"Poderíamos ter lidado melhor com isso", diz Tomi sobre negociação com cogu e jogadores

Executivo revelou que diferença entre as ofertas chegava a R$3,7 milhões

Foto: Helena Kristiansson/DreamHack
Tomi Lurppis, executivo da Immortals Gaming Club (IGC) quebrou o silêncio na madrugada desta sexta-feira (8) após ser alvo de duras críticas em relação à forma como levou a negociação para renovar o contrato com os jogadores do MIBR. Durante uma transmissão de Alexandre "Gaules" Borba, Raphael "cogu" Camargo chegou a citar que se sentiu "tratado como um lixo". Nas redes sociais, Tomi respondeu diversas perguntas e expôs o ponto de vista que, até então, era desconhecido pela maior parte da comunidade. Indo ao encontro do que foi dito por cogu, agora ex-treinador e manager do MIBR, o executivo concordou que poderia ter "lidado melhor com isso", se referindo a negociação.
Foto: Adela Sznajder/DreamHack
Entretanto, não deixou de ponderar que o valor pedido pelos jogadores não teria como ser acatado pela organização, criando um impasse entre ambas as partes e fazendo com que não houvesse uma forma de "chegar a um acordo". Pouco antes do anúncio da saída dos jogadores, o ge revelou que o valor apresentado à equipe era de $10 mil (R$52 mil) por mês. "A diferença era em torno de $700 mil (R$3,7 milhões) em custos anuais entre as ofertas. Quer pagássemos pela compra de leo_drk (a Sharks disse que não venderia) ou não. Não tínhamos chance de chegar perto o suficiente. E isso era problemático", confessou.   No decorrer desta semana, os jogadores envolvidos com o projeto utilizaram as redes sociais para publicar "F". O meme, usado como forma de demonstração de luto, foi visto com maus olhos pela diretoria da IGC e por Tomi, que achou a atitude "incrivelmente infantil". Segundo o executivo, a publicação foi feita antes da ligação realizada com os jogadores para falar sobre o contrato e no meio das negociações. Isso que teria feito com que Tomi acreditasse que a line-up não seria o caminho que a organização gostaria de seguir, mas que, ainda assim, mantiveram a oferta. Outro ponto levantado por Tomi foi para esclarecer a posição em que ele ocupa na organização atualmente, onde reiterou que não ocupa mais o cargo de GM da tag desde novembro de 2018. Isso porque, segundo ele, "existem pessoas melhores para administrar o MIBR" e, por isso, não tem nenhuma função no dia-a-dia da organização. Independente da situação em que o MIBR se encontra nesse momento, a organização é uma das confirmadas na BLAST Premier Spring. Prevista para começar em fevereiro, a competição acontecerá totalmente online na Europa, mas reunirá algumas das principais equipes do cenário competitivo mundial.   Com a corda do prazo no pescoço, Tomi apontou que a organização já está trabalhando em uma nova lista de jogadores, além de ressaltar que apresentarão novidades já nos próximos dias: "Deixamos os jogadores comandarem o time até setembro, e esse foi o nosso erro. Estamos planejando resolver isso nas próximas semanas, quando a nova estrutura, line, etc, for anunciada", disse.