"NA sempre fez parte da história do jogo", revela Alex Inglot, comissário da EPL

Comissário da ESL falou sobre o Acordo do Louvre e benefícios para os times

por Ariela Vasquez / 22 de jan de 2022 - 18:00 / Capa: HLTV.org

No dia 13 de janeiro, a ESL revelou a extensão contratual do "Acordo do Louvre" com as equipes de Counter-Strike: Global Offensive parceiras. O novo acordo é válido até 2025. O site Dexerto conversou com Alex Inglot, comissário da ESL Pro League. Inglot falou sobre a importância do cenário competitivo da América do Norte para o CS:GO.

O cenário norte-americano do CS:GO sofreu uma queda brusca de jogadores, torneios e prêmios desde o início da pandemia da COVID-19. Durante a entrevista, Inglot revelou que a mentalidade das organizações durante esse tempo, também não ajudou a cena competitiva.

"Embora a história do CS e dos esports seja medida em meses e anos, não décadas, o que vimos é que não faz muito tempo que todos os times odiavam todos os outros. Eles estavam competindo por jogadores, patrocinadores, eventos, slots, fãs, tudo. Eles se odiavam em quase todas as métricas mensuráveis. Havia um monte de entidades muito focadas e preocupadas consigo mesmas que não pensavam além de sua comunidade fechada."

O impacto da pandemia agravou a situação que já não era favorável entre as organizações presentes nos Estados Unidos, isso porque muitos times já estavam viajando de maneira excessiva para disputar torneios na Europa e com a COVID-19, o problema ficou mais nítido para a ESL.

"Como resultado, há menos prêmios em dinheiro na América do Norte e menos oportunidades de mostrar seu talento como jogador. Do ponto de vista comercial, os patrocinadores ficaram tipo: bem, não estou mais tendo tanta exposição aqui, e começaram a questionar por que estavam no CS:GO. Tudo isso tornou mais difícil para as equipes racionalizar mantendo um time presente no CS:GO, e a América do Norte sempre esteve no topo dos salários."

Cloud9 é a única equipe norte-americana a vencer um Major | Foto: HLTV.org

O comissário comentou sobre a importância do cenário norte-americano e citou que a região tem bons jogadores como Jake "Stewie2k" Yip. "Para nós, em primeiro lugar, temos uma grande base de jogadores no NA, onde queremos nutrir talentos. Queremos que eles tenham um caminho para se tornarem profissionais, queremos que estejam nas equipes de primeira linha, queremos que ganhem eventos. Quando você não tem eventos acontecendo lá, realmente cria uma grande desconexão com os fãs."

Inglot comentou que os Estados Unidos é o maior público de um único país em termos de horas assistidas na Twitch, já que os números e as métricas de visualizações são uma parte fundamental de como eles trabalharam para distribuir as receitas. Como muitos times do "Acordo do Louvre" são da Europa e América do Norte, Inglot comentou que foi conciliado que qualquer equipe que cruzar o Atlântico para a Pro League receberá condições de voo atualizadas. Além disso, o acordo incentiva as condições das instalações de treinamento para equipes que se baseiam na América do Norte.

"Se você estiver voando para o evento, poderá obter um upgrade. É uma coisa pequena, mas para jogadores que precisam voar muitas horas para chegar à Europa várias vezes por ano, faz diferença. Em segundo lugar, a ESL concordou em se movimentar nas fases de grupos para que isso não significasse que as equipes do NA tivessem que estar lá por cinco ou seis semanas, pois poderiam passar mais tempo praticando em casa e passando tempo com sua família".

Além disso, o comissário revelou que a ESL está em contato com outras organizadoras de torneios para ajustar o calendário, fazer com que se torne mais fácil para os times norte-americanos, já que era visível a luta das equipes com a quantidade de torneios excessiva.

"A estrutura do Acordo do Louvre significa que não há mais uma coisa de ESL, é ESL e 14 equipes agora. Estamos trabalhando ativamente com outros organizadores e equipes para tentar ajudá-los", finalizou Inglot.

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