MVP novamente, biguzera destaca papel de PKL em ano mágico: "Muito do meu impacto é devido a ele"

Jogador da paiN variou estilo de jogo durante a competição

por Guilherme 'Guiki' Cerdera / 23 de Dez de 2019 - 19:51 / Capa: Lucas Spricigo/Draft5
paiN Gaming terminou a temporada como a maior vencedora no Brasil, e, consequentemente, seus jogadores foram destaque nos torneios vencidos. Dentre os grandes jogadores do ano está Rodrigo "biguzera" Bittencourt, uma revelação que se consolidou em 2019 como um dos melhores do Brasil.

Depois de ter sido eleito o MVP DRAFT5 do CLUTCH Brasileirão Season 1, o jogador de 22 anos comentou seu impacto no campeonato e enalteceu o ano ao lado dos companheiros na paiN.

Jogando de maneira mais passiva por conta da chegada de Gabriel "NEKIZ" Schenato, Rodrigo mostrou maturidade para se adaptar às mudanças: "É muito mais fácil quando você parte de um estilo de jogo mais agressivo, que é como eu jogava, para um mais passivo. Quando a situação é ao contrário acaba sendo muito pior. Eu já joguei nessa posição antes, sendo um cara mais suporte... não é a que eu mais gosto, mas tenho que entender que o NEKIZ é um jogador mais agressivo. No fim é tranquilo me de adaptar", pontuou.

O alto dano médio por round (81.6) no campeonato, marcou um jogador que estava acostumado a chamar a responsabilidade para abrir os bombs. Biguzera, assim como muitos no cenário, entende que a SG553 aumentou a força do seu jogo como TR, mas não se mostrou um fã da arma: "Particularmente eu sou doido para que nerfem ela. Uso porque não tem como não usar, quem não usa está perdendo e se prejudicando. Tenho um desempenho bom com a SG, mas torço todo dia para ela ser nerfada e a gente voltar a jogar de AK e Colt", comentou.

O jogador não está sempre liderando o número de eliminações da sua equipe, mas é raro ver um jogo em que biguzera decepcione. Dos 22 mapas jogados, o rating do jogador foi menor que 1 em apenas 7 oportunidades. A grande variação na forma de jogar também é destaque no ano de Rodrigo, que hoje tem maior responsabilidade para fechar os rounds de seu time. "Sou um jogador que tem muita calma na hora do clutch, e sei quando agressivar e decidir a jogada. Eu não sinto a pressão, fico muito confortável jogando essas situações", disse.

Biguzera acumulou sete clutches no torneio, o sexto maior do campeonato, e creditou o sucesso à confiança de seu time. "Um fator para a mudança da minha posição é que eu não jogava clutches, e o time me considera um jogador muito bom para esse tipo de situação.  No início do campeonato eu ia muito na frente e por isso não jogava clutch, mas agora com o NEKIZ estou tendo mais essas oportunidades", revelou.

Perguntado sobre o ano mágico que tem feito, e a possibilidade de ser o mais importante jogador de seu time, biguzera foi categórico: "Eu não sei se sou o mais importante, mas sei que pelo fato de ter muita mira e fazer posições que participam muito do jogo, você acaba aparecendo mais. No início do campeonato era mais impactante ainda, porque eu fazia uma função junto do PKL (Vinícios "PKL" Coelho) em que o jogo era muito em cima da gente", ressaltou.

O encaixe da equipe em que atua é o principal motivo, segundo biguzera, para estar jogando no alto nivel atual. "O time sempre me deixou a vontade pra jogar, e o PKL me dava as condições pra eu jogar solto pelo mapa. Ele sempre me passa muita confiança, além de gostar muito da minha forma de jogar e pensar o jogo. Muito do meu impacto é devido à ele", finalizou.
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