“Lamento não ter balanceado algumas armas, como a AWP”, afirma co-criador do Counter-Strike

O Counter-Strike completou 25 anos de existência no dia 19 de junho e o co-criador do FPS, Minh “Gooseman” Le, concedeu uma entrevista ao portal dinamarquês Spillhistorie.no. O desenvolvedor falou sobre diversos temas, ideia do jogo, venda para Valve e até arrependimentos.

"Lamento não ter balanceado algumas armas, como a AWP. Acho que foi usada demais e se tornou uma espécie de arma meta."

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Gooseman também afirmou que a origem do Counter-Strike — antes de se tornar um mod de Half-Life — tinha inspiração de antigos jogos arcade que costumava jogar, como Virtua Cop, Time Crisis. Porém, a jogabilidade em rodadas foi influenciada por Action Quake 2 — mod de Quake II lançado em 1998 para recriar a aparência de um filme de ação e um sistema de danos mais realista. 

"Percebi que não poder reaparecer me forçou a jogar de forma diferente e incentivou o jogo em equipe, então sabia que esse era o melhor recurso a ser adicionado ao Counter-Strike. Essa característica, assim como o design equilibrado dos mapas, é a principal razão pela qual o CS é um jogo tão focado em equipe."

"Acho que faz todo o sentido que os mapas de defuse fosse o padrão para competições (esports). Foi simplesmente o modo de jogo mais equilibrado. Eu realmente tentei fazer com que os outros modos de jogo funcionassem melhor para esports, mas não foi possível."

Outro assunto que anima o desenvolvedor é o de mapas no Counter-Strike. Para Gooseman, os mapas favoritos eram CS_Siege e CS_Facility, mas o que realmente chamou a atenção foi a de_Dust, com a segunda versão (Dust II) se tornando a mais popular da franquia nesses 25 anos.

"Nunca pensamos que fosse tão especial quando o testamos pela primeira vez, mas ficamos genuinamente surpresos ao vê-lo ser o mapa padrão do Counter-Strike. Quem criou a Dust foi extremamente inteligente e passou muito tempo ajustando o design para ficar divertido e equilibrado."

Por fim, o Canadense vietnamita relembrou quando ele e seu companheiro, Jesse “Cliffe” Cliffe, foram contratados pela Valve, o choque de realidade de entrar em uma das maiores empresas de vídeo-games do mundo, mas o prazer de ver quão longe a desenvolvedora levou o título criado por eles.

"Aprendi muito na Valve porque trabalhei com alguns dos melhores desenvolvedores de jogos da indústria e eles me ensinaram algumas habilidades que eu nunca teria aprendido fora de lá. Estou feliz com a forma que as coisas aconteceram com a Valve, no que diz respeito à venda do IP para eles. Eles fizeram um ótimo trabalho mantendo o legado do CS."