Terceiro torneio do ano a adotar o formato por regiões para não deixar de acontecer, a
DreamHack Masters Spring 2020 da América do Norte começa nesta terça-feira (19) com dois times brasileiros na disputa. Além da DH, a 11ª temporada da
ESL Pro League e o
Road to Rio fizeram competições regionais em função do isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Vivendo em momentos diferentes,
MIBR e
FURIA são os dois representantes do Brasil em uma das principais competições do ano (que acabou perdendo um pouco do glamour pela divisão das melhores equipes do mundo). Enquanto o time capitaneado por Gabriel "
FalleN" Toledo vive uma crise que já perdura há mais de um ano e que foi potencializada após da derrota para a
MAD Lions na
Flashpoint, o time de Andrei "
arT" Piovezan chegou até a decisão do
Road to Rio da América do Norte e caminha a passos largos em busca de novas conquistas.
Com $100 mil de premiação em disputa, cerca de R$582 mil de acordo com a cotação atual, a DreamHack Masters Spring 2020 da América do Norte ainda conta com a participação de outras seis equipes.
100 Thieves,
Evil Geniuses,
Team Liquid,
Cloud9,
Gen, FURIA, MIBR e Chaos totalizam os oito quintetos que serão divididos em dois grupos de quatro, onde apenas o último de cada um é eliminado e não avança para os playoffs.
Grupo A
FURIA

MIBR

Team Liquid

Chaos
Grupo B
100 Thieves

Cloud9

Evil Geniuses

Gen.G
MIBREquipe convidada para a competição, a MIBR precisa urgentemente provar o seu valor na DreamHack Masters Spring. Apenas com equipes da América do Norte, o nível mais baixo do torneio (sem reunir todos os grandes times do mundo) pode ser a chance ideal para o time começar a engatinhar para uma melhora – ou piorar de vez.
A missão da equipe, no entanto, não é das mais fáceis. Isso porque eles estão no Grupo A, ao lado de FURIA e Team Liquid, equipes que a MIBR não vem tendo um bom desempenho nos últimos meses. Para deixar a situação ainda mais delicada, o duelo de estreia será justamente contra o outro time brasileiro presente no Grupo A.
MIBR terá outra oportunidade de convencer os torcedores| Foto: Stephanie Lindgren/DreamHack
FURIAMais em paz com a torcida do que a MIBR, a FURIA chega na competição de bem com a vida. Apesar da derrota para a Gen.G na decisão do Road to Rio da América do Norte não ser esperada por parte do público, os brasileiros mostraram no decorrer da competição o alto nível de
Counter-Strike que vem aplicando desde o ano passado e que se potencializou nesta temporada.
No entanto, a melhor campanha da fase de grupos do torneio que soma pontos para o Major também coloca um alvo no time brasileiro. Isso porque a FURIA se tornou uma das principais equipes a ser batida, tornando os jogos cada vez mais difíceis e intensos. Apesar disso, eles contam com uma boa vantagem no retrospecto contra os times mais fortes do Grupo A da DreamHack Masters Spring. No RtR, por exemplo, a FURIA bateu tanto a MIBR, quanto a Team Liquid, por 2 a 0.
Mas o início da caminhada na competição não será dos mais fáceis, principalmente em função dos dois primeiros jogos. A FURIA vai encara MIBR e Team Liquid na sequência, podendo se complicar caso obtenha um resultado desfavorável nas duas MD3.
FURIA tem sido o principal nome do Brasil no cenário internacional | Foto: Reprodução/HLTV
TEAM LIQUIDLonge da sua melhor performance recente, a Team Liquid não tem conseguido emplacar boas apresentações nos torneios em que disputou, principalmente neste ano. Ainda assim, o peso da camisa da organização e a qualidade dos jogadores coloca o time como um dos principais da DreamHack Masters Spring da América do Norte.
No Grupo A, eles podem ser um calo no sapato dos brasileiros, principalmente se voltarem a apresentar o Counter-Strike que o colocou no topo do mundo no meio da última temporada. Pelo Road to Rio NA, no entanto, eles só avançaram para os playoffs após uma combinação de resultados que deixou a MIBR de fora da fase decisiva. Além disso, das três derrotas do time no RtR, duas foram para a FURIA, sendo uma na fase de grupos e outra no mata-mata
Desempenho recente da Liquid não tem sido convincente | Foto: HLTV.org
CHAOSA Chaos caiu na DreamHack Masters Spring 2020 de paraquedas. O time foi convidado para participar após o disband da Bad New Bears, que estaria presente no Grupo A. Com isso, a equipe americana entra sem pressão no grupo. No desempenho recente contra times menores a Chaos vem de uma boa sequência de vitória, mas o mesmo não é visto com equipes mais capacitadas do cenário.
Nos eventos que disputou neste ano, por exemplo, sequer conseguiu destaque nas participações. Passando desapercebida por grande parte deles, o time quer mostrar que pode tentar galgar por prêmios maiores no cenário da América do Norte.
Chaos foi convidada para o lugar da BNB | Foto: Alex Maxwell/DreamHack
EVIL GENIUSESDando início aos times do Grupo B, A Evil Geniuses chega para DreamHack com uma missão semelhante a da MIBR. O time que já esteve em alta no cenário competitivo e por pouco não disputou a final do
StarLadder Berlin Major 2019 ainda não conseguiu reencontrar o bom jogo apresentado na última temporada.
Para piorar ainda mais a situação, chega desacreditada pela torcida depois de ficar de fora dos playoffs do RtR da América do Norte. Precisando se provar para mostrar que continua forte no cenário norte-americano, a EG conta com um grupo mais fraco e tem de tudo para se recuperar e tentar fazer uma boa campanha.
Assim como a Liquid, time está em baixa no NA | Foto: HLTV.org
100 THIEVESO australianos vêm dando trabalho desde que chegaram à América do Norte. Esse vai ser o terceiro torneio em sequência disputado nos Estados Unidos. Antes, esteve presente na 11ª temporada da ESL Pro League e conseguiu uma excelente campanha no Road to Rio, pelo menos na fase de grupos.
Provando que tem o que agregar a um cenário contestado na cena mundial do
Counter-Strike: Global Offensive, a 100 Thieves chega com chances de, pelo menos, beliscar uma vaga nos playoffs.
100 Thieves tem sido uma pedra na sola do calçado dos times NA| Foto: HLTV
GEN.GEm alta com a torcida, a Gen.G chega para a DreamHack depois de uma campanha brilhante no RtR. Além do primeiro lugar no Grupo A, o time também bateu a FURIA, que, até então, vinha fazendo a melhor campanha na competição. De bem com a vida, o time americano quer manter a boa campanha que tem feito nesta temporada.
Além de faturar a primeira RtR do ano, a equipe também já levantou um troféu DreamHack em 2020. A equipe levou a melhor na
DH Open Anaheim 2020, vencendo justamente a FURIA na grande final. O torneio ainda tinha a participação da MIBR, além de outras equipes como
North,
Complexity e
ENCE.
Em alta, time já faturou um torneio DreamHack este ano | Foto: Stephanie Lindgren/DreamHack
Cloud9Superando às expectativas no RtR, a Cloud9 terminou o torneio em terceiro lugar, perdendo apenas para a própria Gen.G. Com um Grupo B em aberto, o time possui chances de classificação para a fase decisiva caso repita o bom desempenho na última competição. No entanto, uma das derrotas para o time na fase de grupos do Road to Rio foi justamente para a 100 Thieves, companheira de grupo na DreamHack Masters Spring.
De qualquer forma, a equipe vem para mostrar que pode ir longe mais uma vez e apresentar um desempenho ainda melhor que o último. Pra isso, além de precisar fazer a revanche contra os australianos, também precisa evitar uma nova derrota para a Gen.G. Na abertura da competição vai enfrentar a Evil Geniuses, de quem venceu no RtR.
Equipe precisa se provar no cenário da América do Norte | Foto: HLTV
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