Recém chegado na mouz, dexter garante: "Quero dar uma nova cara ao time"

Foto: Divulgação/mousesports

Christopher "dexter" Nong tem uma missão a cumprir. Uma missão que definitivamente não é das mais fáceis. Substituir um capitão de uma equipe não seria uma tarefa tranquila em nenhum cenário, então imagine quando se fala de ocupar a vaga de Finn "⁠karrigan⁠" Andersen na mousesports.

É substituir mais do que um líder. É ocupar a lacuna deixada por um capitão que tem identificação com o emblema alemão. Ao todo, são três passagens distintas e inúmeros títulos conquistados pelo dinamarquês.

Com o desejo de retornar à FaZe, karrigan encerrou sua terceira passagem pela mouz | Foto: Helena Kristiansson/ESL

Apesar da pouca experiência perante ao alto escalão do Counter-Strike mundial, a aposta dos ratos europeus já tem lá seus 26 anos e um currículo respeitável graças à dominância imposta por ele e seus agora ex-companheiros em solo australiano sob os banners de Grayhound e Renegades.

Os seguintes trechos foram retirados da entrevista concedida por dexter ao site especializado HLTV.org.

"É triste deixar um grande grupo de pessoas", explica acerca de ter tomado os rumos da internacionalização. "Construímos muita coisa juntos e quando algo como a COVID chega, coloca você em uma posição desconfortável onde você tem de tomar uma decisão para sua própria carreira ao invés de focar apenas na diversão", assinala.

dexter foi peça-chave para o crescimento de sua equipe nos últimos três anos | Foto: HLTV.org

Apontando a pandemia como o principal fator que lhe levou a tomar aquela que é - até então - a decisão mais difícil de sua carreira, dexter explica sua situação atual:

"Estou ficando em um hotel até que meu apartamento fique pronto. Por hora, estou treinando no QG da mousesports, são ótimas instalações", garante.

"Tive ofertas de diversos times, mas a razão por eu ter escolhido a mousesports no final das contas foi o fato de poder crescer sem pressão", aponta.

Sem pressão: dexter prega por tranquilidade em sua caminhada junto aos ratos europeus | Foto: Divulgação/mousesports

A mudança de liderança dentro de uma formação nunca é algo muito suave. Os ajustes levam tempo para serem feitos e é comum que os times demorem a apresentar resultados.

"Eu sinto que quero dar uma nova cara ao time, mas isso levará tempo e estamos focando apenas no básico por hora. Todos têm um talento absurdo, algo que nunca vi antes. Só preciso me encontrar nas calls e regulá-las para que menos erros aconteçam", pondera.

Para dexter, é uma mudança realmente radical. Da Austrália para a Europa certamente há uma diferença gritante de nível e estilo de jogo. Mas o novo capitão promete comprometimento com o projeto:

"Eu sou completamente novo nessa função de capitão, tenho funções diferentes no TR e no CT de cada mapa. Não creio que eu vá me tornar o melhor agora, tenho muito a aprender de times maiores. Minha meta agora é melhorar a comunicação e entender o ritmo de jogo que minha equipe quer propor", analisa.

dexter reencontrará seus ex-companheiros em sua estreia pela mouz | Foto: HLTV.org

"Estou sempre querendo aprender novas coisas", clarifica. Curiosamente, sua estreia com a camisa da mousesports ocorrerá frente aos seus ex-colegas de Renegades, em MD1 válida pelo Play-In de acesso à IEM Katowice 2021.

"Essa partida será como qualquer outra para nós", garante. "As pessoas vão gostar de colocar pressão no resultado de uma MD1, mas na realidade, não há pressão ou expectativas agora. Somos uma line-up nova com muito a ser trabalhado", diz o australiano. "Espero que, independente do resultado, tomemos por lição para futuras competições", finaliza.