"Quase morto", define xeta sobre cenário de Counter-Strike na Coréia do Sul

Para jogador, dificuldade na comunicação foi determinante para passagem mal sucedida na TyLoo

Foto: Igor Bezborodov/StarLadder
Ex-jogador da TyLoo, Seon-ho "xeta" Son anunciou no mês passado a saída do Counter-Strike: Global Offensive para se dedicar ao VALORANT. Em entrevista ao DBLTAP, o jogador revelou detalhes sobre o cenário competitivo na Coréia do Sul, onde afirmou que o cenário competitivo está "quase morto". Apesar de ser conhecida mundialmente por ter um cenário extremamente competitivo em diversos esportes eletrônicos, foi uma decisão tomada em 2004 que destruiu o Counter-Strike na Coréia do Sul. Isso porque, antes mesmo de existir CS:GO ou qualquer cena competitiva mais profissional, a Valve optou por cobrar $ 15 por computador nas PC Bangs, espécie de lan house coreana. "Naquela épica, metade das pessoas jogava Starcraft e a outra metade jogava Counter-Strike. Após o incidente, ninguém joga CS nos PC Bangs desde então", revelou. Apesar dos esforços da Valve para tentar "corrigir" o problema com o Steam PC Cafe Service, xeta revela que isto pouco afetou os coreanos. Principalmente porque, para jogar, era preciso entrar na plataforma chinesa, criando a barreira do idioma.
Xeta viveu momentos diferentes na TyLoo e na MVP PK | Foto: HLTV.org
"Na Coréia, o cenário do Counter-Strike está quase morto. Embora a Valve tenha lançado o Steam PC Cafe Service, você precisa entrar na plataforma chinesa. Isto impede que os coreanos se comuniquem em sua língua nativa. Sem o entendimento da comunicação básica, melhorar as habilidades mecânicas não é uma opção".

DIFICULDADES E DIFERENÇA DA TYLOO

A dificuldade na comunicação não é um impedimento apenas para jogos casuais de CS:GO. O jogador revelou que isso se tornou um grande problema, também, após a saída dele da MVP PK para jogar pela TyLoo, no início deste ano. De acordo com ele, "a barreiro do idioma" foi um grande fator que afetou a ele e aos outros jogadores. Principalmente porque xeta chegou na equipe chinesa com o objetivo de levar "experiência e conhecimento de jogo para o sistema da TyLoo". "Construir um novo sistema leva tempo e exige muitos feedbacks. Posso me comunicar em inglês nos termos do CS:GO, mas os jogadores da TyLoo não conseguiam se comunicar em inglês. Eu tentei o meu melhor para aprender chinês, mas não tive tempo o suficiente". Apesar dos bons resultados pela MVP PK, xeta não viveu o mesmo bom momento da carreira com os companheiros chineses. Em dois torneios disputados, terminou entre 13º/16º e 16º/18º. No entanto, ele afirma que "se a TyLoo tivesse ajudado na comunicação com um tradutor ou alguém para ajudar, teria resultados melhores do que tiveram". No entanto, não foi apenas na comunicação que xeta viu diferença entre a TyLoo e a ex-equipe. "Notei que os jogadores chineses têm melhores habilidades mecânicas e mira do que os coreanos", disse. Para ele, a MVP "tinha mais estrutura de equipe e jogadas sistêmicas", fazendo com que os coreanos apresentasse mais preocupação "com a disciplina do time".