Um dos mais renomados jornalistas de esports, Richard Lewis teve acesso ao "Manual de Administração da Esports World Cup (EWC)" e divulgou todas as regras e recomendações que os trabalhadores do evento precisavam seguir, entre elas não criticar o governo da Arábia Saudita.
Durante as "Informações Gerais", um tópico de "Dress Code" (Como se vestir) alerta para uma vestimenta precavida e que mulheres com roupas curtas podem atrair “olhar negativo e de desaprovação” dos moradores locais. "As turistas femininas devem escolher roupas que cubram as pernas, barriga, peito e ombros".
Já em relação aos homens, a vestimenta tem que cobrir ombros e pernas, além de evitar o uso de “jeans justos” e camisetas de mangas curtas — liberado apenas em ambientes não formais. "Turistas não podem ficar sem camisa em nenhuma circunstância".
O Manual também cita as leis "Lese Majeste", que basicamente proíbe qualquer crítica ao Estado, à família real ou à bandeira, inclusive pelas redes sociais; os estrangeiros não estão isentos da lei. Por fim, o tópico “Relações Românticas” afirma que é proibido exibição pública de afeto ou carinho.
"É importante estar ciente de que as relações e o casamento LGBTQI+ são ilegais na Arábia Saudita."
Vale destacar que sediar que a Esports World Cup e os Jogos Olímpicos de Esports faz parte da "Visão 2030" do país, que tem investido milhões desde 2018 com o objetivo de diversificar a economia, exportar a cultura local e, principalmente, melhorar a imagem internacional.