Exatos 365 dias atrás, o cenário competitivo de Counter-Strike via sua fundação ruir de uma forma poucas vezes antes vista pela comunidade. Neste mesmo 31 de agosto, mas em 2020, a ESIC - Esports Integrity Commission - em português, Comissão de Integridade dos Esports - tornava pública uma verdadeira caça às bruxas.
O infame "bug do coach" era trazido à tona. Graças ao exploit, era possível visualizar determinadas áreas do mapa livremente, o que rendia às equipes que faziam o uso de tal mecânica uma quantidade enorme de informação privilegiada - e injusta.
Já na primeira leva de banimentos, Ricardo "dead" Sinigaglia, então do MIBR, foi punido por supostamente ter abusado do exploit durante a disputa da cs_summit 6 norte-americana, fato que custou à equipe todos os seus pontos RMR e anulou as mínimas chances de classificação do time ao Major.
Junto do brasileiro, Nicolai "HUNDEN" Petersen, que acabara de ser campeão da ESL One Cologne 2020 - EU com a Heroic, e Aleksandr "MechanoGun" Bogatiryev, da Hard Legion, também receberam ganchos que iam de 12 a 24 meses.
A inquirição comandada pela ESIC começava a ganhar força. Qualquer um poderia ser culpado. Ao todo, foram mais de 25 mil demos analisadas pela equipe da Comissão, sendo a maioria delas graças aos incansáveis esforços de Michal Slowinski e Steve Dudenhoeffer.
Nas semanas que se sucederam, outros 37 treinadores acabariam sendo punidos pela Comissão. A conduta lastimável de alguns poucos acabou afetando todo o cenário mundial de CS:GO, com a Valve desde então restringindo a participação dos treinadores em torneios de sua chancela.