Uma das atualizações que causou mais impacto no cenário competitivo está completando seis anos neste sábado (20). Neste mesmo dia em 2018, a Valve lançou o patch "Smoke Mid Every Day" onde informava aos jogadores que a Dust2 estava retornando para a rotação competitiva, enquanto a Cobblestone estava se despedindo.
Presente no Counter-Strike desde quando o jogo ainda era beta e icônica em grandes confrontos do Counter-Strike 1.6, sendo palco de grandes jogadas como o quase ninja defuse de Abdisamad "SpawN" Mohamed, a Cobblestone retornou ao Counter-Strike: Global Offensive em meados de 2013, onde permaneceu até deixar o cenário competitivo em 2018.
Palco de tantos confrontos épicos no decorrer da história, a Cobblestone viu, em outubro de 2017, um dos duelos mais duros já travados na história do Counter-Strike. Pela EPICENTER 2017, Virtus.pro e SK Gaming se enfrentaram em uma batalha que durou quase sete horas e teve como o ex-mapa da rotação o palco decisivo para tal confronto.
Por si só a cidade de São Petersburgo já foi palco de uma das maiores revoluções do mundo. Em 1917, quando ainda se chamava Petrogrado, ela foi palco do início da Revolução Russa, quando o Palácio de Inverno foi invadido pelos bolcheviques e resultou em um enfraquecimento dos czares durante a Primeira Guerra Mundial.
Cem anos depois, já na Era da Informação, SK e VP colocaram a prova o posto de melhor equipe do mundo no Counter-Strike. O fogo já havia sido descoberto, mas o duelo entre brasileiros e poloneses seria capaz de reinventá-lo se fosse travado fora de um servidor.
Ao todo foram jogados 151 rounds, cinco mapas e três overtimes, sendo o último deles na Cobble. Naquela altura, já não se sabia mais se o público torcia por algum dos lados ou se apenas acompanhava uma aula de Counter-Strike que era jogada em baldes pra cima da plateia e dos espectadores que eram testemunhas do que parecia ser a despedida da Cobblestone.
Melhor do mundo duas vezes no momento em que este artigo vai ao ar, Marcelo "coldzera" David fez uma apresentação digna de deixar saudades. Hoje do outro lado do oceano e muito distante dos companheiros brasileiros, ele foi um dos grandes responsáveis por colocar o troféu da EPICENTER 2017 nas mãos de Ricardo "boltz" Prass antes de ser erguido com orgulho pelo time brasileiro.