É bem verdade que a fnatic vive hoje um verdadeiro período de vacas magras. Atualmente longe dos holofotes, a organização britânica sabe que terá de trabalhar e muito para chegar aos pés daquilo que fora um dia.
E uma boa lembrança dos tempos altaneiros vividos pela equipe outrora 100% sueca completa nesta segunda-feira (23) seis anos. Foi neste mesmo 23 de agosto, mas em 2015, que a camisa preta e laranja foi vista no lugar mais cobiçado do Counter-Strike mundial pela última vez.
Almejando solidificar sua era de domínios e infinitas glórias, a fnatic chegou à ESL One Cologne 2015, segundo Major daquele ano, com o objetivo de defender seu status de atual campeã do campeonato de maior prestígio do CS:GO mundial. E conseguiu.
Após dois verdadeiros atropelos por 16 a 2 sobre eBettle e Natus Vincere, a equipe encontraria um desafio maior nos playoffs, superando a brasileira Luminosity de Gabriel "FalleN" Toledo e a polonesa Virtus.pro no caminho até a decisão, onde encontraria a francesa EnVyUs do então prodígio Kenny "kennyS" Schrub.
A finalíssima, por sinal, começou da melhor forma possível para os espectadores. Mesmo após largar atrás no placar por 10 a 5, a fnatic devolveu tal placar com muita solidez do lado terrorista da Dust2, forçando a prorrogação no mapa inaugural da série.
No OT, vencido por 19 a 15 pelos suecos, se sucederia um dos mais icônicos momentos da história do Counter-Strike. Dan "apEX" Madesclaire tentaria uma pesca pelo meio, mas seria presa fácil para o setup de quatro AWPs da fnatic, que ganharia até grafite no mapa.
Já abatida pela reviravolta no primeiro mapa, a EnVyUs pouco pôde fazer na Cobblestone. O 9 a 6 favorável a Markus "pronax" Wallsten e suas tropas seria o prelúdio de um convincente 16 a 7 no marcador, placar que decretaria o título e a dominância sueca no CS:GO.
A nível de curiosidade, a conquista marcou a primeira vez em que uma equipe foi campeã de dois Majors consecutivos de Counter-Strike, garantindo à fnatic seu terceiro e último título de Major até então. Tal recorde só seria quebrado quatro anos depois, já em 2019, pela hegemônica Astralis.