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"Os jogadores suecos se acham porque a Suécia sempre foi uma das melhores no Counter-Strike", diz f0rest

Veterano da Dignitas analisou os motivos para seu país sofrer com uma escassez de jovens talentos

por Lucas Benvegnú / 22 de Out de 2021 - 20:00 / Capa: Adela Sznajder/DreamHack

Patrik "f0rest" Lindberg é uma entidade na história do Counter-Strike. O sueco, hoje com seus 33 anos, é uma verdadeira lenda do FPS, transcendendo gerações e servindo de espelho para diversos jogadores que hoje tomam conta dos grandes palcos da modalidade.

Sua amada Suécia, entretanto, passa longe de ser uma grande potência no título da Valve como em outros tempos. Se foi a época onde seu país fazia finais de Major, revelava grandes talentos e colocava diversas equipes nos principais torneios do planeta.

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"Os jogadores suecos se acham porque a Suécia sempre foi uma das melhores nações no Counter-Strike. Por causa disso, muitas pessoas acreditam que serão grandes jogadores de um dia para o outro e se juntarão a um time tier-1", conta em entrevista ao pley.gg.

O veterano, hoje defendendo as cores da Dignitas ao lado de Adam "friberg" Friberg, contrapõe o defasado cenário de seu país com o dos vizinhos dinamarqueses, que além de terem desfrutado de grandes glórias nos últimos anos, renovam-se constantemente com novos talentos.

"As pessoas não querem lutar juntas, como um time, para alcançar uma meta coletiva. A qualidade e a ascensão dos jogadores dinamarqueses é o que falta na Suécia. Nosso cenário não se compromete com os times pequenos como a Dinamarca", afirma.

Com quase 20 anos de carreira, f0rest é uma das maiores lendas do Counter-Strike | Foto: Adela Sznajder/DreamHackCom quase 20 anos de carreira, f0rest é uma das maiores lendas do Counter-Strike | Foto: Adela Sznajder/DreamHack

"Por lá eles continuam juntos e cavam seu espaço entre as grandes. A Dinamarca nutre muitos times fortes nos níveis mais baixos que acabam crescendo rumo ao topo", pondera. f0rest ainda usa a Heroic, que há pouco mais de dois anos sequer marcava presença no top 30 do ranking mundial, como exemplo a ser seguido:

"A Heroic, por exemplo, batalhou no tier-2 e agora é uma equipe sólida equipe do top 5 no ranking mundial. No fim das contas, acredito que precisamos apenas ver mais time suecos seguindo juntos e tentando fazer com que as coisas funcionem", garante.

Puxando um pouco para o lado do saudosismo, o jogador, que começou sua carreira no longínquo ano de 2003, relembra uma realidade bem diferente da enfrentada pelo cenário sueco nos dias atuais:

"Quando eu comecei a jogar Counter-Strike, já existiam muitos times profissionais no meu país. Eu jogava com quatro amigos meus e todos nós tínhamos o mesmo objetivo: alcançar torneios em LAN e tudo mais. No caminho, nos tornamos muito bons, porque tínhamos o mesmo pensamento", recorda.

"Queríamos virar grandes jogadores, sermos um grande time. Não fomos muito longe, mas foi o suficiente para sermos contratados por outros times melhores", evoca. Por fim, o campeão de Major ainda passa a receita para o sucesso, tanto individual, quanto coletivo:

"Não é tão difícil ser reconhecido agora como era antigamente. Existem muitos torneios por aí, você só precisa de quatro companheiros que joguem com o mesmo propósito que você", finaliza.

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