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Para dead, MIBR não estava “preparada para ganhar um Major”, e vê "adiamento favorável"

Ricardo afirma que MIBR não passa por um momento de reconstrução, mas transição e mudança na mentalidade

por Filipe Carbone / 29 de Mar de 2020 - 16:59 / Capa: HLTV.org
Dois dias após ser varrida pela Team Liquid na ESL Pro League Season 11 Americas, a MIBR voltou a se apresentar pela Flashpoint e conseguiu se recuperar com uma vitória de 2 a 0 contra a Orgless. Logo após a partida, Ricardo "dead" Sinigaglia participou de uma "mesa redonda" com narradores, comentaristas e Lucas "BNV", redator da DRAFT5.

Dentre as perguntas feitas ao coach momentâneo do time, dead falou sobre a preparação da MIBR para o ESL One Rio Major 2020, aposta em revelações do cenário brasileiro, chegada de um novo treinador e preparação do time para os próximos campeonatos.

Inicialmente previsto para acontecer entre os dias 11 e 24 de maio, o torneio acabou sendo transferido para novembro em função da epidemia do novo coronavírus (Covid-19). Para dead, a mudança foi favorável para a MIBR, principalmente porque o time não estava preparado para vencer o Major.

"Temos um tempo a mais de preparação. Acho que se fosse agora teríamos objetivos diferentes. Não estávamos preparados para ganhar um Major. Talvez se fosse em maio entraríamos para a torcida, mas em novembro vamos jogar um Major para ganhar", disse.

NOVO COACH

Algumas horas depois de Wilton "zews" Prado anunciar a saída da organização, Gabriel "FalleN" Toledo abiu uma livestream e, durante ela, tirou algumas dúvidas dos fãs. Entre elas, confessou que dead seria o coach do time por tempo indeterminado. Após o jogo, Ricardo confirmou que a equipe não está procurando por nenhum treinador.

"No momento não estamos procurando por ninguém e vamos seguir desse jeito", afirmou dead. Em seguida, ele afirmou que "o menor problema da MIBR é um coach". Além disso, ele afirmou que "no Brasil não tem ninguém capacitado para estar no time".

Ricardo chegou a citar que Alessandro "Apoka" Marcucci poderia ser um desses nomes, mas que isso não é cogitado. Por fim, dead foi categórico ao ser questionado se Luis "peacemaker" Tadeu poderia ser um desses nomes: "não".

NOVOS TALENTOS

Ainda durante a transmissão, o manager e novo coach da MIBR respondeu sobre a possibilidade de novos talentos do cenário brasileiro terem vez no time. Para dead, a pressão que os jogadores receberiam ao jogar em um dos maiores times do Brasil "pode acabar com a carreira de um menino".

"É preciso ter responsabilidade", respondeu dead sobre a contratação de jogadores mais jovens. Para ele, esses jogadores precisam ser testados e recomendou para que "quando tiver uma oportunidade ir pra fora". "Skullz, Latto, Dumau... Esses caras têm idade para ser muito bom, mas se continuar no Brasil vão dominar o país. Eles precisam estar perto dos times que ele querem ir para talvez ter uma chance".

Dead também revelou que Ignacio "meyern" Meyer foi uma escolha de zews e que ele já era conhecido em grandes campeonatos. "Ele já estava jogando aqui, se despontou por aqui e a galera viu que ele já jogou em grandes campeonatos e que daria pra apostar".

RECONSTRUÇÃO E ESTILO DE JOGO

Um dos grandes questionamentos do torcedor da MIBR é em relação ao estilo de jogo da equipe. Sem vencer um grande torneio desde que assumiu a tag, o time já passou por diversas mudanças, principalmente na lineup e com treinadores.

Agora como coach, dead assumiu que também "não concorda muito" com o estilo de jogo lento do time capitaneado por FalleN. Mas, ainda assim, ele afirma que o time está tentando mudar aos poucos e citou um padrão mais acelerado visto, principalmente nas partidas da Flashpoint.

"Mas tem que entender que, às vezes, você vai jogar lento. Hoje eu tenho os melhores jogadores lentos do mundo e é preciso fazer uma adaptação. Temos que ter de tudo, não pode ser algo unilateral. Temos que ter tudo bem treinado para que Gabriel ou Taco consigam executar as ações a dispor deles", apontou dead.

Por fim, Ricardo negou que a MIBR passe por um momento de reconstrução, mas por uma transição na mentalidade e na filosofia. No entanto, ele afirma que para isso acontecer é preciso tempo. Para ele, "hoje o time tem pessoas que querem fazer dar certo e dispostos a dar tempo para isso acontecer".
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