O brasileiro que comandou um barco espanhol: o primeiro semestre de steel em 2021

Às vésperas do início da escrita deste artigo, a Movistar Riders pegou todos de surpresa ao anunciar a ida de Lucas "steel" Lopes para o banco de reservas do time. Ainda assim, o jogador mostrou aos espanhóis que o Brasil também pode ser referência quando se trata de navegar em águas estrangeiras e desconhecidas.

A virada de semestre de Lucas Lopes, chamado carinhosamente pela torcida de steelega, não começou do jeito que os fãs do In Game Leader esperavam. Ainda assim, é possível encontrar mais altos do que baixos nos seis primeiros meses deste ano do capitão brasileiro à frente da Movistar Riders.

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Se traçar um paralelo com os primeiros passos de steel na Movistar Riders no ano passado, o jogador e todos ao redor dele conseguem observar uma melhora significativa na qualidade da equipe. Se antes mal chegava perto das fases finais de torneios menores (mas não menos importantes), as primeiras apresentações do time neste ano apresentaram um IGL pronto para brilhar.

Logo nos primeiros dias de janeiro a Movistar Riders já conseguia garantir o primeiro triunfo da temporada. Para dar gás e fôlego para os meses seguintes, o time conseguiu levar a melhor na ESL European Winter 2020 com o grupo sendo guiado por steel. Entretanto, este não foi a única vez que a equipe saiu do servidor vitoriosa.

Em outras duas oportunidades neste mesmo mês, o time comandado pelo brasileiro conseguiu ser superior aos adversários na One Tap Season 1 e na OMEN WGR European Challenge. Os resultados iniciais eram bem superiores aos apresentados na temporada anterior, mostrando uma notória melhora no time.

Entretanto, a Movistar Riders faltou "tirar o 10" em janeiro ao acabar caindo precocemente no classificatório europeu para a DreamHack Open January 2021. Em um dos torneios mais importantes, perdeu para a Anonymo Esports e se despediu da chance de participar de um grande torneio logo no início da temporada.

A Nau de steelega estava no caminho certo, com a equipe conseguindo fazer boas apresentações sob o ritmo do brasileiro. A partir de fevereiro, no entanto, a equipe conseguia sempre se fazer presente em decisões de praticamente todos os torneios em que passava e disputava com equipes do seu gabarito.

As derrotas, entretanto, eram sempre apertadas e contra organizações conhecidas da cena europeia, como Sprout e SAW. Ainda assim, a Movistar Riders conseguia beliscar, vez ou outra, um torneio ou outro. Entretanto, o destino colocou equipes grandes no caminho de steel, fazendo com faltasse um pouco mais para se consagrar na Europa.

No classificatório para IEM Summer, por exemplo, a Movistars Riders fez uma campanha brilhante e bateu de frente contra times que, naquela altura, eram considerados favoritos. O primeiro deles foi a ENCE, caindo por 2 a 0 logo no primeiro jogo. Em seguida, steel também triunfou contra a FURIA no duelo seguinte.

O que era bom, no entanto, acabou caindo por terra depois da Movistar Riders não conseguir passar pela OG no confronto decisivo para a vaga. Àquela altura, se steelega e companhia vencessem, estariam garantidos na IEM. Contudo, logo depois de cair para o time europeu, acabaram esbarrando na mousesports, contra quem também fizeram um jogo duro.

Steelega brilhou e deu o melhor de si nos seis primeiros meses deste ano, fazendo a Movistar Riders sonhar com classificações que antes pareciam improváveis. No entanto, não por culpa do brasileiro, faltou o time conseguir ir um pouco mais além em alguns dos grandes classificatórios que disputou.

Apesar de ter ido bem no da IEM Summer, por exemplo, acabou não obtendo sucesso para garantir vaga na Flashpoint 3, torneio que fez parte do Regional Major Ranking (RMR) da Europa. Além disso, também acabou caindo cedo em outros torneios bem quistos no Velho Continente, como a LOOT.BET/CS Season 9.

Os resultados, é claro, não devem ser apontados como o motivo para steelega deixar o comando da Nau espanhola. Ainda assim, o brasileiro mostrou que possui caminhos abertos para conseguir navegar em novos mares no restante da cena competitiva, seja acompanhado por conterrâneos ou novos estrangeiros.