Na nota divulgada, a agência explica a situação do início ao fim: ''Durante este ano, a BLAST implementou diversas novidades nos torneios. Essas funcionalidades incluíam permissão dos jogadores para ter as comunicações gravadas sem ter conhecimento de quem tem acesso ou como seriam utilizadas e guardadas. Recentemente, os jogadores tiveram conhecimento de que as comunicações foram compartilhadas com analistas e outros, deixando exposto informações táticas e divulgando informações pessoais com diversas pessoas da comunidade. Informação que nunca devia ser compartilhada, tampouco repassada para analistas e outros, em primeiro lugar. Posteriormente, partes dessas gravações foram transmitidas sem o conhecimento prévio dos jogadores. Além disso, a BLAST agora precisa que os jogadores deem permissão para gravar e guardar vídeos dos jogadores, assim como gravação da tela durante o jogo. Os jogadores reconhecem inteiramente a necessidade das medidas para manter a integridade do jogo. Mesmo assim, estas gravações afetam severamente a performance do computador, quando existem outras medidas que não. Ademais, tais gravações detém informações pessoais e sensíveis, as quais os jogadores não possuem controle de quem acessa isso, como são guardadas e quando seriam deletadas. A CSPPA tentou repetidamente entrar em contato com a BLAST para conversar sobre o uso e armazenamento das gravações (comunicação e tela), pontuando que as medidas que eles implementaram são prejudiciais e ilegais se não tiverem um acordo claro com os jogadores em como guardar e usar a informação, esta que possui dados pessoais. A BLAST, por sua vez, recusou discutir sobre isso com os jogadores. Os jogadores participantes da BLAST Premier Fall 2020 Finals decidiram não dar mais permissão para a BLAST gravar comunicações durante a partida. Tal como não gravarão mais a tela durante as partidas. Os jogadores não confiam na BLAST para ceder tal informação sem acordos claros em vigor que regem como a BLAST pode processá-lo e com quem pode ser compartilhado.'' Jogadores representantes de cada equipe também fizeram uma nota especial: "Os jogadores suportarão qualquer medida para manter a integridade do jogo. De fato, em breve anunciaremos novas medidas sobre como fazer isso. Mas também insistimos que os jogadores sejam tratados de forma justa, e qualquer informação que repassamos não pode ser repassada para outros, que não deveriam receber tal informação. Isso claramente é um problema de integridade! Nós jogadores estamos desapontados com a forma que a BLAST lidou com isso. Nós tentamos conversar com eles, mas eles não estão dispostos a conversarem com a gente. Eles não nos deixarem escolha a não ser nos posicionar aqui. Esperançosamente, eles escutam nossos problemas dessa forma.' BLAST tem permitido que analistas e outros ganhem acesso ao nosso TeamSpeak e isso levou com que a informação fosse repassada para outros na indústria. Isso não é justo com os times e jogadores que gastam tempo para fazer táticas perfeitas. Nós jogadores continuaremos juntos nessa. Nós não permitiremos com que a BLAST faça mal uso dessa informação mais. Nós encorajamos a BLAST a começar um diálogo com a CSPPA para podermos conduzir isso da forma correta.'' O anúncio chega dias depois da ESIC (Esports Integrity Commission), grupo o qual a BLAST é membro, sugerir com que os vídeos de cada time fossem gravados e guardados por "no mínimo 90 dias", em caso de torneios da elite. Por fim, o embate inaugural entre Vitality e mousesports está sofrendo atrasos em forma de protesto dos jogadores.Players refuse BLAST access to voice comms and video screen recordings without agreement on how information is handled pic.twitter.com/8RoofaQRA1
— Counter-Strike Professional Players' Association (@CSPPAgg) December 8, 2020