Maldição? Desde o título da SK em 2017, nenhuma equipe brasileira passou da fase de grupos em Cologne

Nesta quarta-feira (7) começa a 10ª edição da IEM Cologne. O torneio que começou a ser realizado em 2014, com a chancela da Valve para ser o Major de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) é um dos mais tradicionais e renomados do circuito mundial da franquia. Serão quatro equipes brasileiras na disputa da competição: FURIA, paiN, MIBR e Imperial.

As quatro organizações entram na fase preliminar do torneio e buscam estar entre os oito times que se somarão aos já classificados na fase grupos. O Brasil já conquistou duas vezes a competição. Em 2016, quando ainda era Major, com a SK Gaming de Gabriel "FalleN" Toledo, Epitácio "TACO" de Melo, Fernando "fer" Alvarenga, Lincoln "fnx" Lau e Marcelo "coldzera" David e depois em 2017, o primeiro sem o selo da Valve, novamente com a SK Gaming, mas dessa vez com João "felps" Vasconcellos no lugar de fnx.

A história e tradição do CS brasileiro em Cologne é muito bonita, mas, também, parece estar amaldiçoada. Desde o título conquistado em 2017, nunca mais uma equipe brasileira avançou aos playoffs do torneio.

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Foram seis equipes diferentes (MIBR, FURIA, Imperial, 00 Nation, paiN e Team One) que já estiveram na disputa, algumas começando no Play-In, outras começando diretamente na fase de grupos, mas todas elas acabaram sendo eliminadas na primeira fase da competição e nem conseguiram sentir o calor e pressão da Lanxess Arena, a Catedral do Counter-Strike.

Voltando para 2018, já temos a primeira eliminação. Com duas alterações na equipe, o elenco campeão em 2017 retornou para a disputa em Cologne com Ricardo "boltz" Prass e Jacky "Stewie2K" Yip e sem TACO e felps. O resultado não foi o esperado. O agora MIBR e não mais SK Gaming foi derrotado para a BIG no jogo que valia a classificação pela Lower Bracket.

Já em 2019, temos a primeira aparição da FURIA no torneio e, diga-se de passagem, já vai para a sua 6ª participação consecutiva. Como era de se esperar, o desempenho não foi dos melhores. Os ainda mais jovens Andrei "arT" Pivezan, Yuri "yuurih" Boian, Kaike "KSCERATO" Cerato, Vinicius "VINI" Figueiredo e Rinaldo "Moda"ableJ" Júnior até venceram um jogo na Lower, mas foram eliminados para NAVI de S1mple. O MIBR também disputou o torneio, mas sem muito clima já que a saída de coldzera era algo iminente. Tanto que após as duas derrotas em dois jogos e a eliminação, o jogador publicou uma carta sobre sua saída do time.

Em 2020 a edição foi cancelada por conta da covid-19 e em 2021 três equipes brasileiras estiveram na disputa. A FURIA, que começou sua campanha diretamente na fase de grupos e a Team One e o MIBR que começaram no Play-In. Novamente, nenhuma avançou da fase de grupos. O meninos e ouro perderam para OG e Sprout e foram eliminados da fase preliminar, assim com o MIBR que foram derrotados para a Spirit e Renegades. A campanha da FURIA também não foi das melhores. Com apenas uma vitória em 3 jogos, a pantera também saiu cedo da competição.

Em 2022 foram cinco brasileiros: a FURIA, novamente diretamente na fase de grupos, enquanto outras quatro organizações do Brasil entraram no Play-In: paiN, MIBR, Imperial e 00 Nation. Durante a competição ocorreu o encontro dos cinco campeões de Cologne 2016: o Last Dance de Fallen, fer e fnx enfrentou a dupla TACOLD. Melhor para TACO e coldzera que venceram o "The Last Clássico" e ainda levaram o seu time à fase de grupos da competição. Já a Imperial foi eliminada junto com o MIBR e a paiN ainda na fase preliminar.

Na fase de grupos, tanto a 00 Nation quanto a FURIA não conseguiram avançar aos playoffs. A dupla TACOLD enfrentou a Faze Clan e a Liquid, curiosamente, as duas equipes em que coldzera e TACO jogaram após saírem da line multicampeão, respectivamente. Com as duas derrotas, a zero zero deu adeus a Cologne. Em 2022, a FURIA fez a sua melhor campanha em Cologne, chegou a disputar o jogo que dava vaga aos playoffs, mas com um sonoro 2 a 0 sofrido para a Liquid, o sonho foi encerrado.

Em 2023, última edição do torneio, foram duas equipes brasileiras. A Imperial e a FURIA entraram no torneio via Play-In e por ali ficaram. A competição marcou uma gigante mudança na line das duas equipes: Marcelo "chelo" Cespedes e Gabriel "FalleN" Toledo saíram dos imperiais para se juntar as panteras com o intuito de formar a "panela" brasileira do CS. No primeiro grande teste, ambas equipes se deram mal e saíram na mesma fase do torneio, com uma vitória e duas derrotas.