Rikz relembra VAC Ban de v$m e conta bastidores sobre o caso aSpx

Henrique "rikz" Waku, agora ex-treinador da DETONA e ex-jogador profissional de Counter-Strike, foi o convidado da 25ª edição do OVERTIME, podcast da DRAFT5 que é transmitido ao vivo nas plataformas Twitch e Youtube. Assim como de costume, a reportagem separou os melhores cortes do programa.

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Até por ser ex-jogador e frequentador de torneios em LAN, rikz presenciou o famoso caso em que Pedro "aSpx" Leone trapaceou na World Cyber Gamers 2009 (WCG). O treinador relatou todos os acontecimentos em torno do evento, mas ressaltou que não passava pela cabeça de ninguém que o aSpx estava trapaceando em um torneio de LAN.

"Não existia essa de 'xitar' na LAN. Não exisita a ideia de que o cara tava xitado na LAN. Eu lembro que ninguém estranhava, mas foi bizarro mesmo porque nesse campeonato ele pegou todos os PC da ponta virado para a parede e virava o monitor."

Outro tema abordado pelo treinador foi em relação ao VAC Ban de Vinicius "v$m" Moreira, decretado pela Valve no final de 2018. Rikz detalhou alguns bastidores sobre quando a equipe recebeu a notícia e mostrou o quanto essa decisão foi um peso para o jogador nos últimos três anos.

"Ele ficou triste para caramba, desmotivado por um tempão, mas conversando com eles, mostrando que isso poderia ser revertido, que a carreira dele não estava acabada, que tinha outros campeonatos. Ele entendeu que não adiantava jogar tudo para o alto, porque era muito talentoso. Depois de muito tempo, isso abalou ele de novo no final da Detona antes de ser chamado (para o MIBR)."

Em 2020, a DETONA enfim conquistou a Gamers Club Masters, considerado o Major brasileiro. O título veio com um gostinho especial para os comandados de rikz, que já havia amargurado por duas vezes o vice-campeonato e levantou o troféu na edição em que os analistas e torcedores botavam menos fé na equipe.

"Eu sabia que não estávamos como favorito, mas os treinos me mostrava que éramos favoritos. A gente vinha treinando muito bem e todos os pontos que eu vejo para um time ser bom, nós tínhamos ali naquele elenco. Depois que eu vi que estávamos como underdog para os outros e eu falava que isso era bom. Mas a DETONA sempre chega longe, independente da line-up."

Outra pauta que não poderia ser deixada de lado é sobre os diversos casos de VAC Ban de jogadores participantes do CBCS Elite League - torneio que serviu de RMR sul-americano - e que causou a desistências de muitas organizações ainda na primeira fase da competiçõa.

A DETONA foi uma das organizações afetadas com a situação, tendo que se retirar da disputa após denúncias apontarem Kaue ''kauez'' Kaschuk com VAC Ban em registro. Rikz revela a tristeza com toda a situação, principalmente por não conseguirem enfrentar o MIBR, mas destacou o caso como um possível divisor de águas para o futuro.

"A maioria dos contratos de hoje em dia já possuem clausulas falando sobre VAC Ban, mas acho que os jogadores nunca davam bola. Agora, até as organizações podem ser punidas por conta desse jogador, então com certeza os próximos contratos terão uma clausula mais firme em relação a VAC Ban, com alguma punição mais severa."

Por fim, Rikz detalhou todo o trabalho feito pela DETONA que sempre consegue lançar jovens talentos e aliar com resultados expressivos. Entretanto, agora o projeto quer dar mais um passo e manter o elenco formado por um longo tempo.

"Como nós remontamos bastante, agora a line-up é praticamente inteira nova, então estamos com um projeto de ficar bastante tempo com esse elenco. Não queremos mais ter esse trabalho (de remontar), porque a gente sabe que resultados nós temos. Sabemos que enquanto continuarmos trabalhando forte e escolhendo os nomes certos, vamos conseguir ter resultado. Só que desejamos uma coisa que prolongue por mais tempo."