Os melhores no Brasil em 2020: (3) - boltz

Boltz terminou a temporada com 75,4 D5 points, 22 a menos que o segundo colocado e 67 pontos a menos que o primeiro da lista!

Foto: Arte/DRAFT5
Se atualmente as recentes versões de Xbox e PlayStation são os consoles mais procurados no mundo, antigamente o Super Nintendo era o preferido da criançada pelo poder de entreter que tinha com o saudoso Mario Bros. E foi com o famoso jogo do encanador que Ricardo "boltz" Prass conheceu o mundo dos games.

BOLTZ, O SUPER JOGADOR

Foi em uma das principais capitais do país, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que boltz nasceu. Ou melhor, Ricardo Grêmio, antigo nick utilizado pelo agora jogador do MIBR, o qual não achou muito legal para utilizar no competitivo. A inspiração da atual alcunha foi dada pelo filme infantil Bolt - Supercão (2008). Assim como muitos outros jogadores que atualmente competem no CS:GO, boltz conheceu o FPS da Valve pelas antigas versões: a começar pela prestigiada 1.6 e, posteriormente, Source. Tais versões foram bastante importantes para a formação do boltz que conhecemos hoje. Isso porque foi no 1.6 que o jogador conheceu as lan houses, as quais frenquetava com o irmão e os amigos, enquanto no Source teve início quando ganhou um computador próprio e por lá começou a tomar gosto pelo competitivo.
Divulgação / Games Academy

DO TIME DO PRIMO AO TOPO DO MUNDO

Os primeiros passos dados pelo atleta no competitivo foram em uma equipe montada junto de um primo e um vizinho, por volta de 2013. Foi neste ano que a trajetória do jogador começou a ser registrada, a começar pela r1seCup 2013 SerieA, a qual disputou pela 4Destruction. Esse torneio contou com a participação de times conhecidos na época, como playArt de Gabriel "FalleN" Toledo, e o time de boltz não conseguiu ir muito longe, amargando a 7º/8º colocação. Na sequência, boltz disputou a primeira XChallenge  pelo Downstage. O resultado, novamente, não foi dos melhores já que, com duas derrotas, o time acabou sendo eliminado nas fases finais. Mas não demorou muito para o jogador sentir o gostinho de disputar uma final. Isso aconteceu na primeira temporada da Liga A promovida pela XCL – empresa que deu origem a Gamers Club –, na qual ficou com o vice após perder para ProGaming.TD de FalleN e companhia. O primeiro título veio em 2014, defendendo o GoldenGlory, equipe que na época contava com nomes que, no futuro, se tornariam grandes jogadores, como Marcelo "coldzera" David e João "felps" Vasconcellos. A conquista aconteceu na XCL ProGaming League #1, competição na qual derrotaram Inflames na final. boltz, pela Baixíssimo Nível, venceu também a segunda edição da liga, agora contra a ProGaming.TD. Os bons resultados somados às boas atuações, levaram boltz a uma das principais tags da época, ProGaming.TD, com a qual foi vice da Games Academy Master League #1 para a KaBuM!. No primeiro presencial, X5 Mega Arena 2014, mais uma vez vítima para os alaranjados, ficando assim na 3ª/4ª colocação. A partir deste ponto, uma grande reviravolta aconteceu no cenário, a qual ajudou boltz alçar voos no cenário internacional. Trata-se da junção de duas das principais equipes da época: KaBuM! com ProGaming.TD, que resultou na KaBuM.TD. A estreia da equipe foi no Circuito Game7, torneio no qual acabou sendo surpreendida pela Dexterity Team nas semifinaisMas a frustração pelo resultado aquém do esperado passou rápido por conta da classificação para a MLG Aspen Invitational. Na seletiva, o time conseguiu não somente a vaga, mas também a vingança contra a Dex.
Arquivo pessoal
Lá em Aspen, boltz e companhia começaram a construir a gloriosa história do Brasil no cenário mundial. É bem verdade que a KaBuM.TD não foi muito longe nessa MLG. Contudo, a equipe saiu com uma bastante comemorada vitória sobre a Cloud9 pela fase de grupos. As participações nas competições internacionais não pararam por aí. KaBuM.TD jogou também a Clutch Con 2015, na qual conseguiu chegar no mata-mata e arrancar um mapa da poderosa fnatic, a qual foi a algoz da equipe brasileira. Mas o melhor estava por vir. Trata-se da tão sonhada classificação para o Major. O time chegou ao classificatório sendo um dos participantes convidados. A estreia não foi das melhores por conta da derrota sofrida para o mousesports. Mas, na repescagem, a KaBuM.TD se recuperou e carimbou a participação no ESL One Katowice 2015 após triunfar sobre INSHOCKTeam Dignitas, respectivamente. No primeiro Major de uma equipe brasileira, boltz e companhia continuaram fazendo história. Já pela então Keyd Stars, o time foi bem na fase de grupos e conseguiu se classificar para o mata-mata. Nas quartas de final, derrota para um dos grandes  da época, Virtus.pro. O revés só teve um gosto um pouco mais doce porque, mesmo eliminada, a equipe conseguiu a classificação automática para o Major seguinte, ESL One Cologne 2015.
Foto: HLTV.org
Passado o Major, a Keyd retornou ao país e, logo no primeiro compromisso, veio o título da r1seCup, com os Guerreiros levando a melhor sobre a Dexterity na final do presencial. Contra esta mesma equipe, medalha de ouro também na Divisão 1 da primeira temporada da Liga Games Academy. Já na Liga Razer 2015, boltz e companhia acabaram sendo vice para a Dex. O segundo semestre de 2015 começou com Keyd voltando a competir fora do país. Na seletiva para a FACEIT League 2015 Stage 2, o time ficou com o quase ao perder para a Luminosity (LG) na semifinal e, assim, não conquistar a vaga. A temporada seguiu com a participação no HTC Reborn Invitational, torneio no qual a equipe não foi muito bem ao perder para affNity nas quartas de final. A frustração não demorou muito visto que, no torneio seguinte, o iBUYPOWER Invitational Summer 2015, a Keyd conquistou o primeiro título internacional ao derrotar Team Liquid na decisão. Outro bom resultado foi a classificação para a fase final da antiga ESL ESEA Pro League Season 1 (atual ESL Pro League), na qual passaram da fase de grupos, mas pararam nas quartas de final por conta da derrota para fnatic. A equipe ainda teve a oportunidade de disputar a Electronic Sports World Cup (ESWC) 2015, competição na qual teve um resultado aquém do esperado já que não conseguiu passar da fase de grupos ao vencer uma das três séries que disputou. O compromisso seguinte foi o segundo Major da temporada, no qual boltz e companhia disputaram pela Luminosity. Novamente o time conseguiu chegar ao mata-mata, mas com a vaga sendo conquistada nas base do detalhe. A estreia foi com vitória sobre sobre a Team Kinguin pelo Grupo B. Na sequência, derrota para EnVyUs, que jogou os brasileiros na repescagem, onde em uma disputada MD1 – com direito a prorrogação – venceu FlipSid3 Tactics. Contudo, mais uma vez, a fnatic foi algoz do time de boltz no primeiro confronto da fase eliminatória. A derrota só não doeu tanto porque terminar o ESL One Cologne 2015 no Top 8 significava para a Keyd vaga garantida no próximo Major.
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Já que estava representando uma organização norte-americana, a equipe seguiu a temporada 2015 competindo naquela região. Bons resultados vieram, como os vice-campeonatos na WinOut.net CS:GO Championship, após derrota para CLG, e iBUYPOWER Invitational Fall 2015, perdendo para Liquid na decisão. Nesse meio tempo, ainda teve a participação na primeira temporada do CS:GO Championship Series, do qual não conseguiu se classificar para a fase mundial. Em contrapartida, a Luminosity de boltz conseguiu avançar para as finais da CEVO Season 8 após o time ir bem na divisão americana e se classificar para a FACEIT 2015 Stage 3. Ainda em 2015, mais uma participação em Major, agora o da DreamHack Open Cluj-Napoca. A performance foi um pouco melhor do que nos dois anteriores porque, neste, a equipe liderou o grupo no qual estava. Contudo, mas uma vez, não conseguiu passar das quartas de final, sendo eliminado agora para Natus Vincere. O bom, pelo menos, é que a classificação para o Major seguinte estava assegurada.
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Nos últimos meses do ano, a LG conseguiu ainda avançar para a fase mundial da FACEIT 2015 Stage 3, o 3º/4º lugar no presencial do iBUYPOWER Cup, enquanto no RGN Pro Series ficou na 4ª colocação. Teve ainda a classificação para as finais da ESL ESEA Pro League Season 2 após excelente campanha na divisão norte-americana, fora a medalha de bronze na RGN Freedom Cup. boltz iniciou 2016 voltando a competir no Brasil e em outra equipe, a Games Academy, com a qual não conseguiu passar da fase de grupos da MAX5 Invitational. No torneio seguinte, título da edição de dezembro/2015 da Ligas Academy - Professional após triunfo sobre Team Alientech. Outra importante conquista, a ida para classificatório do Major do MLG Columbus 2016. Com isso, o atleta voltou a competir na América do Norte e representar uma organização de lá: Tempo Storm. Os bons resultados continuaram, como a vaga assegurada na IEM Season X após ser o melhor time do classificatório americano, o título da RGN Winter Classic II pós-vitória sobre Splyce e a participação garantida na DreamHack Masters Malmö 2016, com o 1º/2º lugar na seletiva da região.
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A vitoriosa sequência acabou na seletiva final para o Major de Columbus, na qual a Tempo Storm não conseguiu a vaga. Na IEM o time conseguiu ficar no Top 6 ao fazer a segunda melhor campanha do Grupo B, liderado pela Astralis, e depois perder para Natus Vincere nas quartas. Já no iBUYPOWER Invitational Spring 2016, Top 8 ao não conseguir superar a CLG também nas quartas. Outro título obtido foi da ESEA Premier Division Season 21 da América do Norte após triunfo sobre Ze Pug Dogz, enquanto na Stream.me Gauntlet contra Obey Alliance e, na CEVO Pro League Season 9, a medalha de ouro foi obtida contra SK Gaming na decisão. Já na DreamHack Open Austin 2016 o time foi vice para a LG, enquanto em Malmö amargou a 9ª/12ª colocação ao não passar da fase de grupos. Resultado favorável também na seletiva americana para o Major do ESL One Cologne 2016, com a Tempo Storm conseguindo vaga no classificatório final, o qual disputou já defendendo a Immortals e, novamente, não conquistou a tão sonhada vaga para o torneio chancelado pela Valve. Contudo, na DreamHack Open Summer a equipe voltou a subir no degrau mais alto do pódio ao vencer o Ninjas in Pyjamas. Triunfos também na DreamHack Open Summer 2016, com direito a vitória sobre o lendário Ninjas in Pyjamas, e na Nothern Arena 2016 - Toronto, a qual foi campeão ao derrotar a Cloud9, fora o iBUYPOWER Invitational Fall 2016 após triunfar sobre OpTic Gaming. Nesse período, a Immortals conseguiu ainda se classificar para a ELEAGUE Season 2, para as as finais do StarLadder i-League StarSeries Season 2, e terminar a CyberPowerPC Summer 2016 Pro Series na 3ª/4ª colocação. Sem contar ainda com a classificação para a ECS Season 2. Já no segundo semestre daquele ano, a Immortals foi vice na divisão americana da ESL Pro League Season 4 (EPL), conseguindo a vaga paras as finais, onde não foi muito longe ao terminar na 9ª/10ª colocação. Resultado parecido aconteceu na ELEAGUE Season 2, a qual terminou amargando o 13º/16º lugar. Naquele ano, novamente, boltz foi em busca de mais uma participação no Major. A saga começou com a 3ª/4ª posição na seletiva americana, a qual assegurou a Immortals no Minor. Após muito bater na trave, o time conseguiu se garantir no ELEAGUE Major Atlata 2017. Mas antes disso, houve ainda o título do iBUYPOWER Masters 2016, com triunfo sobre Cloud9, e campanhas modestas na IEM XI - Oakland e nas finais da ECS Season 2.
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O ano de 2017 começou com a Immortals se classificando para a IEM XI, competição na qual terminou na 3ª/4ª colocação. Outra vaga garantida aconteceu na StarLadder i-League StarSeries Season 3. Neste torneio em questão, o time teve uma campanha modesta com a 9ª/11ª colocação. Na sequência, vice na DreamHack Open Austin 2017 para a Gambit e medalha de ouro no EsportsArena Santa Ana Showdown Championship. O jogador e a equipe também avançaram para as finais da ESL Pro League Season 5, torneio no qual terminou na 9ª/10ª colocação, e terminaram o Subaru Invitational 2017 em 3º/4º lugar. Já na divisão americana da ECS Season 3, a vaga para a fase final não veio, mas a frustração foi deixada de lado com mais uma classificação para um Major, o do PGL Kraków 2017. Antes de disputar a competição apoiada pela Valve, a Immortals terminou a DreamHack Open Summer 2017 na 3ª/4ª colocação após perder para fnatic na semifinal, enquanto na ESL One Cologne 2017 não conseguiu passar da primeira fase. Lá em Cracóvia, na Polônia, a Immortals foi excelente. A equipe de boltz começou o torneio de forma modesta, mas cresceu bastante no mata-mata, conseguindo chegar na decisão. Os brasileiros largaram na frente no confronto valendo o título, mas acabou sofrendo a virada e, com isso, sendo vice-campeões.
Foto: HLTV.org
A temporada seguiu com boltz e Immortals conseguindo se classificar para a ELEAGUE CS:GO Premier 2017, competição na qual ficou na 9ª/12ª colocação. Campanha um pouco melhor foi obtida na DreamHack Masters Malmö 2017 com um 5º/8º lugar. Já na DreamHack Open Montreal 2017, vice-campeonato após derrota para a North na decisão. O último compromisso do jogador pelo time foi a Last Chance para o ELEAGUE Boston Major 2018, para o qual não conseguiram se classificar. Da Immortals, boltz foi para a SK, onde estreou com o título da EPICENTER 2017. Nesse torneio, o time brasileiro derrotou a Virtus.pro na decisão. A equipe seguiu para a IEM Master XII - Oakland, na qual foi parada pelo Ninjas in Pyjamas nas semifinais. Depois disso não conseguiu avançar para as finais da ECS Season 4, mas foi campeã da BLAST Pro Series Copenhagen 2017 em cima da Astralis  e da EPL Season 6 contra FaZe Clan. Mais um título no início de 2018, o da seletiva norte-americana para WESG 2017, conquista a qual levou a SK para as finais. Na sequência, o time ficou com a medalha de bronze na cs_summit 2, ficou em 5º/8º lugar na StarLadder & i-League StarSeries Season 4, terminou a IEM XII na 7ª/8ª colocação e amargou a 17ª/22ª colocação na WESG. Os resultados abaixo do esperado continuaram na DreamHack Masters Marseille 2018 (9º/12º), na divisão americana da EPL Season 7 (6º), na IEM Masters XIII - Sidney (13º/16º), na ECS Season 5 - North America (7º) e nas finais da sétima EPL, a qual ficou em 5º/6º lugar. O jejum foi quebrado com o título da Adrenaline Cyber League 2018 sobre AVANGAR, com direito a "dobradinha" na Moche XL Esports 2018 contra HellRaisers. Contudo, nesse meio tempo, teve ainda um modesto 5º/8º na StarSeries & i-League CS:GO Season 5 e eliminação nas semifinais do ESL One Belo Horizonte 2018.
Foto: Lucas Spricigo/DRAFT5
Aquela temporada ainda reservou reviravoltas para boltz. A primeira delas foi o jogador, junto com os companheiros de SK, indo defender o MIBR no retorno da lendária tag ao Counter-Strike. Passagem esta que não durou muito tempo, com o atleta disputando apenas uma grande competição pelo time, o ESL One Cologne 2018, no qual os brasileiros terminaram na 7ª/8ª colocação. A saída do jogador não foi imediata, com boltz ficando no banco de reservas por quatro meses até ser chamado para voltar a defender a Luminosity, na qual reestreou na seletiva fechada norte-americana para o Major do ESL One Cologne Katowice 2019. A vaga, contudo, não veio, assim como a classificação para a StarSeries & i-League CS:GO Season 7. Por conta de problemas de visto, boltz iniciou 2019 no Brasil, disputando a Liga Pro de janeiro pela W7M Gaming, com a qual ficou em 3º/4º lugar após derrota para INTZ Academy na semifinal. Com o imbróglio resolvido, o jogador voltou a defender a LG, com a equipe falhando na classificação para a IEM XIV - Sidney, mas, posteriormente, se assegurando na ECS Season 8.  O time conseguiu ainda fechar a ESEA Premier Division Season 30 na 3ª/4 colocação e ser um dos quatro melhores da divisão americana da EPL Season 9, assegurando assim a participação nas finais, onde o time foi eliminado na repescagem do Grupo B para o MIBR. Mais um resultado frustrante aconteceu no Minor para o StarLadder Berlim 2019, com a LG não obtendo a vaga para o Major. Esse foi um dos últimos torneios do elenco pela organização americana. Com a separação do elenco dispensado pela Luminosity, deu tempo para boltz vestir uma nova camisa em 2019, a da INTZ. E o jogador teve um bom início junto aos Intrépidos, conseguindo o título da ESEA Premier Divison Season 32, fora um Top 6 na DreamHack Open Atlanta 2019 e Top 4 no ESEA Global Challenge Season 32.
Foto: Divulgação/BOOM

2020 E A ERA CONSTRUÍDA NO BRASIL

A temporada passada começou com boltz e INTZ buscando classificações para torneios importantes. A equipe até conseguia chegar nas seletivas fechadas, mas sem muito sucesso e, assim ficando de fora das finais de IEM XVI, DreamHack Open Leipzig 2020 DreamHack Open Anaheim. Fora isso, teve o título da WINNERS League Season 3 após vitória sobre Swole Patrol. Com o contrato firmado entre a equipe e a INTZ chegando ao fim, o elenco precisou encontrar uma nova organização para chamar de sua, sendo assim contratado pela BOOM, clube da Indonésia. Reviravolta que não parou por aí porque, por conta do novo coronavírus, o time precisou retornar ao Brasil e abrir mão das finais da EPL Season 11, que seriam disputadas em Malta. De acordo com boltz, não foi uma decisão fácil e que nem todos estavam de acordo com o retorno do time ao Brasil por conta do bootcamp e a disputa na EPL. "Porém, era algo totalmente novo, que envolvia saúde e família de todos. Então, a maioria decidiu em voltar e ficar no Brasil durante a pandemia". Passado tudo o que a BOOM conquistou no ano passado, é mais do que certo falar que foi uma decisão acertada retornar ao país natal. A primeira das muitas taças levantadas foi o do ESL One Road To Rio, torneio que valeu pontos para o ranking regional para o Major. boltz e companhia fizeram uma campanha impecável, com direito a nenhum mapa perdido e triunfo sobre Isurus na decisão. Na sequência, o time subiu no degrau mais alto do pódio do CBCS The Rising, no qual confirmou o favoritismo diante a Redemption. A "tríplice coroa" aconteceu no Redragon Challenge, com mais uma vitória sobre os Tiburóns, essa um pouco apertada. As conquistas aumentaram com as vitórias obtidas na Gamers Club Masters V, com direito a não deixar a paiN Gaming ser tricampeã, no Esportsmaker Invitational, derrotando Prodigy na final, na divisão sul-americana da EPL Season 12, diante Sharks. Fora o bicampeonato do CBCS, com o título do The Revenge, sobre Imperial, e a FiReLeague contra Isurus. Também não podemos esquecer do Tribo To Major, outro torneio voltado para a América do Sul que valeu pontos para o ranking regional do Major. Nesse, novamente, a BOOM levou a melhor sobre a Sharks. "Aqui no Brasil não há como negar que fizemos um ano perfeito. Mas, obviamente, queríamos ter competido lá fora em torneios mais fortes", afirmou o jogador em avaliação sobre 2020. Na visão do atleta, o campeonato em que teve o melhor desempenho foi o Tribo to Major.

O 3º MELHOR NO BRASIL EM 2020

Arte/DRAFT5
O sucesso de boltz no Brasil não foi só coletivo junto à BOOM. Individualmente, o jogador teve exibições espetaculares. E realmente o Tribo To Major foi o melhor campeonato do atleta já que nele foi eleito pela DRAFT5 como o Jogador Mais Valioso (MVP) com números impressionantes: 1.41 de rating 2.0, além de  1.31 de taxa de impacto, 0.54 de DPR, 0.9 de KPR, 93.6 de ADR e 81.2% de KAST, sendo o melhor do campeonato em cinco dos seis aspectos citados. Outro MVP obtido pelo jogador aconteceu na FiReLEAGUE, a qual terminou com 1.37 de rating 2.0, 1.70 de KD e +32 de KD / Difference. Fora isso, boltz foi eleito EVP no ESL One Road to Rio, GC Masters V, Esportsmaker Invitational, EPL Season 12 South America e CBCS The Revenge, outro torneio onde teve grandes números: 1.39 de Rating 2.0 e KD / Difference de +49. Por conta disso, o atleta terminou 2020 com 75,4 D5 Points, o número é bastante expressivo, mas numa temporada em que sua equipe dominou o cenário, acabou ficando com 22 a menos que o segundo colocado e 67 pontos a menos que o primeiro da lista! O atleta fechou o ano com 1.23 de rating 2.0, 83.3 de ADR - ambos os 4º maiores do Brasil -, 1.35 de KD e 34 clutches vencidos - ambos os 3º maiores - e o segundo melhor KAST com 76,3%,
Arte/DRAFT5
Para boltz ter terminado o Top 20 melhores no Brasil 2020 melhor posicionado, faltou um pouco mais do jogador em alguns campeonatos que foi campeão, como CBCS The Rising e Redragon Challenge, onde sequer foi eleito EVP/MVP. Além disso, para o azar do atleta, outros companheiros de equipe conseguiram ter um brilho maior nas mesmas competições.