Heroic aciona HUNDEN judicialmente após quebra de contrato ao vazar estratégias do time

Apenas um dia depois de publicar nas redes sociais que não renovaria com a Heroic para o restante da temporada, Nicolai "HUNDEN" Petersen foi acusado pela própria organização, nesta quinta-feira (29), de quebra de contrato. Em um comunicado publicado pelo clube, eles revelaram que um processo legal foi aberto contra o treinador na Dinamarca.

Entre os motivos que levaram a Heroic a tomar medidas judiciais está uma grave acusação de que HUNDEN teria compartilhado estratégias que a equipe usaria na IEM Cologne com uma "peça-chave" de uma grande equipe às vésperas da competição. Por isso, a org optou por não levá-lo para o torneio, assim como divulgado no início do mês.

Como consequência, HUNDEN, que ficou afastado do time sete meses por ser pego utilizando o bug do coach, bloqueou todos os jogadores da Heroic da pasta que continha as estratégias que o time usaria na competição. Por isso, a organização optou por acionar o treinador judicialmente, além de entrar em contato com a ESL e Esports Integrity Commission (ESIC).

"A Heroic está chocada com as ações de Nicolai e profundamente triste com a maneira como ele decepcionou seus companheiros, especialmente devido à difícil decisão que tomamos de dar uma segunda chance após a suspensão do bug do coach. A fim de preservar a integridade dos esports, deve-se deixar claro que tal comportamento é inaceitável e terá consequências graves", disse a organização.

Até então treinador da Heroic e sem nenhuma das informações supracitadas tendo se tornado públicas, HUNDEN era um dos principais nomes cotados para assumir o lugar de Danny "zonic" Sørensen, que deixaria o time logo após o término do vínculo atual que possui com a Astralis.

Momentos após o pronunciamento feito pela Heroic, Ulrich Schülze, Vice-Presidente Sênior de Produto da ESL, fez um texto nas redes sociais falando sobre as acusações. Entretanto, ressaltou que ficou comprovado o compartilhamento de estratégias, mas que o arquivo não foi aberto pelo destinatário, que não teve o nome revelado.

Por isso, não cabe à ESL ou à IEM investigar se o compartilhamento de informações feitos por HUNDEN são "crimes puníveis". Entretanto, ressaltou que a ESIC dará continuidade ao processo de investigação, além de apontar as medidas legais já tomadas por parte da organização contra o treinador.

"Durante esta investigação, nossas descobertas conclusivas foram que, embora as permissões para acessar a pasta compartilhada fossem enviadas, ela não foi acessada pelo destinatário. Consequentemente, não houve impacto na integridade da IEM Cologne. No contexto, não foi necessário determinar se a informação em si e seu compartilhamento eram crimes puníveis", disse Ulrich.