A primeira das duas etapas do CBCS Elite League se findou na noite do último domingo (16), consagrando o grande MIBR como campeão após vitória sofrida sobre seus compatriotas da Sharks na finalíssima do torneio válido pelo Regional Major Ranking sul-americano de acesso ao Major de Estocolmo.
MVP DRAFT5 - CBCS Elite League S1
Marcelo "chelo" Cespedes
Sinônimo de constância, o atleta de 22 anos não à toa foi dono dos melhores números do campeonato, com expressivos 1.37 de rating 2.0 ao longo dos doze mapas em que entrou em ação, além dos 1.56 de taxa de impacto, 92.2 de ADR e 0.88 de KPR contra apenas 0.63 de DPR, estatísticas que o consagraram como MVP do certame.
As grandes atuações de chelo parecem ter se tornado ainda mais evidentes desde a saída de João "felps" Vasconcellos, mas ele garante: "Eu nunca quis ser a estrela do time e sempre deixei isso claro, eu quero apenas jogar CS, mas sim, com a saída do felps, as jogadas mais agressivas e de um pouco mais de visibilidade eu que comecei a puxar", analisa.
"Em questão de liberdade, todos do time podem fazer o que eu faço, porém muda das características de cada jogador. Você não espera que o boltz rushe de CT muitas vezes", conta aos risos.
Voltando a disputar uma competição em solo brasileiro, chelo mantém junto do MIBR uma série invicta de onze torneios conquistados em sequência, iniciada ainda nos tempos de BOOM. O CBCS, no entanto, teve um gostinho especial: "Acredito que esse título do RMR foi o mais importante para todos nós, porque só nós sabemos o que a gente passou e passa com tudo", assinala.
"Como eu sempre disse, a BOOM fez algo que ninguém nunca fez e vamos manter esse legado no MIBR", garante. "Desde a BOOM a gente sempre que ia jogando muitos jogos fáceis esquecíamos de fazer o básico e precisávamos de um baque de ódio (risos) e sempre deu certo, inclusive nesse último torneio", lembra sobre o período na Europa.
De virada é mais gostoso? Difícil dizer. Fácil é exaltar o fator psicológico pelo lado do MIBR, que mesmo na desvantagem do 13 a 7 no mapa decisivo, não entregou suas fichas: "Creio que a maior diferença sempre seja o pensamento e ansiedade em jogo, aqui os times erram muito e a gente sabe punir, a gente sabe virar um 2v4 que muda totalmente o jogo", aponta. "Por isso estamos invictos há 11 campeonatos", relembra.
Apesar de toda a dificuldade, chelo ressalta que nunca faltou atenção na finalíssima: "Sempre estivemos acordados, a gente só precisava de uma chance de engrenar dois rounds", pondera. "Talvez foi um pouco tarde, mas quando veio, está aí a resposta, nove rounds seguidos", crava.
Por fim, chelo ainda destacou a capacidade de todos dentro do MIBR aparecerem nos momentos decisivos, como foi o caso de Gustavo "yel" Knittel, com seu clutch 1v2 que iniciou a remontada da equipe: "Nosso time é assim, em algum momento a estrela de todos brilha, yel e exit foram as peças essenciais para essa virada", finalizou.
EVPs DRAFT5 - CBCS Elite League S1
Romeu "zevy" Rocco
Se o jovem prodígio já vinha mostrando uma qualidade individual imensa ao longo do pandêmico 2020 sob o banner da DETONA, em 2021 não vem sendo diferente. Sendo uma grata surpresa por suas atuações estrondosas junto da Sharks, zevy credencia-se como ficha um dentre os EVPs da competição.
Com apenas 19 anos, o jogador é mais um a anunciar: o Counter-Strike não pede RG. 1.30 de rating 2.0, 1.31 de taxa de impacto, 85.5 de ADR, 75.3% de KAST, 0.88 de KPR e 0.59 de DPR, números astronômicos que servem de consolação após um vice-campeonato tão amargo.
Ruann "keiz" Rotondano - Mesmo disputando apenas seis mapas, teve 1.25 de rating 2.0, 1.08 de taxa de impacto, 0.80 de KPR, 0.51 de DPR e 78.7% de KAST, sendo líder absoluto por parte do Santos.
Lucas "destinyy" Bullo - Sem seus 1.19 de rating 2.0, 1.34 de taxa de impacto, 84.4 de ADR, 74.3% de KAST e 0.78 de KPR, seria difícil ver a Paquetá entre as três primeiras da disputa.
Lucas "Lucaozy" Neves - Grande destaque dos tubarões na grande final, o atleta de 19 anos foi bem ao longo de toda a disputa: 1.19 de rating 2.0, 1.31 de taxa de impacto, 83.6 de ADR e 0.75 KPR.
Bruno "shz" Martinelli - Dono do segundo maior KAST da competição, com 78.3%, shz ainda teve 1.17 de rating 2.0 e 0.63 de DPR, sendo bastante seguro em suas exibições.
Matheus "tuurtle" Anhaia - Líder em estatísticas pelo lado da Bravos, Tuurtle teve 1.16 de rating 2.0, 1.16 de taxa de impacto, 0.76 KPR e 0.65 DPR, além de 73.3% de KAST, números que lhe conferem um espaço entre os melhores.
Alexandre "ALLE" Santos - Pouca mídia, muita bala. Sem muita badalação, ALLE emplacou 1.14 de rating 2.0, 1.22 de taxa de impacto e 79.3 de ADR, sendo crucial na campanha da Havan Liberty.
Ricardo "Boltz" Prass - O experiente atleta gaúcho garante seu espaço entre os melhores com 1.114 de rating 2.0, 82.4 de ADR, 75.2% de KAST e a segurança de apenas 0.62 DPR.
Adriano "WOOD7" Cerato - Dentre os capitães, foi o que se saiu melhor no torneio, com 1.12 de rating 2.0, 1.07 de taxa de impacto, 76.5 de ADR, 0.73 KPR e 0.61 DPR, sendo também de suma importância ao empunhar a sniper para a Bravos.
Fillipe "pancc" Martins - De volta à ativa, pancc conseguiu ostentar 1.12 de rating 2.0, 1.12 de taxa de impacto, 0.71 KPR e 0.58 DPR, garantindo-se entre os melhores.
Raphael "exit" Lacerda - Vivendo apenas seu segundo campeonato junto do MIBR, exit teve suas melhores atuações nos momentos decisivos, incluindo na grande final. No geral, 1.12 de rating 2.0, 76.2% de KAST, 0.56 DPR e 74.4 de ADR.
Gustavo "yel" Knittel - Crucial para colocar o MIBR de volta à decisão, yel teve 1.11 de rating 2.0, 1.04 de taxa de impacto, 76.2% de KAST e 0.56 DPR. Atuações notáveis que lhe colocam na última vaga entre os melhores.