Há três anos, hegemônica Astralis superava MIBR em acirrada decisão da ECS S6 Finals

Se 2016 e 2017 foram anos verdadeiramente gloriosos para o Counter-Strike brasileiro, 2018 marcou o início do fim para os tempos de ouro do estilo de jogo verde e amarelo que encantava todo o planeta.

Sem enxergar no Brasil alternativas viáveis para completar seu elenco, o MIBR enxergou em Jacky "Stewie2K" Yip e Tarik "tarik" Celik duas peças ideais para lhe recolocar no lugar mais alto dos pódios mundo afora.

Embora aquela line-up tenha angariado apenas um troféu - o da modesta ZOTAC Cup Masters 2018 - alguns momentos acabaram ficando marcados na memória do torcedor brasileiro, seja para o bem, ou para o mal.

Um deles sucedeu-se justamente em um 25 de novembro, mas em 2018. Mesmo sob desconfiança, o MIBR chegou a Arlington, no Texas, Estados Unidos, com a esperança de brigar por um troféu de alto calibre na ECS S6 Finals.

E para a surpresa de muitos, a mistura entre brasileiros e norte-americanos conseguiu desbancar a Astralis na fase de grupos do certame, classificando-se na primeira posição de seu grupo e desbancando a North no caminho até a decisão.

Na melhor de suas versões, a Astralis, todavia, não demorou a reencontrar Gabriel "FalleN" Toledo e suas tropas na finalíssima da competição de $660 mil. Se meses antes a Astralis havia aplicado um sonoro 16 a 0 no MIBR, ali a história tinha tudo para ser diferente.

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A primeira metade da Inferno, mapa inaugural da grande final, foi marcada pelo equilíbrio e os dinamarqueses não conseguiram nada além de um neutro 8 a 7. A Astralis sofreu, mas chegou ao map point antes, por 15 a 13 e, apesar dos esforços do MIBR, viu Emil "Magisk" Reif fechar seu pick em 16 a 14 com quatro incríveis abates em round forçado.

Na Overpass, escolha de FalleN e companhia, os dinamarqueses começaram melhor, mas foram os brasileiros que tomaram a liderança no placar ao final do half inicial com um apertado 8 a 7. O MIBR, aliás, chegou antes ao map point, chegando a ter o 15 a 11 em mãos, mas desperdiçando tal vantagem e vendo o jogo se arrastar para o tempo extra.

Na prorrogação, um formidável clutch 1v4 de tarik foi crucial para manter o MIBR na briga, mas tudo cairia por terra à medida em que Lukas "gla1ve" Rossander respondeu com quatro eliminações no round seguinte e pavimentou o caminho rumo ao triunfo de seu time por 22 a 20.

A dolorida derrota provaria ser a última grande chance do Counter-Strike brasileiro voltar ao topo do planeta até então e, mais do que isso, serviria como estopim para o MIBR voltar a apostar em um projeto 100% brasileiro.