"Não trabalharemos com pessoas que vivem na Rússia", revela CEO da NAVI

A Natus Vincere foi um dos clubes mais afetados com a invasão russa em solo ucraniano e, não por acaso, tem sido um dos mais engajados na tentativa de dar visibilidade aos horrores vivenciados pelo povo de seu país em meio à triste realidade da guerra.

E embora a organização detenha sob seu banner diversos atletas russos, Yevhen Zolotarov, CEO do clube, é irredutível em sua postura: "Não trabalharemos com pessoas que vivem na Rússia e pagam impostos à Federação Russa", disparou o mandatário em entrevista ao Washington Post.

Ele, que diz sequer saber se sua casa ainda está de pé, não hesita em falar: "Tivemos diversos jogadores russos em nosso time por anos e eles entendem que o que é mostrado na TV russa é besteira, pois passam muito tempo na Ucrânia", completou.

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"Não há muitos jogadores russos que apoiam a propaganda da guerra, pois como você sabe, eles são pessoas modernas, usam a internet, jogam em servidores com ucranianos durante toda a sua vida", analisou Zolotarov.

Questionado acerca do plantel de Counter-Strike da Natus Vincere, considerado o melhor do mundo na atualidade, o CEO, apesar dos pesares, garantiu que as expectativas acerca da escalação liderada por Kirill "Boombl4" Mikhailov são positivas:

"Estamos prontos para realocarmos os atletas que não corroboram com as políticas russas. (...) Esperamos que possamos manter nosso elenco intacto e que os jogadores russos se mudem de país", revelou.

Na tentativa de deixar de esquecer ao menos momentaneamente o conflito armado, a Natus Vincere retornará à ação já nesta quarta-feira (30), quando enfrenta a polonesa AGO pela rodada inaugural do Grupo D de ESL Pro League S15, onde terá de lidar com desfalque em seu elenco.