuir "intermediário" quando relacionado ao espanhol no currículo, o relacionamento e o dia a dia se mostra bem diferente para quem trata o assunto com seriedade. Sincera, naper revela que nem sempre consegue entender com clareza o que está sendo dito pelas companheiras, mas aponta que a solidariedade das colegas hermanas é o suficiente para manter a sintonia entre o quinteto.
Foto: Rafael Veiga/DRAFT5
"Com certeza ajuda muito (não ser a única brasileira no time). Mas as hermanas são incríveis e me deixaram confortável desde o primeiro momento em que conversamos. Acredito que todas estamos em bastante sinergia", disse.
Dia após dia, naper afirmou que foi aprendendo a lidar com a comunicação do time. Entretanto, ressaltou que nos primeiros dias de treinamento ficava
"muito perdida". Sem passe de mágica, mas com muito esforço, a experiente jogadora brasileira derrubou, aos poucos, o muro do idioma para melhorar o jogo da 9z.
"Confesso que nos primeiros dias fiquei muito perdida, mas com tempo e dedicação pra aprender o idioma delas, as coisas têm melhorado. Eu arrisco uma coisa ou outra e peço para elas me corrigirem ou ensinarem. Elas entendem bastante português também, então hoje em dia, pra mim é mais tranquilo".
SEM OBSTÁCULOS, MAIS PODER DE FOGO
Rompida a barreira do idioma, a qualidade técnica é um diferencial que faz com que as adversárias da Gamers Club Masters Feminina tenham que se preocupar com a 9z. Na estrada do Counter-Strike: Global Offensive há cinco anos, naper soma ainda mais pontos por ser uma das poucas jogadoras a ter disputado um torneio presencial nesta temporada.
Apesar do pouco tempo reunida com as novas colegas de time, já viveu o suficiente dentro do servidor ao lado das companheiras para saber de toda a capacidade que o time possui e que pode apresentar durante o torneio que fechará a temporada competitiva de CS:GO no Brasil em 2020.
Foto: Rafael Veiga/DRAFT5
"No último confronto que tivemos e eu estive, ganhamos com um comeback (contra a Severe). Contra a Rebirth, também conseguimos uma vitória e, assim, a classificação para a GC Masters. Estamos preparadas para qualquer time que podemos vir a enfrentar. Acho que todos os times têm um potencial enorme para surpreender", revelou naper.
E falando em surpreender, a jogadora faz questão de não deixar a própria 9z de fora. Independente das dificuldades enfrentadas no início da passagem pela organização com o idioma, naper aponta que já começou a colher frutos e função da sua passagem na equipe. Além disso, destaca o estilo de jogo que o time está querendo levar para a GC Masters.
"O treinamento tem sido algo incrível. Estou amadurecendo muito como player e pessoalmente. São outras visões, outro estilo de jogo. Estou gostando bastante. Acredito que a gente vai surpreender", profetizou.
EXPERIÊNCIA E FOCO NO JOGO
Como supracitado, naper foi uma das únicas que viveu o calor da torcida (quase literalmente, tendo em vista que a partida foi disputada em Dubai) em um torneio presencial. Entretanto, não colhe pra si todos os louros desta experiência, e ressalta que todo o time colabora neste sentido durante as partidas.
"Acredito que as meninas do time não costumam sentir muito a pressão in game. Os jogos importante que a gente teve, mesmo em situações de desvantagem, elas sempre mantém bastante a calma e a confiança uma na outra. Isso é muito importante. Então, acredito que quanto a isso estamos bem tranquilas".
Entretanto, se as meninas não sentem a pressão no jogo, naper confessa que isso acaba não valendo para ela o tempo todo. Sentindo o peso de viver o Counter-Strike há tanto tempo, ela revela que
"acaba colocando uma pressão desnecessária" em cima dela mesma.
Contudo, mostra que saber conhecer a si própria como jogadora é fundamental neste momento. Principalmente por saber o quanto conseguiu agregar à equipe para ajudar as companheiras, como khizha durante momento decisivos no meio do round. De acordo com ela, essa é uma das próprias
"características específicas". Com isso, possibilitou que a colega de time jogasse mais solta e se tornasse um
"diferencial" para a 9z.
Todas as informações sobre a segunda edição da Gamers Club Masters Feminina está disponível por meio da aba "
campeonatos" na página principal da
DRAFT5. Além disso, as partidas terão transmissões ao vivo pelo play by play. Além da 9z, o torneio ainda contará com a presença de
FURIA,
Rebirth e
Severe.