righi traça ESL Conference como objetivo para Finest e fala de projeto envolvendo Flamengo

Treinador brasileiro falou sobre a experiência de comandar uma equipe na Europa

por Gabriel Melo / 30 de Nov de 2021 - 19:00 / Capa: Reprodução/Twitter/Righi

Não é de hoje que treinadores brasileiros se aventuram comandando equipes internacionais. O mais recente a seguir tal caminho foi João "righi" Righi, que em entrevista à DRAFT5 contou como surgiu a oportunidade de liderar a Team Finest, sobre a oportunidade de fazer parte do cenário europeu e revelou o projeto que tinha de trazer o Flamengo para o Counter-Strike.

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Segundo righi, tudo começou quando o "projeto da Bravos desmanchou" e a base da equipe foi defender o MIBR. Com isso, o brasileiro decidiu "negociar algumas das propostas que eu tinha para não ficar sem trabalhar até o fim do ano. A Finest me abordou e me chamou para alguns dias de trial já que era a minha primeira experiência com o cenário europeu e me comunicando em inglês".

Tal período de teste, contudo, foi rápido, com righi relatando que "logo no segundo dia o time já pediu para a direção tentar fechar um acordo comigo. Acho que a gente teve uma sinergia muito grande. Não só em ideias, mas principalmente em objetivos e na vontade de trabalhar". O técnico disse ainda que o contrato que tem com a organização europeia vai até o fim do ano, a pedido próprio, e objetivos a curto prazo foram traçados.

"Pedi um contrato até o fim do ano porque, como era a minha primeira experiência na Europa, trabalhando com várias culturas e em outra língua, eu queria sentir como seria a adaptação, além de ter a oportunidade de treinar uma equipe daquela região, aprendendo muito a cada dia. Estou gostando muito e o foco a curto prazo é entrar no Top 30 da HLTV e ser campeão da Premier, conquistando uma vaga na ESL Conference", contou o treinador.

A frente do time, righi se sente "bem valorizado" e elogiou o fato dos jogadores europeus "terem um respeito absurdo pela figura do coach". Apesar de ter ciência que a oportunidade que tem em mãos pode "abrir algumas opções em solo europeu", o brasileiro garantiu que "meu foco é na Finest até o fim da premier"

No dia 1 de dezembro righi completará um mês no comando da Finest e o treinador vê que o time 'vem tendo uma evolução muito satisfatória" e que muito disso "se atribuiu ao modo que a gente treina. Eu trouxe algumas ideias que amadurei durante o ano e que, principalmente, adaptei do que aprendi com o FalleN e com o WOOD já que o time aqui busca jogar em um estilo mais default e com vários protocolos. Então, só alinhamos algumas ideias e colocamos tudo no papel para arrumarmos os detalhes, além de que os caras trabalham bem demais e tem uma qualidade técnica absurda e exploramos melhorar todo esse conjunto".

Pedro Andrade/ Team oNe

Questionado sobre quais pontos vê de diferente em relação aos cenários brasileiro e europeu, righi falou logo sobre "profissionalismo" já que "na Europa a gente tem muitos treinos de qualidade, sempre com pontualidade e com menos disputa de ego".

"Logo quando sai da Team oNe fiquei treinando um pouco no Brasil com a Bravos e concordo com uma coisa que o TACO disse, que existem mais opções de um bom treino no Brasil do que na América do Norte, porém ainda muito longe da Europa. Espero que a gente possa mudar essa realidade um dia. Tento ajudar todos os times quando estou aqui pelo Brasil em busca desse objetivo", afirmou.

FLAMENGO E BRASIL

Antes de fechar com a Team Finest, rumores que circulavam nos bastidores colocaram righi a frente de um projeto que visava trazer o Flamengo para o Counter-Strike. righi confirmou à DRAFT5 e relatou que a ideia "era em conjunto com a base da Bravos. Depois que os três foram para o MIBR, até rolou uma conversa e levantamos alguns nomes, mas não passou de suposições e acabou miando"

Sobre o futuro, righi não descartou continuar pela Team Finest, mas dizendo que uma renovação só será discutida em dezembro, mas revelou que "gostaria, sim, de trabalhar com uma organização brasileira". Contudo, "devido algumas experiências passadas, hoje eu prezo muito pelo profissionalismo e a dedicação dentro do jogo, coisa que culturalmente o europeu apresenta um pouco mais".

"Sinto falta da paixão e da emoção do brasileiro, então vou considerar com muito carinho e, talvez, alguma preferência ao que chegar do Brasil para o próximo ano. Sobre um dia comandar MIBR e FURIA, são grandes organizações e seria um prazer poder representar essas tags, mas o meu sonho mesmo é chegar em um major, independente de qual tag eu represente", afirmou.

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