Pré-jogo: MIBR enfrenta a G2 na estreia da ESL One Cologne EU

Rodada inaugural colocará bootcamp do MIBR e evolução francesa em prova

por Pedro Umberto  / 18 de Ago de 2020 - 14:56 / Capa: Arte/DRAFT5
Com a ESL One Cologne dividida em regiões devido ao coronavírus, e também sendo disputada de forma online, equipes de regiões diferentes não se enfrentam há meses. Com exceção dos times europeus, que por proximidade conseguem jogar um contra o outro, o continente norte-americano se manteve isolado e criou uma certa ''bolha'' de equipes, não possuindo um grande repertório e ficando repetitivo. Tanto para quem joga, quanto para quem assiste.

Entretanto, há quase um mês, foi revelado que o MIBR iria disputar a divisão europeia de Cologne, visto que os brasileiros foram à Europa treinar. Com isso, o cenário mudou por completo, aumentando as expectativas do público para o segundo semestre. Inclusive, em conversa com a DRAFT5 no OVERTIME, Epitácio "TACO" de Melo alegou que o estilo de jogo europeu é mais "benéfico", criando ainda mais euforia na torcida.

No próximo dia 19 os brasileiros estrearão contra a G2 Esports, equipe que até a intertemporada vinha muito bem. Dado tudo isso, neste artigo falaremos sobre o clássico França e Brasil, este que é proveniente dos gramados e agora também é presente nos teclados.

O RAIO-X ENTRE AS NAÇÕES


Historicamente, assim como no futebol, o confronto entre o core brasileiro e a G2 sempre foi acirrado. Para os mais antigos, a grande final da ESL Pro League 3, quando os brasileiros ainda defendiam a LG, é única. De um lado Adil ''ScreaM'' Benrlitom e Ricardo ''shox'' Papillon, do outro, Marcelo ''coldzera'' David. Cinco mapas, título brasileiro. O enredo estava sendo criado.

Depois disso, diversos outros confrontos aconteceram. Resultando em títulos para ambos os lados, mas o gosto que ficou é de freguesia. Era dos brasileiros sobrando, com coldzera e cia brilhando ao extremo.

Desde a entrada no MIBR, apenas uma vitória para os brazucas, e esta conquistada com Wilton ''zews'' Prado atuando. Fora isso, empate recente na cs_summit 5 e duas duras derrotas: fase de grupos da IEM Chicago 2019StarLadder Major Berlin 2019, onde o até então treinador brasileiro também jogou.

Com pouco tempo de time, MIBR não conseguiu vencer a G2 na cs_summit 5. Foto: Todd Gutierrez/Beyond the Summit

EQUIPES VIVEM MOMENTOS DISTINTOS


Se de um lado os brasileiros tentam fazer valer a pena a contratação de Alencar "trk" Rossato e mostrar evolução para a torcida brasileira, do outro os gálicos querem sair do zero. Parar de bater na trave e fazer o gol.

No total, são três vices na temporada para Kenny "kennyS" Schrub e amigos. Pelo outro lado, apesar de todas as críticas sofridas durante o ano, dois vices. Porém, é inegável a diferença entre os momentos. Um briga pelo topo, outro para chegar lá.

Caso a expectativa seja cumprida, a tendência é de um bom embate, relembrando os velhos tempos, onde kennyS e FalleN disputavam quem pescava mais o outro durante uma duradoura série. No fim, respeito é o mínimo que se espera para que o espetáculo aconteça da melhor forma. São três Majors e muita história em jogo - mesmo com o ''momentum'' estando do lado dos franceses.

Desde a chegada de nexa e huNter, a G2 elevou o patamar de sua equip. Foto: HLTV.org

RESUMO DA ÓPERA


Contudo, o confronto entre a quinta melhor equipe do mundo e a décima sexta será resolvida dentro do servidor, esquecendo tudo de fora. Lá, as coisas são diferentes e resolvidas no tiro, deixando histórias, conquistas e tristezas para trás.

No confronto válido pela rodada inaugural de Cologne, que será melhor de três, já sabemos o que não esperar: Nuke e Overpass. De um lado os brasileiros, como de praxe, optam por deixar o mapa de fora da rotação. Ademais, é um mapa forte dos franceses, inclusive com vitória convincente pra cima da BIG, a melhor equipe do mundo. Pelo lado dos franceses, a Overpass é um mapa inexistente. Mesmo com kennyS inspirado, não gostam de atuar por lá e possuem a mesma % de banimento da Nuke brasileira.

Caso a G2 comece escolhendo, a Dust2 é quase inevitável, o que assusta pelo retrospecto recente do MIBR lá. Pelo lado dos brasileiros, a escolha mais lógica seria a Train, tentando deixar FalleN e Vito "kNgV-" Giuseppe na zona de conforto. Caso necessário, a tendência é que Inferno decide a série, visto que é um mapas que ambas as equipes jogam, mas não é prioridade.

Por último, mas não menos importante, é valido ressaltar que caso os brazucas queiram surpreender, a escolha da Vertigo pode ser interessante. Apesar de ter conquistado apenas uma vitória em três jogos, é um mapa que FalleN e companhia já mostraram vontade em jogar.

Durante a intertemporada, kNg demonstrou estar com sede de vitória em suas redes sociais. Foto: Reprodução/MIBR


Em um confronto deste nível, é difícil escolher um favorito, ainda mais envolvendo o Brasil. Como citado anteriormente, o momento é da G2. Mas, como todos sabem, o resultado é resolvido dentro do servidor. A ver o que acontecerá nos próximos capítulos do clássico intercontinental.
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