Jaime Pádua fala sobre uma futura internacionalização da FURIA: "É um caminho natural"

CEO da FURIA falou sobre o momento da equipe e projetou o futuro da organização

Foto: Douglas Demoliner/DRAFT5

Durante o primeiro dia da IEM Rio 2024, a DRAFT5 teve a oportunidade de conversar com Jaime Pádua, CEO da FURIA. O empresário falou sobre o sentimento de voltar à Cidade Maravilhosa, analisou o momento da equipe na temporada e comentou o planejamento da organização de montar uma equipe academy baseada na Europa.

Confira a entrevista com o mandatário:

RETORNO AO RIO

"Para a gente é sempre um prazer estar aqui no Rio de Janeiro. É sempre aquele sentimento diferente. Hoje eu tive a oportunidade de assistir ao jogo contra FaZe e mesmo com a arena vazia, você olha para a arquibancada e consegue relembrar aquele sentimento que foi jogar o Major aqui no Rio de Janeiro, com a torcida brasileira. Então, para a gente é um sentimento muito especial, não só como organização, mas a gente sente isso nos jogadores também. O quanto eles querem e estão se dedicando para conseguir um resultado legal aqui também."

BALANÇO DO SEMESTRE

"Acho que o balanço do semestre só poderá ser feito depois do Major da China. A gente ainda está em um período de adaptação e estamos felizes com a chegada do skullz. Ele é um jogador extremamente talentoso, um ótimo ser humano, uma pessoa do bem e um profissional dedicado. Acreditamos que hoje a gente tem um grupo mais uniforme e mais qualificado. E só que a gente sabe também que estamos enfrentando um ecossistema muito complicado, falando de nível de jogo. Temos algumas organizações que estão com nível muito alto, como a Vitality, a própria G2, a NAVI que estão arrebentando. Então acho que essas três organizações estão num nível acima das outras, em termos de competição."

ÁPICE DA FURIA

"Acho que a gente não está em nosso máximo de potencial ainda. Estamos em uma crescente. Para nós brasileiros é difícil, porque a gente viveu alguns anos de muito sucesso no Counter-Strike em 2016 e 2017. Mas a gente está tentando fazer um novo capítulo e sabemos que não é só difícil para nós, mas acho que o mundo inteiro está tentando conseguir grandes resultados. Infelizmente não dá para todo mundo ganhar. Eu acho que a gente tem condições de continuar fazendo um bom trabalho, de ser o maior representante brasileiro, e quem sabe buscar títulos cada vez maiores."

ACADEMY NA EUROPA

"A gente acaba dividindo bastante os jogadores aqui do Brasil e temos um cenário onde não é tão simples contratar. No Brasil, hoje em dia, é mais fácil contratar jogadores de fora do que do Brasil, em termos de buyout e de investimento. Queremos ter a mentalidade que, nem sempre, o melhor jogador que a gente precisa vai estar no Brasil. Então pode ser a gente esteja aberto a contratar jogadores de fora do Brasil também. É um cenário natural de internacionalização, respeitando as nossas bases brasileiras porque querendo ou não a gente é brasileiro e a gente tem bons jogadores brasileiros aqui também, mas não fecharemos portas para nenhuma possibilidade."

INTERNACIONALIZAÇÃO DA FURIA

"É um processo natural. Se pensarmos em um nível internacional, a gente tem que trazer não só atletas mas também um estafe internacional. Então, a chegada do Lucid e do innersh1ne são duas peças muito importantes, junto ao comando do sidde e guerri. A gente tá cada vez mais tendo um estafe altamente capacitado e isso nos prepara para ter outros debates, até mesmo, a avaliação de jogadores internacionais. A gente ainda tem uma barreira muito grande no Brasil que é a questão do idioma. Diferente de outros países, o inglês não é algo tão comum dentro da nossa realidade. Acreditamos que, com a redução dessa barreira, teremos a possibilidade de, quando for necessário, também olhar para o mercado internacional."

Com $250 mil em oferta, a IEM Rio 2024 acontece até o próximo domingo (13). Fique ligado em nossa página de campeonatos para não perder nenhum detalhe acerca da disputa.