Rumo à Masters: Black Dragons quer colocar experiência conquistada em prova

Black Dragons chega na GC Masters querendo se firmar no topo do cenário feminino

por Pedro Umberto  / 12 de Ago de 2020 - 17:15 / Capa: Arte/DRAFT5
Já tradicional no cenário masculino, a Gamers Club Masters anunciou no início de março que também fará o Major brasileiro voltado para as mulheres. Quase cinco meses depois, o certame terá seu pontapé inicial.

Diferentemente da divisão masculina, a GC Masters feminina contará com apenas quatro equipes, sendo elas a FURIA EsportsBlack DragonsLast NameSoberano Team fem. Dos quatro esquadrões, dois foram provenientes do classificatório fechado e as outras duas (FURIA e Soberano), oriundas das boas campanhas na Liga Feminina de 2020.

 Ana ''anabala'' Gabriela Bochi
 Amanda ''dinha'' Gomez
 Olga ''olga'' Rodrigues
 Mariana ''mari'' Lima
 Giovanna ''yungherr'' Yungh

 Ricardo ''rik'' Furquim (Coach)

A ENTRADA EM UM CENÁRIO DESCONHECIDO


Possuindo line-up de Counter Strike desde o segundo semestre de 2019, a Black Dragons é, sem dúvidas, uma das equipes mais tradicionais no cenário feminino. Quando foram anunciadas oficialmente, o elenco ainda contava com Amanda "AMD" Abreu e Tainara "nara" Torres, jogadoras que não fazem mais parte da formação atual. Naquela época, o clube chegaria investindo para se tornar parceiro do CBCS e, consequentemente, disputar o campeonato.

Com a parceria oficializada com o CBCS oficializada, a Black Dragons carimbou presença no certame e se consagrou como a primeira equipe feminina a disputar um torneio misto, dando um importante passo para a crescente do cenário feminino. Ao fim da primeira edição, os resultados não foram satisfatórios, visto que a composição não conquistou nenhuma vitória. Entretanto, apesar disso, o mais importante foi a evolução, oportunidade e experiência conquistada pelas meninas.

Para a segunda temporada, AMD alegou estar preocupada com sua saúde mental e acabou deixando a escalação, dando espaço a Mariana ''mari'' Lima, que ocuparia a função de awper na equipe feminina.

MELHOR, MAS NÃO O IDEAL


Na segunda edição do CBCS, a Black Dragons demonstrou estar mais preparada, inclusive com Olga ''olga'' Rodrigues brilhando e mostrando um nível técnico único, sendo uma das responsáveis pelas boas apresentações nos primeiros jogos. Contudo, passando as semanas, a tão esperada vitória não chegava. Apesar da evolução, foram doze derrotas consecutivas, mesmo quando a equipe ia bem.

Foto: Rafael Veiga/DRAFT5 Olga sempre se destaca pelas boas atuações durante o CBCS. Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


Um dos pontos questionados pelo público em relação ao estilo de jogo das meninas era o lado terrorista, que apesar do tempo junto e experiência conquistada, acabava sendo básico. Em contrapartida, boas defesas marcaram a temporada da Black Dragons. Só não marcaram mais do que a primeira vitória.

Na última rodada da temporada, em embate contra a Uppercut esports, a tão esperada vitória veio. Mostrando um conjunto jamais visto, a Black Dragons passou o carro pra cima do elenco de Vitor ''Kon4n'' Hugo e venceu a Nuke por 16 a 9, finalmente saindo do zero na competição. Posteriormente, por possuir um formato MD2, as meninas tiveram mais uma chance de vencer, chegando a abrir larga vantagem na Mirage, mas cedendo no final, empatando a partida em 15 a 15.

Independente de não classificar ou fazer uma história maior, mais uma vez um importante passo para o cenário feminino tinha sido dado. Uma vitória e um empate, mostrando que apesar de todas as pancadas que sofrem, a vontade de vencer sempre perdurou na veia das meninas. A história estava sido construída.

MOMENTO ATUAL E CHANCE DE REDENÇÃO


Depois de terminar a segunda edição em alta, as expectativas para o CBCS: The Rising eram maiores. Todos queriam ver mais da Black Dragons... mas não aconteceu. Com exceção do bom jogo que fizeram contra a BOOM, onde foram derrotadas por 16 a 12, as meninas que agora contavam com Giovanna ''yungherr'' Yungh no lugar de nara não encaixaram. É entendível devido a mudança feita, mas inquestionavelmente o público esperava mais.

Mesmo abaixo do esperado, a formação utilizou a terceira temporada para crescer e se adaptar com a nova jogador, focada em melhorar na quarta edição, o The Conquest. Porém, a história se repetiu por lá. Sem conquistar dez rounds em nenhum dos três jogos, acabaram saindo 0V-3D na fase de grupos suíça e também atropeladas nos playoffs pela estreante Royal Republic.

Para a GC Masters, a favorita indubitavelmente é a FURIA Esports, que nos últimos tempos, vem dominando o Brasil e empilhando troféus. Pelo lado da BD, as meninas chegam junto com a Soberano Team fem, que antes defendia a INTZ, e chega querendo voltar ao topo. Por fim, a surpreendente Last Name também conta com bons nomes, como Ana ''annaEX_'' Carolina e Julia ''julih'' Ferreira.

Black Dragons chega com a missão de retomar o topo no cenário feminino. Foto: Rafael Veiga/DRAFT5


A Gamers Club Masters Feminina I terá início no dia 15 de agosto e se estenderá até o dia 16 de agosto. A DRAFT5 fará a cobertura completa do torneio e os confrontos você consegue ver na nossa página de "próximas partidas".
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