A quarta edição do Major aconteceu em novembro de 2014 e foi sediada em Jönköping, cidade sueca e que havia recebido a primeira competição chancelada pela Valve. A DreamHack Winter 2014 distribuiu $250 mil de premiação total e terminou com o título da LDLC; a equipe francesa ainda derrotou a Ninjas in Pyjamas na grande final e impediu o bicampeonato da organização na modalidade.
A competição contou com 16 equipes participantes, sendo oito classificadas como Legends por terem chegado aos playoffs do Major anterior e oito organizações dos classificatórios. Contudo, duas equipes Legends — Titan e Epsilon Esports — foram desclassificadas antes do evento começar por terem jogadores banidos pelo VAC.
A seletiva da Europa classificou cinco times, entre elas a Team LDLC, enquanto o classificatório da América do Norte teve a Team iBUYPOWER ficado com a vaga da região. O comitê organizador convidou mais duas organizações e organizou o Last Call Qualifier para definir os dois times que ficariam com as vagas deixadas por Epsilon e Titan; lá, Copenhagen Wolves e FlipSid3 Tactics foram os vencedores.
Fnatic
Ninjas in Pyjamas
Dignitas
Natus Vincere
Virtus.pro
Cloud9
Team LDLC
Planetkey Dynamics
PENTA Esports
ESC Gaming
HellRaisers
Team iBUYPOWER
myXMG
Bravado Gaming
Copenhagen Wolves
FlipSid3 Tactics
Com todos os participantes definidos, a ESL dividiu os 16 times em quatro grupos. O formato foi o de dupla eliminação, ou seja, necessária duas derrotas para serem eliminadas e com todos os confrontos em MD1; os dois primeiros de cada chave garantiam as vagas aos playoffs.
O destaque foi para o grupo C, que apresentou o confronto entre LDLC e NiP, futuras finalistas, para definir a primeira vaga da chave ao mata-mata do campeonato. A equipe francesa venceu por 16 a 13 a Overpass na ocasião. Outra surpresa foi no grupo A, mas de forma negativa. A Cloud9, uma das legends, não conseguiu passar de fase e caiu precocemente da competição.
A melhor campanha da fase de grupos ficou com a Virtus.pro, de Jarosław "pashaBiceps" Jarząbkowski, Wiktor "TaZ" Wojtas e companhia. Os poloneses atropelaram os adversários do grupo D, com dois placares de 16 a 2 e chegaram nos playoffs como um dos principais postulantes ao título daquela edição.
Grupo A
HellRaisers
Fnatic
Cloud9
Bravado Gaming
Grupo C
Team LDLC
Ninjas in Pyjamas
ESC Gaming
Planetkey Dynamics
Grupo B
Dignitas
PENTA Esports
Team iBUYPOWER
Copenhagen Wolves
Grupo D
Virtus.pro
Natus Vincere
FlipSid3 Tactics
myXMG
A Virtus.pro continua dominante nas quartas de final contra PENTA. Os poloneses não tomaram conhecimento dos alemães e aplicaram uma vitória por 2 a 0 e, novamente, sem levar 10 pontos em nenhum dos dois mapas do confronto (Cache e Mirage).
Contudo, a VP sucumbiu na semifinal para a Ninjas in Pyjamas. Os atuais campeões também tiveram um bom desempenho nas quartas de final e não sofreram contra a HellRaisers. O primeiro mapa da semifinal, ocorrido na Nuke, foi um show aos espectadores, com vitória dos Ninjas na prorrogação por 22 a 20. A VP deu o troco na Cache por 16 a 10, mas não segurou a forte inferno da NiP, que concretizou a vitória por 16 a 8 e a vaga na final.
A Team LDLC, por sua vez, teve vida complicada desde as quartas de final, onde encarou a Fnatic. A série ficou marcada pelo equilíbrio, mas também por conta de um pezinho da Fnatic no mapa da Overpass, que ninguém nunca havia feito e ficou conhecido como Olofboost.
Os comandados de Nathan "NBK-" Schmitt venceram a Dust2 por 16 a 10, mas perderam na Cache por 16 a 8. Vom isso, a Overpass foi o palco escolhido para definir a série. A LDLC atropelou na primeira metade e saiu vencendo por 12 a 3.
Após perder o round pistol, a Fnatic não perdeu mais nenhum ponto na partida ao utilizar um pezinho da base CT, que dava aos defensores uma grande visão do mapa, principalmente em abordagens pelo bombsite B. No final, a Fnatic virou a partida para 16 a 13 e garantiu a vitória na série.
Contudo, a LDLC reclamou com a organizadora do evento, dizendo que a Fnatic estava utilizando um boost que as regras não permitiam. A DreamHack então optou por refazer a segunda metade, mas a Fnatic não concordou e acabou desistindo da competição.
Na sequência, os franceses encararam mais uma equipe que havia chegado nos playoffs do último Major, a Natus Vincere, Mesmo não sendo favorita, a LDLC conseguiu uma performance dominante contra os ucranianos/russos e garantiram a segunda vaga na decisão.
Quartas de final
HellRaisers 0 vs. 2 NiP
Virtus.pro 2 vs. 0 PENTA
Team LDLC 2 vs. 1 Fnatic
Dignitas 0 vs. 2 Natus Vincere
Semifinais
Virtus.pro 1 vs. 2 NiP
Team LDLC 2 vs. 0 Natus Vincere
A NiP chegou na grande final com o imenso apoio da torcida local, mas o primeiro mapa ficou na conta da LDLC. Após um primeiro tempo equilibrado, a LDLC amassou a NiP no lado ofensivo, converteu 10 pontos e fechou a conta em 16 a 10.
Os suecos deram o troco na ótima Inferno da equipe, que foi amplamente superior ao adversário, ganharam de 16 a 4 e trouxeram a esperança de volta para a torcida. Usando a atmosfera e a confiança, a NiP iniciou melhor o mapa decisivo da série, disputado na Overpass, controlando as investidas dos TRs e vencendo a primeira metade por 11 a 4.
A LDLC iniciou a reação no segundo tempo, mas a NiP estava melhor na parte final do jogo e com a vantagem no placar de 14 a 10. Contudo, em uma atuação exuberante de Vincent "Happy" Schopenhauer — que ficou 65/53 na MD3 —, a organização francesa levou a partida para a prorrogação, confirmou a vitória por 19 a 16 e fizeram história para o Counter: Strike francês.
O melhor jogador (MVP) da DreamHack Winter 2014 ficou justamente nas mãos de Happy, que registrou 0.81 de KPR, 0.62 de DPR, 1.12 de Impacto e 1.17 de Rating 1.0. Essas estatísticas ficaram muito acima da média na época. A escalação completa daquela Envy era a seguinte:
Nathan "NBK-" Schmitt
Edouard "SmithZz" Dubourdeaux
Fabien "kioShiMa" Fiey
Richard "shox" Papillon
Vincent "Happy" Cervoni
Emmanuel "MoMaN" Marquez